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Infiltração no joelho: o que é, como é feita e para que serve

A técnica pode ser indicada para ajudar os indivíduos diagnosticados com doenças degenerativas ou dores crônicas no joelho

Por Juliany Rodrigues
Atualizado em 29 mar 2023, 16h05 - Publicado em 29 mar 2023, 14h15

Voltados para a o alívio das dores, os procedimentos de infiltração no joelho consistem em injetar uma substância, que pode ser o ácido hialurônico, dentro da articulação.

De acordo com o Dr. Marcos Cortelazo, ortopedista especialista em joelho e traumatologia esportiva e membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), as infiltrações são bastante procuradas por quem sofre com doenças como artrose, condromalácia e lesões na cartilagem do joelho.

O médico explica que, por ter uma alta viscosidade, o ácido hialurônico é uma substância que consegue diminuir o atrito entre as estruturas, melhorando a mobilidade da articulação do joelho, a inflamação e a dor.

“Mas esse procedimento é um coadjuvante. Não é simplesmente fazer a infiltração, deve ser associado a um tratamento para termos um bom resultado”, alerta.

Ainda que não exista uma cura para a artrose, com condutas adequadas, é possível controlá-la e retardar o avanço dos seus sintomas.

“Muitas pessoas acreditam que podem parar os outros tratamentos porque já não dói mais, mas o efeito da lubrificação não é permanente: ele dura em média seis meses. Eu gosto de usar o ácido hialurônico como uma parte de uma estrutura de tratamento em que ele é uma ferramenta para fornecer uma janela de oportunidade; ou seja, quando há a aplicação do ácido hialurônico, o paciente tem uma melhora clínica. Ele sente uma melhora de mobilidade, diminuição da dor e, então, deve agregar outros tratamentos, como fisioterapia e condicionamento físico para melhora articular. Em muitos casos, a perda de peso tem que estar associada”, destaca o Dr. Marcos.

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Segundo o especialista, a infiltração é recomendada, especialmente, para casos iniciais de artrose ou para tratar o desgaste da cartilagem do joelho. “Em quadros muito graves da doença degenerativa, o ideal não é o ácido hialurônico e sim a prótese”.

O PAPEL DA ATIVIDADE FÍSICA

Comprovadamente, o sedentarismo é um dos fatores que mais atrapalham o bom funcionamento do organismo. Uma das consequências da falta da prática de atividade física, além do ganho de peso, é a redução da massa muscular, o que gera a perda da proteção das articulações.

Isso acontece porque essas estruturas do corpo precisam do movimento para se manterem saudáveis, pois, quando permanecem paradas por muito tempo, acabam sofrendo com o processo de atrofia e de rigidez, provocando dores.

“Os exercícios trazem diretamente três benefícios básicos: ajudam a manutenção do peso corporal, fortalecem a musculatura, exercendo assim um efeito de proteção das articulações através da melhor do desempenho biomecânico, e sustentação do esqueleto. Além disso, ativam a circulação do líquido sinovial, que nutre a cartilagem através do processo de embebição”, detalha o médico.

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De forma geral, assim como a fisioterapia, os esportes leves são interessantes para lidar com problemas no joelho, como caminhada, hidroginástica, natação, pilates e bicicletas.

PROCURE UM MÉDICO

Para finalizar, o Dr. Marcos destaca a importância de, ao sentir dor no joelho, procurar um ortopedista com essa especialidade. “O diagnóstico correto e o programa de tratamento indicado pelo especialista podem frear a progressão da artrose”, afirma.

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