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Açúcar ou adoçante? Entenda por que evitar o consumo excessivo dos dois

Não é só porque a segunda opção tem menos calorias que o açúcar que ela é saudável, viu?

Por Amanda Panteri
Atualizado em 25 out 2023, 10h34 - Publicado em 16 ago 2019, 19h18

Açúcar ou adoçante? Todo mundo já ouviu essa pergunta pelo menos uma vez na vida. E muita gente geralmente escolhe a segunda opção por imaginar que é mais saudável, o que pode não ser verdade. “Adoçante é uma substâncias de baixo ou nenhum valor calórico que fornece um gosto doce aos alimentos. Ele foi criado para substituir o açúcar, que sempre foi considerado o vilão da obesidade”, explica a nutricionista Bruna Lyrio, responsável técnica da Clínica Nutrindo Ideais

Ou seja, ao optar por ele, você realmente vai estar consumindo menos calorias do que estaria com o açúcar. Mas isso não significa que o adoçante é o grande herói da sua dieta. “Ele pode alterar a microbiota intestinal – as bactérias boas que ficam no nosso órgão e que estão relacionadas à saúde do corpo, ao sistema imunológico, nervoso, e até mesmo à perda de peso”, afirma Bruna.

Portanto, pode até ser que a substância ajude pessoas que precisam focar em dietas com restrição de açúcar. Mas é preciso ficar atenta ao consumo excessivo. Ter um acompanhamento profissional e substituir, sempre que puder, alimentos que precisam ser adoçados por coisas mais naturais (frutas e verduras!), são hábitos mais indicados, defende a nutricionista. “O paciente tem que sentir o paladar real dos alimentos, visto que quanto mais doce consumimos, mais temos vontade de comer.”

E estudos recentes apontam que o exagero no adoçante pode não ser a melhor opção até para diabéticos. Isso porque ele foi relacionado com a resistência insulínica, uma vez que estimula a produção de hormônios que desregulam a quantidade de açúcar no sangue. “De uma forma mais simplificada, podemos dizer que isso ocorre porque o sabor doce percebido na boca estimula a produção de insulina.  Logo, o consumo de adoçantes pode favorecer o quadro de resistência insulínica, ganho de gordura no fígado e aumento de peso. Isso favorece um quadro inflamatório, a obesidade e até mesmo o diabetes do tipo 2.”

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Existem diferenças até no tipo deles. Os naturais, como estévia e xylitol, são feitos com raízes de plantas, vegetais e cogumelos. E são os mais recomendados. Já os artificiais são produzidos por meio de processos químicos. Alguns exemplos deles são o ciclamato, acessulfame de potássio, aspartame e sacarina. 

Quando você for ler o rótulo de algum produto, preste atenção se ele contém: sacarose, sorbitol, eritritol, maltitol, sacarina ou sucralose. Eles também são adoçantes, que muitas vezes passam despercebidos por quem não conhece. A nutricionista Bruna Lyrio nos ajuda com alguns tipos de adoçantes: 

Estévia 

“Feito da stevia rebaudiana, uma planta nativa da América do Sul. Ou ainda da beterraba, cana de açúcar ou frutas.”

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Xylitol

“Encontrado nas fibras de muitos vegetais. Incluindo milho, framboesa e ameixa. Também pode ser extraído de alguns tipos de cogumelo.”

Sucralose

“Sacarose quimicamente modificada, onde o cloro é um dos seus componentes. Sendo assim, pessoas com distúrbios nos hormônios ligados a tireóide devem evitar esse adoçante.”

Aspartame

“É uma combinação de fenilalanina e ácido aspártico, possui alto índice de reações alérgicas e está associado a dores de cabeça.”

Ciclamato de sódio 

“Derivado do petróleo, ele possui alto teor de sódio, como o próprio nome já indica. Logo, não é indicado para hipertensos.”

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