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Tontura e zumbido no ouvido: descubra o que pode ser

Segundo especialista, esses dois sintomas podem indicar condições mais sérias e devem ser investigados. Saiba mais!

Por Juliany Rodrigues
10 abr 2024, 14h00

Ao sentirem tontura e zumbido no ouvido, em um primeiro momento, é comum as pessoas acreditarem que sofrem com labirintite ou que estão enfrentando algum descontrole emocional. No entanto, a verdade é que esses dois sintomas podem indicar uma série de problemas de saúde e devem ser investigados, especialmente quanto se tornam recorrentes e constantes.

Uma das especialidades médicas mais indicadas para você procurar se estiver com tontura e zumbido no ouvido é a otoneurologia, que é desconhecida por muitos.

“Ela tem como foco as estruturas do labirinto e suas conexões com o sistema nervoso central, atuando na prevenção, no diagnóstico e no tratamento de disfunções e condições associadas à tontura, ao desequilíbrio, à vertigem, ao zumbido e à perda auditiva“, explica a Dra. Nathália Prudencio, otorrinolaringologista especialista em tontura e zumbido.

De acordo com Prudencio, a otoneurologia trata da “conversa” entre as estruturas que estão dentro da orelha interna e as estruturas que fazem parte do nosso cérebro.

“Entre várias outras causas, sintomas como zumbido e tontura são frequentemente desencadeados por alterações nessas estruturas ou na condução dos estímulos nervosos entre elas e o cérebro, sendo também possível a influência de aspectos neurológicos no quadro”, diz.

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“Sabemos hoje, por exemplo, que pacientes com zumbido no ouvido apresentam uma maior atividade em determinadas regiões do cérebro que estão relacionadas à audição”, completa ela.

O que pode ser tontura e zumbido no ouvido?

A Dra. Nathália lista os principais problemas que podem provocar as duas situações:

  • Vertigem Posicional Paroxística Benigna (Tontura dos Cristais);
  • Tontura Postural Perceptual Persistente (Vertigem Fóbica);
  • Enxaqueca Vestibular;
  • Labirintite;
  • Doença de Ménière;
  • Neurite Vestibular;
  • Cinetose;
  • Perda auditiva;
  • Alterações musculares e cardiovasculares;
  • Bruxismo;
  • Disfunção Temporomandibular (DTM);
  • Infecções;
  • Problemas na coluna.

“Quanto antes um especialista for procurado, mais rápido teremos um diagnóstico preciso e uma estratégia de tratamento eficaz para evitar a progressão do sintoma”, alerta.

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Como é feito o diagnóstico?

Além de envolver a história do paciente e o exame físico, o diagnóstico também pode depender de exames complementares para avaliar os sistemas auditivo, vestibular e nervoso central.

“No caso da tontura, em que grande parte das doenças causadoras deste sintoma são de diagnóstico clínico, os exames complementares podem ser utilizados para nos dar pistas sobre a causa da doença e devem ser sempre avaliados junto ao contexto clínico do paciente. Por isso, a avaliação clínica do paciente em consultório, ou seja, o seu histórico de saúde e a história que ele conta na consulta, é fundamental para o diagnóstico”, conta a especialista.

A médica afirma que os dados apontam uma prevalência de 15 a 20% do zumbido na população, e a tontura pode chegar até 40% dependendo da faixa etária avaliada.

“O otoneurologista pode ser consultado imediatamente pelo paciente com queixas de sintomas como tontura (desequilíbrio, desorientação espacial ou tontura ao levantar, por exemplo); vertigem (sensação de ver tudo girar ou balançar); quedas recorrentes (associadas à tontura e à vertigem); zumbido no ouvido (ouvir um som sem nenhuma fonte de estímulo externa); alterações auditivas (como perda de audição ou sensação de ouvido tapado); desconfortos no ouvido (como coceira, dor, secreção ou inchaço)”, conclui ela.

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