Por que as pessoas caem mais quando envelhecem?
Com o envelhecimento, ocorrem uma série de mudanças: as fisiológicas e as cognitivas. Uma delas é a sarcopenia, perda de força nos braços e nas pernas. A pessoa passa a ter dificuldade para se locomover e de fazer tarefas corriqueiras. É difícil levantar da cadeira e até mesmo subir um degrau. A pessoa pode ter alteração em seu equilíbrio, o que é normal com o passar da idade, mas pode levar a queda.
Vale lembrar que outras condições podem contribuir para essa queda, como a falta de visão – ou quando a visão está prejudicada, por exemplo -, por uma problema de degeneração, glaucoma ou catarata (esses ainda não diagnósticos e não tratados), fazendo com que a pessoa não tenha a percepção do espaço/local que está.
Algumas doenças crônicas relacionadas à mobilidade, como osteoartrite, podem aumentar o risco de queda. Ter um ambiente doméstico com tapetes e obstáculos podem facilitar a queda. Calçados que escorregam também podem aumentar o risco desse problema.
Para prevenir essas quedas, o primeiro passo é levar o idoso a um médico para avaliar todas as condições e queixas. Fazer um check-up mesmo, como exame de bioimpedância (sarcopenia), de sangue (para avaliar a saúde de uma forma geral, com dosagem de vitaminas e minerais) e, se for o caso, até exames de imagem, para evitar que alguma condição não diagnosticada possa levar a queda.
Outro ponto é fazer os tratamentos prescritos. Muitos especialistas podem sugerir suplementos e mudanças na alimentação para o aporte de vitaminas essenciais, como o cálcio e a vitamina D.
Também pode ser orientada a prática de alguma atividade física que ajude no ganho de massa muscular, mas não prejudique ou piore outra condição que essa pessoa tenha.
O ambiente precisa ser seguro. Instale barras de apoio no quarto, no banheiro, nas escadas e em todo o ambiente que o idoso circula. Evite usar tapetes, mas se for essencial, opte sempre pelo modelo antiderrapante, assim como na escolha dos calçados, que devem ser confortáveis e antiderrapantes.
Roberta Bombonatto, psicóloga e pós-graduanda em gerontologia pelo Instituto Einstein SP