Entenda o que é a dieta plant-based e seus benefícios

Nem vegetariana nem vegana. A dieta à base de plantas prioriza os alimentos que vêm da terra sem necessariamente excluir a carne de vez.

Por Eliane Contreras
Atualizado em 21 out 2024, 17h30 - Publicado em 20 nov 2017, 07h29
polenta com legumes
 (Divulgação/BOA FORMA)
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Plant-based: um novo termo para a alimentação vegana ou vegetariana? Não exatamente. As dietas baseadas em plantas (numa tradução livre do inglês) são caracterizadas pela eliminação ou apenas redução do consumo de produtos de origem animal. Já os alimentos industrializados ultraprocessados (normalmente feitos com farinhas refinadas e carregados de corantes, conservantes e outras substâncias difíceis de serem decifradas) são retirados do cardápio, o que nem sempre acontece nos cardápios veganos e vegetarianos.

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A dieta plant-based ainda é um conceito novo no Brasil, mas com potencial forte de crescimento. Basta uma busca nas redes sociais para você constatar que existem muitos perfis com essa pegada. “Os vegetais são os protagonistas das minhas receitas”, diz Suzan Zacchi, cozinheira e sócia do @_legumina, perfil no Instagram que está prestes a ganhar um site que vai ensinar pratos lindos e muito saborosos (a foto lá de cima é uma amostra).

Já nos congressos e simpósios de nutrição, a alimentação à base de planta se destaca pelos benefícios à saúde. Numa palestra apresentada no Life Style Summit Brazil, simpósio que aconteceu este mês em São Paulo, a nutricionista Paula Gandim comentou: “Vamos ver cada vez mais a ciência apontando a plant-based como um caminho para a prevenção de doenças.” Recentemente, uma revisão de estudos sobre alimentação e problemas cardio-metabólicos, feita por pesquisadores da Universidade of Wisconsin (EUA), associou a plant-based à redução de todas as causas de mortalidade e risco diminuído de obesidade, diabetes tipo 2 e doença cardíaca coronária.

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O cardápio inclui principalmente os alimentos que crescem na terra (frutas, legumes, verduras, cereais, tubérculos, leguminosas, grãos, oleaginosas e sementes) e, de preferência, orgânicos. E como fica a proteína? Feita da maneira correta, a dieta é capaz de suprir as necessidades nutricionais do organismo, segundo a nutricionista Alessandra Luglio, coordenadora do departamento de medicina e nutrição da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB). “Todos os alimentos da dieta colaboram para o fornecimento de nutrientes essenciais. Além disso, quando combinados ao longo do dia (não necessariamente na mesma refeição),  há uma sinergia nutricional que garante um corpo saudável – sem excessos e sem carências”, afirma Alessandra.

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Mesmo quem come carne pode se beneficiar com um consumo maior de verduras, legumes e cereais. Mas, caso você se empolgue em se alimentar só com vegetais, não se arrisque a fazer a transição sozinha. “Fiz a mudança com a orientação de uma nutricionista. Ela sugeriu que eu ficasse três meses sem comer carne para combater uma inflamação no organismo. Me senti tão bem que há quatro anos sigo uma alimentação plant-based”, comemora Suzan.

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