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Hip dips: o que é essa depressão na região do bumbum?

Médico explica o que é e quais as causas da “depressão trocantérica”, mais famosa como “hip dips”

Por Ana Paula Ferreira
14 abr 2024, 10h00

Você já se pegou olhando no espelho e tentando entender por quais razões seu bumbum tem uma depressão que o impede de ficar redondinho por mais agachamentos que você faça na academia? O motivo para isso é o chamado hip dips.

Como explica o cirurgião plástico Alexandre Kataoka, a depressão trocantérica, popularmente conhecida em inglês como “hip dips”, refere-se à curva natural ou à reentrância que algumas pessoas têm nas laterais de seus quadris, logo abaixo da cintura.

“Essa depressão cria uma aparência de curvas mais acentuadas entre a cintura e os quadris. Essa característica é totalmente normal e é determinada pela anatomia única de cada pessoa”, ele afirma.

Sendo assim, os hip dips não são uma imperfeição ou um problema que precisa ser corrigido. “É uma característica natural e normal da anatomia corporal.”

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Exercícios podem eliminar hip dips?

Segundo Kataoka, os hip dips são determinados pela estrutura óssea e pela distribuição de gordura no corpo. Sendo assim, os exercícios específicos podem fortalecer os músculos ao redor, mas não alteraram drasticamente a forma dos quadris.

Além disso, a condição não é um sinal de peso baixo. “Pessoas de diferentes pesos e tamanhos corporais podem ter hip dips. Não existe relação direta entre o peso corporal e a presença da depressão trocantérica”, ressalta.

Outro ponto importante a ser esclarecido é que a depressão trocantérica não ocorre exclusivamente no corpo feminino. “Os homens também podem ter, pois a presença ou ausência de hip dips não está ligada ao gênero, mas sim à genética e à anatomia individual”, explica o médico.

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Aceitação corporal e autoestima

A pressão social para atender a padrões de beleza pode impactar negativamente a autoestima e a aceitação do corpo. Sendo assim, o cirurgião plástico ressalta que é crucial reconhecer a diversidade de corpos e entender as características únicas que tornam cada pessoa única.

“Aceitar e amar o seu corpo, incluindo as hip dips, é um passo importante para uma saúde mental positiva”, ele afirma.

“Evite comparar seu corpo com imagens retocadas nas redes sociais. Lembre-se de que muitas imagens são editadas para atender a padrões inatingíveis. E se as preocupações com a imagem corporal afetarem significativamente sua saúde mental, considere falar com um profissional. Eles podem oferecer apoio e estratégias para melhorar a autoestima”, orienta.

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Por fim, o médico diz que entender e aceitar os hip dips é parte fundamental da jornada em direção à positividade corporal. “Compreender a diversidade de corpos e reconhecer a beleza única de cada pessoa contribui para uma sociedade mais inclusiva e saudável”, finaliza o médico.

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