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O que é a vacina bivalente contra a Covid-19?

Brasil iniciou a aplicação do novo imunizante contra a doença nesta segunda-feira (27)

Por Juliany Rodrigues
27 fev 2023, 17h53

Nesta segunda-feira, 27 de fevereiro, o Brasil começa uma nova fase na campanha de vacinação contra a Covid-19. Agora, as pessoas receberão o reforço do imunizante bivalente da Pfizer, que consiste em uma versão atualizada das vacinas já existentes e garante uma proteção reforçada contra as novas variantes da Ômicron.

De acordo com o Ministério da Saúde, neste primeiro momento, apenas os grupos classificados como prioritários podem receber o imunizante. São eles: idosos acima de 70 anos, moradores de instituições de longa permanência (ILPI’s) a partir de 12 anos, pessoas com a imunidade comprometida, comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas.

O ministério também divulgou que, a partir de março, o calendário de vacinação será ampliado para outros grupos. Vale mencionar que são necessárias pelo menos duas doses da vacina original para tomar a bivalente. Além disso, para recebê-la, é preciso ter um intervalo mínimo de quatro meses após a última.

Veja o cronograma:

(27/02): Pessoas acima de 70 anos; pacientes imunocomprometidos a partir de 12 anos; pessoas vivendo em instituições de longa permanência (ILP) e comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas;

(06/03): Pessoas de 60 a 69 anos;

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(20/03): Gestantes e puérperas;

(17/04): Trabalhadores da saúde; pessoas com deficiência permanente a partir de 12 anos; população privada de liberdades, funcionários do sistema de privação de liberdade, adolescente cumprindo medidas socioeducativas.

O que é a vacina bivalente?

Segundo Alexandre Piva, infectologista e professor do curso de Medicina da Universidade Cidade de S. Paulo – UNICID, as vacinas bivalentes são aquelas capazes de imunizar contra mais de uma versão do vírus de uma só vez. “

Nosso sistema imunológico cria anticorpos (proteção) contra as cepas originais e as variantes atuais do vírus da Covid-19″, detalha.

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Enquanto as vacinas de primeira geração protegem contra as cepas iniciais do vírus que causa a doença, essas doses atualizadas incluem também as mutações da Ômicron, especificamente as subvariantes BA.4 e BA.5.

O médico explica que isso significa que, com uma única aplicação, é possível obter um estímulo para que o nosso organismo desenvolva anticorpos contra a proteína que auxilia a penetração do vírus nas células humanas de ambas versões.

Portanto, a vacina bivalente tem o objetivo de aumentar a eficácia da imunização. “Tanto que na época que surgiu a variante Ômicron, vimos crescer o número de casos mesmo entre os vacinados, pela falta de cobertura da vacina anterior”, pontua o especialista.

As vacinas são essenciais para reduzir significativamente o risco de contrair a doença e de ter manifestações mais graves que podem exigir a internação e até mesmo levar ao óbito.

 

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