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Na maioria dos casos, treinar com diarreia não é recomendado. Durante um episódio de diarreia, o corpo já está enfrentando um quadro de estresse fisiológico importante. Há uma perda significativa de água, eletrólitos (como sódio, potássio e magnésio) e, muitas vezes, de energia.
O exercício físico, principalmente os de alta intensidade, também gera estresse metabólico, aumenta a temperatura corporal e demanda ainda mais líquidos e minerais para manter a homeostase. Isso pode piorar a desidratação, causar queda de pressão arterial, tontura, fraqueza e até arritmias em casos mais graves.
Além disso, o próprio movimento durante o treino pode estimular ainda mais o trânsito intestinal, piorando o quadro. Do ponto de vista fisiológico, o ideal é que o corpo foque em se recuperar da diarreia antes de encarar qualquer sobrecarga física.
Quais cuidados ter para melhorar a diarreia?
O foco deve ser recuperação e reequilíbrio do organismo. Nesses momentos, priorize a hidratação adequada com água, água de coco ou soluções de reidratação oral com eletrólitos para compensar as perdas.
Além disso, prefira uma alimentação mais leve e de fácil digestão, com baixo teor de gordura e sem fibras insolúveis.
Se a diarreia for intensa ou prolongada, pode ser indicada uma reposição controlada de sódio, potássio e magnésio, seja pela dieta ou, se necessário, por suplementos.
Dependendo da causa da diarreia, o uso de probióticos pode contribuir para a restauração da flora intestinal mais rapidamente.
Se a diarreia durar mais de 48 horas, vier acompanhada de febre, sangue nas fezes ou sinais de desidratação importante, é fundamental procurar um médico.
A retomada dos treinos só deve acontecer quando o paciente estiver bem hidratado, alimentado, sem sintomas intestinais e com energia suficiente para o esforço físico.
Dra. Yasmin Bittencourt, médica integrativa atuante em Endocrinologia metabólica do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais)/Macaé.
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