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A TPM, ou tensão pré-menstrual, é um conjunto de sintomas físicos, emocionais e comportamentais que surgem geralmente na segunda metade do ciclo menstrual, alguns dias antes da menstruação descer.
Ela ocorre devido às oscilações hormonais características desse período, principalmente da queda do estrogênio e da progesterona. Essas mudanças prejudicam o cérebro, especialmente neurotransmissores como a serotonina, que está ligada ao humor, sono e apetite.
Os sintomas da TPM podem variar de pessoa para pessoa, sendo que os mais comuns são:
- Irritabilidade ou alterações de humor;
- Cansaço e insônia;
- Dor nos seios;
- Inchaço abdominal;
- Dores de cabeça e lombar;
- Aumento do apetite;
- Sensação de tristeza ou ansiedade.
Como a TPM atrapalha os treinos?
Durante a TPM, o corpo pode reter mais líquido, o que dá uma sensação de inchaço e desconforto. Além disso, o cansaço, as dores e as alterações de humor podem diminuir a disposição para treinar.
Muitas pessoas relatam que o rendimento cai, que a força não é a mesma ou que simplesmente não têm vontade de se movimentar. E está tudo bem reconhecer isso — o corpo está pedindo um pouco mais de cuidado nesse momento.
O segredo está em ajustar, e não abandonar. Nem sempre a melhor saída é parar tudo — às vezes, mudar o tipo de treino já ajuda.
Em vez de um treino intenso, aposte em algo mais leve, como uma caminhada, yoga ou um treino funcional mais suave. Isso ajuda a liberar endorfina e melhora o humor.
Também é importante manter uma alimentação equilibrada e reduzir o consumo de açúcar e cafeína, que podem agravar os sintomas. Dormir bem e manter uma rotina regular também ajuda muito.
Escute seu corpo. Se estiver com muitas dores ou muito inchada, não force. Respeite seus limites, mas tente se manter ativa dentro do que for possível. Hidratação e alongamento antes e depois dos treinos são fundamentais.
E se os sintomas estiverem muito intensos ou impactando demais sua rotina, vale conversar com seu ginecologista — às vezes, um ajuste hormonal, suplementação ou até uma investigação mais profunda pode ser necessária.
Dra. Patrícia Varanda, médica ginecologista. Instagram: @drapatriciavaranda
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