Câncer colorretal: alimentação rica em fibras ajuda a prevenir a doença

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer, esse é o terceiro tipo de câncer mais comum no Brasil

Por Juliany Rodrigues
Atualizado em 21 out 2024, 16h45 - Publicado em 27 mar 2023, 14h54
Câncer colorretal
Comer bem e se exercitar são dois aspectos que ajudam a reduzir o risco de desenvolvimento do câncer colorretal | (wayhomestudio/Freepik/Reprodução)
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Neste mês, acontece a campanha Março Azul-marinho, que visa disseminar informações e conscientizar a respeito do câncer colorretal, o terceiro mais comum no Brasil. As ações têm o objetivo de alertar a respeito da importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado da doença. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) informa que esse é o terceiro tipo de câncer mais comum no Brasil e estima o surgimento de 41 mil novos casos por ano no país.

“Os cânceres de cólon e reto, ou câncer colorretal, como também pode ser chamado, abrangem os tumores no intestino grosso (o cólon) e o reto (a parte mais distal do intestino). Em média, metade dos tumores encontrados é localizada no reto e sigmoide e 30% no ceco”, conta o Dr. Leonardo Emilio, médico cirurgião geral.

A doença se desenvolve de forma progressiva e surge em razão de uma alteração nas células que começam a se multiplicar desordenadamente.

Apesar de existir a possibilidade da doença ser assintomática em seus estágios iniciais, ela pode causar alguns sintomas, como: mudanças de hábitos intestinais, anemia, fraqueza sem causa aparente, perda de peso, fezes escuras ou com sangue visível, dor abdominal, entre outros. Entretanto, vale ressaltar que esses incômodos nem sempre são indícios do câncer colorretal. Por isso, o ideal é sempre procurar um médico, especialmente se houverem sintomas, para que o diagnóstico correto seja obtido.

Fatores de risco

De acordo com o Dr. Leonardo, existem alguns fatores que podem aumentar as chances de uma pessoa desenvolver o câncer colorretal. São eles:

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  • Idade: a doença é mais comum em pessoas acima dos 50 anos.
  • Pólipos intestinais adenomatosos: “A maioria (75%) dos tumores malignos do cólon e reto é originária de pólipos que se iniciam benignos e são chamados adenomas”, explica o médico.
  • Obesidade e sobrepeso: comprovadamente, o sobrepeso e a obesidade agravam os riscos de apresentar esse tumor.
  • Sedentarismo: a falta da prática de atividades físicas está relacionada ao surgimento de diversas doenças, inclusive do câncer colorretal.
  • Bebidas alcoólicas: a ingestão de bebidas alcoólicas favorece o surgimento de vários tipos de câncer, por exemplo, de boca, de esôfago, colorretal, e outros.
  • Tabagismo: fumar tem relação com o aumento do risco de diferentes cânceres, incluindo o colorretal.
  • Histórico familiar: quando há casos de câncer colorretal na família do indivíduo, principalmente em parentes de primeiro grau, ele acaba tendo um maior risco de apresentar a doença.
  • Doenças inflamatórias intestinais: por exemplo, doença de Chron ou retocolite ulcerativa.
  • Alimentação desbalanceada: o consumo excessivo de carne vermelha, de alimentos processados e de embutidos contribui para que a pessoa tenha câncer colorretal, assim como a baixa ingestão de frutas e verduras.

Tratamento

O tratamento é determinado de acordo com o estágio da doença, segundo o Dr. Leonardo Emilio.  “Nos casos iniciais, o ideal é sempre a remoção do tumor, que pode ser feita por colonoscopia ou por outras cirurgias”, explica o especialista.

Dependendo da extensão do problema, a quimioterapia e a radioterapia podem ser necessárias tanto antes quanto após a cirurgia.

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“Hoje dispomos da cirurgia robótica, que é uma espetacular ferramenta no tratamento minimamente invasivo do câncer colorretal, diminuindo o tempo de recuperação dos pacientes”, acrescenta.

Prevenção

Assim como para os outros tipos de câncer, a prevenção do câncer colorretal envolve mudanças comportamentais e um estilo de vida saudável. Por isso, é preciso se atentar a vários pontos, entre eles, a atividade física e a alimentação.

“As recomendações são: ter uma dieta rica em fibras e sem alimentos processados, não fumar, reduzir o consumo de álcool e movimentar o corpo regularmente”, aconselha o médico, que também ressalta que pacientes acima de 45 anos devem fazer a colonoscopia a cada 5 anos, a fim de identificar, o mais rápido possível, lesões que possam provocar o câncer colorretal.

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As fibras são substâncias que podem ser encontradas em frutas, vegetais, legumes e grãos integrais. Esse nutriente é essencial para manter o bom funcionamento do intestino, uma vez que promove o crescimento de bactérias intestinais benéficas e estimula os movimentos intestinais regulares. “Elas são protetoras da saúde da mucosa intestinal contra alterações displasia de suas células”, detalha o Dr. Leonardo.

 

 

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