Existe menopausa precoce? Quais são os sinais?
Ginecologista explica como identificar a menopausa precoce

A menopausa consiste no fim permanente da fase reprodutiva das pessoas que têm útero. Ela é um processo natural caracterizada pela queda de hormônios como progesterona e estrogênio e, normalmente, ocorre entre os 45 e 55 anos de idade.
No entanto, existem casos nos quais essa transição acontece antes dos 40 anos, sendo chamada de menopausa precoce ou falência ovariana prematura.
Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, a menopausa precoce pode ser identificada pela ausência de menstruação por pelo menos um ano.
Mas, afinal, o que causa a menopausa precoce? Diversos fatores podem estar envolvido nesse quadro, mas entre os principais estão as alterações genéticas, condições autoimunes, doenças virais, quimioterapia ou radioterapia, exposição à toxinas, cirurgia de retirada de útero e problemas metabólicos.
Quais os sinais da menopausa precoce?
Segundo a Dra. Fernanda Lellis, ginecologista da Clínica Ginelife e especialista em saúde da mulher, a menopausa precoce pode ser identificada por alguns sintomas que deveriam surgir apenas mais tarde (após os 40 anos), como:
- Ondas de calor;
- Insônia;
- Mudanças de humor;
- Ressecamento vaginal;
- Alterações no ciclo menstrual;
- Ganho de peso.
“Ao notá-los, procure um especialista o quanto antes, para receber o diagnóstico e começar o tratamento adequado”, comenta. “Lembrando que não há uma cura, mas o tratamento ajuda nos sintomas e proporciona uma maior qualidade de vida“, afirma.
“Por provocar a diminuição dos níveis de alguns hormônios, a menopausa precoce, quando não tratada corretamente, pode aumentar os riscos de algumas condições de saúde, como doença cardíaca, depressão, ansiedade, osteoporose, hipotireoidismo, problemas oculares e infertilidade (mas, ainda é possível que a mulher engravide por meio de técnicas de reprodução assistida“, completa.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da menopausa precoce pode ser realizado a partir de exames de dosagem hormonal ou ultrassom, para investigar os ovários.
O tratamento é determinado de acordo com cada caso e auxilia no alívio dos sintomas. A Dra. Fernanda conta que podem ser indicadas medidas como terapia de reposição hormonal e o uso de suplementos.
Além disso, a prática de atividades físicas e os hábitos alimentares desempenham um papel importante no tratamento da menopausa precoce.
“Todos estes fatores podem promover uma melhor qualidade de vida”, ressalta a médica.
A fisioterapia pélvica também pode colaborar para a melhora dos sintomas da menopausa, seja ela precoce ou não, ajudando a melhorar a incontinência urinária, a atrofia vaginal, a lubrificação, a falta de libido e a flacidez.
“O uso da radiofrequência, junto com microagulhamento e o exercícios para a musculatura do assoalho pélvico, ajuda a melhorar o aspecto da vulva e o seu funcionamento”, pondera a fisioterapeuta pélvica na Clínica Ginelife, Laura Barrios.
“Como são feitos exercícios que trabalham a musculatura do períneo, a mulher pode também sentir uma melhora no orgasmo, porque a paciente tem uma maior quantidade de sangue no local, por conta da tonicidade dos músculos da região”, conclui Barrios.
Acompanhe o nosso WhatsApp
Quer receber as últimas dicas e matérias incríveis de Boa Forma direto no seu celular? É só se inscrever aqui, no nosso canal no WhatsApp.