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Por que as mulheres vivem mais que os homens? Médica explica

Hábitos, estilo de vida e saúde mental são fatores que levam à diferença da expectativa de vida entre os sexos. Saiba mais!

Por Ana Paula Ferreira
16 abr 2024, 10h00

Você já se deparou com algum vídeo de humor nas redes sociais em que um homem aparece em uma situação de perigo, com a afirmação “porque as mulheres vivem mais que os homens”? Pois saiba que, apesar da brincadeira bastante comum na web, esse é, na verdade, um fato comprovado pelo IBGE.

De acordo com o último levantamento do instituto, divulgado no final de 2023, existe uma grande diferença entre a expectativa de vida de homens e mulheres, sendo 72 anos para eles e 79 para elas.

Por que as mulheres vivem mais que os homens?

Segundo Elodia Avila, cirurgiã plástica especialista em rejuvenescimento e idealizadora e apresentadora do podcast “O Segredo da Longevidade”, um dos principais fatores para a diferença da longevidade entre homens e mulheres é o fato de que as mulheres buscam ajuda médica com mais frequência.

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“Essa diferença está ligada a diversos fatores, mas em especial à tendência das mulheres de buscar ajuda médica com mais frequência. Mulheres são mais propensas a realizar consultas médicas preventivas e a seguir tratamentos prescritos, o que contribui para a detecção precoce de doenças e melhor gerenciamento de condições de saúde, já os homens, por tabu, cultura ou machismo, têm maior resistência a procurar ajuda médica”, ela explica.

Além disso, fatores que podem explicar essa diferença estão reunidos no estilo de vida das mulheres que, em sua maioria, têm maiores chances de ter hábitos saudáveis. “As mulheres geralmente adotam comportamentos mais saudáveis, como dietas balanceadas, exercícios regulares e visitas médicas preventivas”, afirma a profissional.

E complementa: “Essas escolhas saudáveis contribuem para a redução do risco de desenvolver doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e obesidade, que podem afetar negativamente a expectativa de vida”.

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Outro ponto importante, segundo Elodia, é a propensão dos homens a se envolverem em comportamentos de risco ou cultivar hábitos danosos tidos como “mais masculinos”, como fumar, consumir álcool em excesso e se envolverem em atividades perigosas, como dirigir em alta velocidade.

Saúde mental também influencia

Por fim, Elodia afirma que a saúde mental também é muito relevante para entender a expectativa de vida diferente entre homens e mulheres. O motivo? Elas se cuidam mais e buscam mais ajuda também nesse quesito.

“As mulheres geralmente possuem uma rede de apoio mais ampla e se sentem mais à vontade para buscar ajuda em relação à saúde mental, um dos principais problemas de saúde atuais. Ao contrário, os homens frequentemente enfrentam resistência cultural em expressar suas emoções e buscar tratamento, sendo encorajados a reprimir sinais de fraqueza”, finaliza a profissional.

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