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Mulheres têm níveis de bem-estar inferiores aos homens, aponta pesquisa

Estudo revela que diferença na média de bem-estar entre gêneros é de 0,7 ponto. Confira tudo sobre a pesquisa!

Por Ana Paula Ferreira
18 mar 2024, 10h00

Uma pesquisa inédita feita pela Talent Academy investigou os níveis de bem-estar por gênero e concluiu, após avaliar uma amostra de 32.569 mil pessoas, que as mulheres apresentaram uma média de 0,7 ponto inferior à dos homens.

De acordo com a pesquisa, a média geral de bem-estar das mulheres foi de 8,2, enquanto a dos homens ficou em 8,9. E qual seria o motivo dessa diferença?

 

 

Bem-estar: mulheres x homens

De acordo com o estudo, homens e mulheres podem estar vivenciando diferentes níveis de satisfação e desafios em suas vidas pessoais e profissionais influenciados por uma variedade de fatores sociais, econômicos, históricos e culturais.

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“A significativa menor média no bem-estar feminino pode refletir desafios adicionais enfrentados pelas mulheres, como equilibrar responsabilidades de trabalho e família, lidar com questões de igualdade de gênero e outras pressões sociais”, destaca Renata Betti, CMO e co-fundadora da Talent Academy.

“A diferença nas médias de bem-estar também pode estar ligada a fatores culturais e sociais que influenciam a maneira como homens e mulheres são criados e as expectativas que a sociedade tem para cada gênero”, complementa.

Mulheres atrás em todos os fatores avaliados

A pesquisa analisou quatro dimensões do bem-estar: saúde mental e emocional, equilíbrio entre vida pessoal e profissional, saúde financeira e saúde física. Em todas essas dimensões, as mulheres apresentaram médias inferiores às dos homens.

Na dimensão de saúde mental e emocional, por exemplo, a média das mulheres foi de 8,2, enquanto a dos homens foi de 9,0. Já no quesito equilíbrio entre vida pessoal e profissional, as mulheres obtiveram uma média de 8,1, enquanto os homens alcançaram 8,8.

Em relação à saúde financeira, a média das mulheres foi de 8,3, enquanto a dos homens foi de 8,8. Por fim, na dimensão de saúde física, as mulheres tiveram uma média de 8,3, enquanto os homens obtiveram 9,1.

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“Os dados revelam a importância de se discutir e buscar soluções para as questões que afetam o bem-estar das mulheres. Para as organizações e a sociedade como um todo, esses resultados podem sublinhar a urgência na criação de políticas e práticas mais inclusivas e de apoio que abordem as necessidades específicas de bem-estar de diferentes gêneros”, ressalta Renata Betti.

Neste contexto de gênero, é fundamental compreender que o trabalho doméstico, o cuidado de pessoas idosas e/ou enfermas, além da maternidade, são componentes essenciais de carga mental. Ana Tomazelli, Diretora-Presidente do Instituto de Pesquisa & Estudos do Feminino (o Ipefem) e parceira da Talent Academy, afirma que as mães que precisam ou desejam trabalhar e contribuir para o sustento da família não deveriam enfrentar penalidades ou restrições devido à sua condição parental.

“É imprescindível que as empresas e instituições adotem políticas inclusivas que reconheçam e valorizem a maternidade, garantindo igualdade de oportunidades e tratamento justo para todas as mulheres, independentemente do estado civil ou da parentalidade”, declara Ana.

Vale mencionar, ainda, que o levantamento da Talent Academy também revelou contrastes notáveis no bem-estar entre diferentes gerações: destaca-se a diferença de 0.825 no bem-estar avaliado por baby boomers (geração com média mais alta) e gen Z (geração com média mais baixa).

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