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Por que emagrecer na menopausa é um desafio?

Entenda como a menopausa afeta o metabolismo e a distribuição da gordura corporal

Por Juliany Rodrigues
Atualizado em 17 jun 2024, 11h14 - Publicado em 11 jun 2024, 19h00
emagrecer na menopausa
Saiba por que é mais difícil emagrecer na menopausa | (freepik/Freepik)
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Emagrecer na menopausa pode ser um verdadeiro desafio para muitas pessoas que enfrentam essa fase. As alterações hormonais que acontecem no organismo, além de causarem sintomas como fogachos e diminuição da libido, também podem influenciar o metabolismo e a distribuição da gordura corporal, segundo especialistas.

“Mesmo comendo bem e praticando atividade física, elas costumam notar maior acúmulo de gordura no abdômen e têm cada vez mais dificuldade em lidar com isso. Sabemos que a queda hormonal, principalmente do estrogênio e da testosterona, é um fator bem importante para essa relação”, explica o Dr. Igor Padovesi, ginecologista membro da North American Menopause Society (NAMS) e da International Menopause Society (IMS).

Dra. Marcella Garcez, médica nutróloga e diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia, fala sobre os impactos da menopausa no metabolismo basal.

“A massa muscular reduzida resulta em menor gasto de calorias em repouso, que pode dificultar a manutenção do peso ideal e levar à mudanças na distribuição da gordura”, diz.

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Vale lembrar que a perda de massa muscular e a diminuição da força estão associadas à uma série de problemas de saúde, entre eles, a redução da densidade óssea, o aumento do risco de fraturas e o maior risco de doenças cardiometabólicas.

A importância de um estilo de vida saudável e ativo

De acordo com o Dr. Igor, o sedentarismo pode tornar o emagrecimento durante a menopausa ainda mais complicada. No entanto, a Dra. Deborah Beranger, endocrinologista, lembra que um estilo de vida saudável e ativo é importante não apenas para o controle do peso, mas também para lidar com os sintomas dessa fase.

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Beranger afirma que se movimentar pode contribuir para a melhora da sensação de fogacho, do desânimo, da irritabilidade e das alterações de humor.

“A menopausa aumenta muito o grau de ansiedade e de irritabilidade e o risco de depressão, uma vez que gera uma mudança nos neurotransmissores do cérebro“, fala a endocrinologista.

O ideal é praticar exercício físico de forma regular. “Pelo menos três vezes a semana, por uma hora”, orienta a Dra. Deborah.

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Garcez ainda lembra que algumas estratégias alimentares podem contribuir para a preservação da massa muscular durante a menopausa.

“Proteínas de alto valor biológico, com todos os aminoácidos essenciais como carnes magras, peixes, ovos, laticínios e leguminosas, devem estar presentes e distribuídas em todas as grandes refeições, diariamente. Porém, pode ser necessário considerar a suplementação em alguns casos”, destaca a nutróloga.

Carboidratos complexos, por exemplo, grãos integrais, legumes, frutas e vegetais, também são recomendados, pois eles fornecem vitaminais, minerais e fibras essenciais para o organismo.

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“Consumir alimentos ricos em antioxidantes, como frutas, vegetais, nozes e sementes, pode favorecer a redução do estresse oxidativo e apoiar a saúde muscular. A hidratação adequada também não pode ser deixada de lado para cuidar do funcionamento muscular“, completa a Dra. Marcella.

O papel da reposição hormonal

O Dr. Igor Padovesi comenta sobre a segurança da reposição hormonal durante a menopausa.

“Muitas pessoas acreditam que a reposição hormonal aumenta o risco de problemas como câncer de mama, acidente vascular cerebral e doença arterial coronariana. Isso se deve principalmente a estudos realizados no final da década de 1990 e início dos anos 2000 que, devido a várias falhas metodológicas, chegaram a conclusões incorretas sobre os efeitos dessas terapias no organismo. Mas, múltiplos estudos mais modernos já apresentaram evidências contrárias”, garante o especialista.

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Ele ressalta que esse tratamento é determinado de acordo com as queixas de cada paciente, sendo que o hormônio utilizado, a dose e a duração podem variar.

“Ao repor esses hormônios nas doses certas e com os hormônios mais adequados (hoje usamos os bioidênticos), podemos ajudar a melhorar a composição corporal, facilitando o ganho de massa magra quando a paciente faz atividade física e se alimenta bem, e isso reflete na qualidade de vida. Obviamente, a terapia hormonal também melhora vários outros sintomas dessa fase”, enfatiza ele.

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