Alimentos ultraprocessados causam demência? Novo estudo esclarece

Diante de tantos pontos negativos já provados, pesquisadores da China decidiram descobrir se alimentos ultraprocessados também causam demência

Por Ana Paula Ferreira
Atualizado em 21 out 2024, 16h40 - Publicado em 1 ago 2023, 15h13
Pesquisadores investigaram a relação entre alimentos ultraprocessados e demência
Pesquisadores investigaram a relação entre alimentos ultraprocessados e demência (Freepik/Divulgação)
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A relação entre a alimentação e a saúde do cérebro já é, há algum tempo, pauta de diversas pesquisas científicas ao redor do mundo. Recentemente, contudo, estudiosos da China decidiram investigar se alimentos ultraprocessados causam demência.

Realizado pela Universidade Médica de Tianjin, na China, o estudo acompanhou mais de 72 mil pessoas acima de 55 anos. Confira a seguir o que foi descoberto.

Estudo investiga se alimentos ultraprocessados causam demência

A equipe de pesquisadores analisou dados obtidos do UK Biobank de uma base de informações de saúde de meio milhão de residentes no Reino Unido.

Os participantes, livres de demência no início do estudo, foram monitorados ao longo de cerca de 10 anos, resultando em 518 casos diagnosticados com o quadro ao término da investigação.

Assim, os resultados, publicados na revista científica Neurology, apontaram que a dieta composta por alimentos ultratransformados – ou seja, carregados de açúcar, gordura e sal adicionados, mas carentes de proteínas e fibras –, está associada ao risco de desenvolvimento de diversas formas de demência.

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De acordo com Jéssica Martani, médica psiquiatra especialista em comportamento humano e saúde mental, não é de hoje que os holofotes estão voltados para este tipo de alimentos, cujas características sedutoras podem esconder perigos inesperados.

A psiquiatra comenta, com base no estudo, que cada aumento de 10% no consumo desses alimentos ultraprocessados apresentou uma alarmante correlação com um aumento de 25% no risco geral de demência, 28% de acréscimo no risco específico de demência vascular e 14% risco de doença de Alzheimer.

Sendo assim, este é mais um bom motivo para deixar essas opções de lado, já que, anteriormente, foi comprovado por estudos que eles também favorecem o risco de depressão, além de prejudicarem a saúde de diversas outras maneiras.

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