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“Mulher multitasking”: Renata Spallicci fala sobre a definição na Casa Clã

A vice-presidente executiva da Apsen falou sobre como o autoconhecimento a fez se libertar para ser todas as suas versões

Por Ana Paula Ferreira
Atualizado em 14 mar 2024, 11h19 - Publicado em 12 mar 2024, 23h51
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 (./BOA FORMA)
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Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, a Casa Clã 2024 promoveu um talk sobre o multitasking na carreira e na vida pessoal das mulheres, intitulado “Multitasking é seu sobrenome?”.

Conduzido pela jornalista Paola Carvalho, o bate-papo contou com a presença de uma mulher que representa bem o tema proposto: Renata Spallicci, vice-presidente executiva da Apsen, que também é engenheira química, autora de livro, apresentadora de podcast, fisiculturista e rainha de escola de samba.

O que significa ser multitasking?

Multitasking, que em tradução para o português quer dizer “multitarefa”, é o conceito de se fazer duas ou mais atividades ao mesmo tempo. Algo comum atualmente, especialmente entre as mulheres: somos cobradas a cuidar do trabalho, da casa, treino, filhos etc.

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Pessoas multitasking acabam se desenvolvendo em diversas áreas diferentes, como é o caso de Renata Spallici que, além de ser vice-presidente da Apsen, ainda se permitiu conhecer e desenvolver outras versões de si mesma.

Renata Spallici e a rotina da mulher multitasking

Formada em engenharia química, Renata iniciou sua trajetória profissional no almoxarifado da Apsen, empresa criada por seus avós, Mario Spallicci e Irene Spallicci, em 1969. Como contou na Casa Clã, a vaga de trabalho foi escolhida por seu próprio pai, Renato Spallicci, por acreditar que era importante e necessário conhecer todas as áreas da companhia antes de chegar a um cargo alto, como o que ocupa hoje em dia.

Trabalhando em áreas diferentes, ela pode ver de perto que a desigualdade de gênero é algo real dentro das empresas.

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“Cresci em um berço de privilégio. Quando entrei no mundo corporativo, não estava preparada para as desigualdades de gênero”, contou Renata que, assim como tantas mulheres, precisou encarar situações como receber “cantadas” e ter pessoas duvidando de seu trabalho, mesmo após contribuir para a empresa dobrar de tamanho.

O fato de ser a sucessora da empresa no futuro também era algo que preocupava a profissional: seu medo era de que, caso mostrasse outras versões de si que não eram a de executiva, as pessoas pudessem desacreditar de sua competência.

Contudo, sua vida passou por uma verdadeira virada em 2019, a levando a se permitir mais e conhecer melhor suas potências.

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“Eu fui para o processo de terapia e minha primeira fala para o psicólogo foi: ‘Eu não sei quem sou, não sei do que gosto.’ […] Eu comecei um processo de autoconhecimento que é constante, e que me permitiu ter coragem de fazer as coisas que eu faço hoje, mas que não era uma realidade antes”, ela contou.

“Antes, eu fazia o que esperavam que eu fizesse. Não sabia por que tinha me formado na faculdade, me casado e nem tomado tantas outras decisões. Então, a partir dali, resolvi olhar para mim”, completou.

O medo de ser invalidada como profissional deu espaço à liberdade e autoconfiança para se permitir viver outras experiências, como subir no palco de biquíni, como fisiculturista, atividade que ela cultiva há alguns anos. “Antes da faculdade, fazia balé clássico. Precisei parar por causa do tempo. Entrei na academia e me desliguei. Depois, meu marido me perguntou por que eu não competia. Então entrei no fisiculturismo por uma provocação”.

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Você se sabota?

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Figura feminina forte no mundo corporativo, Renata Spallicci levantou também uma reflexão sobre a tendência de autossabotagem da mulher: enquanto as mulheres costumam se diminuir e sentir medo de não estarem prontas, os homens demonstram mais autoconfiança para arriscar no mercado de trabalho.

“O homem se candidata para todas as vagas estando pronto ou não estando pronto. Ele acha que vai aprender no caminho, que vai dar um jeito, que vai encontrar alguém da equipe que vai ajudar. Já a mulher tem muito isso de estar preparada”, ela falou, reforçando novamente que as mulheres devem acreditar em seu potencial para serem o que quiserem ser.

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Ao final, ela aconselhou as mulheres na plateia: “Sejam corajosas, olhem a história de vocês e enxerguem quem são. Mulheres têm que se ajudar, precisamos começar a nos posicionar.”

Sobre a Casa Clã 2024

Casa Clã é um evento da Editora Abril que promove shows, palestras e atividades para falar sobre as vivências femininas. Em 2024, o evento reuniu mulheres influentes, como Claudia Raia, Bela Gil, Nanda Costa, Helena Rizzo, Renata Spallici e tantas outras, em uma programação e curadoria realizadas por CLAUDIA e Boa Forma.

Casa Clã 2024 é um evento curadoria de @claudiaonline e @boaforma, que tem o oferecimento de @astrazenecabr @merzaesthetics_br @rededor_oficial_star @apsenfarmaceutica @aguasprata @labasqueoficial @donadodoce @ecoflamegarden @studio_w

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