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Metabolismo x perda de peso: entenda a relação

Especialista dá dicas para quem quer emagrecer

Por Juliany Rodrigues
Atualizado em 20 dez 2022, 13h31 - Publicado em 20 dez 2022, 13h20

As dietas e os tratamentos para emagrecer não funcionam da mesma forma para todas as pessoas em razão de diversos aspectos, entre eles o metabolismo.

O metabolismo é um conjunto de reações do nosso corpo que permite captar e transformar a energia dos alimentos para as funções do organismo e manutenção da vida, de acordo com o endocrinologista e metabologista Igor Barcelos, especializado pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.

“Alguns fatores contribuem para a diminuição da taxa metabólica basal, como o envelhecimento, deficiências nutricionais, sedentarismo, privação do sono, baixa ingestão de água, pouca massa muscular e outros”, destaca.

Tipos de metabolismo

Considerando que existem três tipos de metabolismo (ectomorfo, mesomorfo e endomorfo), para que uma pessoa tenha resultados efetivos na perda de peso ou no ganho de massa muscular, é fundamental que ela saiba em qual das categorias seu corpo se enquadra.

O endocrinologista conta que, a partir de exames como a calorimetria, é possível medir o metabolismo de alguém. “No entanto, algumas fórmulas que avaliam a quantidade de massa muscular podem auxiliar nesse processo”, ressalva.

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  • Ectomorfo: se caracteriza pelo metabolismo acelerado. As pessoas que contam com ele têm facilidade em queimar calorias. No geral, possuem corpo magro, ombros pequenos e dificuldade para ganhar peso.
  • Mesoformo: conhecido como o “meio termo” do metabolismo, o mesomorfo dificulta tanto o ganho quanto a perda de peso. São pessoas que têm um porte atlético, ombros largos e boa resposta aos exercícios físicos.
  • Endomorfo: é o tipo de corpo metabólico com maior tendência ao acúmulo de gordura. Geralmente, contam com braços e pernas mais grossos, corpo redondo e problemas para emagrecer.

Relação entre o metabolismo lento e o emagrecimento

Um metabolismo lento pode dificultar a perda de peso. Além disso, quando o corpo está um pouco mais devagar, pode surgir o acúmulo de gorduras em novas áreas, os cabelos e as unhas se tornam mais secos e quebradiços e, mesmo com a alimentação reduzida, você segue engordando.

Segundo o endocrinologista, a forma como esses elementos se relacionam com o emagrecimento é determinada pelo balanço energético. Isso quer dizer que o organismo é diretamente influenciado pelo total de calorias consumidas ao longo do dia e pelos gastos calóricos.

“Nos casos em que a pessoa consome mais calorias que o necessário e não realiza atividades indicadas para queimá-las, a energia que sobra é armazenada pelo corpo. E, quando consumimos menos calorias e praticamos mais atividades físicas, o gasto de energia é maior e emagrecemos”, explica.

Para os pacientes com problemas para emagrecer, a indicação é procurar uma avaliação médica para analisar se há a presença de deficiências hormonais como da tireoide, testosterona e hormônios sexuais, realizando uma reposição caso necessário.

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A prática de atividade física, o aumento da massa muscular e a ingestão de água também são importantes para obter bons resultados.

Outra recomendação é consumir mais fibras, proteínas magras e gorduras monossaturadas, uma vez que o organismo gasta mais energia para consumi-las.

“Dormir entre sete e oito horas por noite, consumir alimentos com cafeína e catequinas como chá verde, café, pimentas e canela também ajudam”, acrescenta o Dr. Igor.

Mesmo que você tenha o metabolismo lento, não pense em desistir. Com acompanhamento médico, você pode melhorar a qualidade da sua alimentação, fazendo com que o gasto calórico seja maior do que o consumo.

“No entanto, não existe qualquer alimento proibido. Há apenas aqueles que se deve comer em menor quantidade possível, como industrializados, frituras, doces e outros”, finaliza o médico.

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