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Por que o risco de problemas cardíacos aumenta após a menopausa?

Por Dr. Mozar Suzigan
14 abr 2024, 08h00

Quando falamos de problemas cardíacos em mulheres, existe uma série de particularidades que os tornam mais complexos e, por vezes, mais desafiadores de serem diagnosticados e tratados quando comparados aos homens.

No geral as mulheres se apresentam com doenças cardíacas, como o infarto, cerca de 10 anos mais tarde do que os homens. Embora os homens tenham um risco mais elevado de doença cardíaca em uma idade mais jovem, o risco para as mulheres aumenta e muitas vezes ultrapassa o dos homens após a menopausa.

Existem alguns fatores para isso, como:

  • Sintomas atípicos: é importante deixar claro que a dor no peito é o sintoma de infarto mais comum em mulheres e homens. Mas as mulheres são mais propensas do que os homens a apresentarem infarto sem ter dor no peito. Mulheres frequentemente apresentam sintomas atípicos de doença cardíaca, que não são a dor no peito propriamente dita, como fadiga, tontura, azia, falta de ar náusea e dor no abdome ou nas costas, o que pode levar a diagnósticos tardios ou incorretos.
  • Atraso no diagnóstico
  • Hormônios sexuais: os hormônios femininos, como o estrogênio, desempenham um papel protetor nos vasos sanguíneos antes da menopausa. Após a menopausa, a diminuição dos níveis de estrogênio pode aumentar o risco de desenvolver doenças cardiovasculares.
  • Síndrome do Coração Partido (Cardiomiopatia de Takotsubo): condição desencadeada por estresse emocional ou físico intenso.
  • Complicações na gravidez: condições como pré-eclâmpsia, diabetes gestacional e hipertensão durante a gravidez aumentam o risco de doença cardíaca mais tarde na vida.
  • Estilo de vida

Em conclusão, é crucial que profissionais de saúde estejam cientes dessas diferenças para fornecer o melhor cuidado possível. A conscientização sobre a saúde cardíaca feminina precisa ser aumentada, tanto entre profissionais de saúde quanto na população geral, para melhorar a prevenção, o diagnóstico e o tratamento de doenças cardíacas em mulheres.

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Respondido por:

Dr. Mozar Suzigan, cardiologista da Clínica Sartor (@sartor.medicina).

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