Você sabia? Dormir mal dificulta em até 60% o controle da glicose de quem tem diabetes
Estudos apontam que distúrbios noturnos alteram o metabolismo e favorecem complicações da doença
Você sabia que dormir mal pode ter impacto direto no controle do diabetes tipo 2? Pesquisas mostram que até 6 em cada 10 pessoas com a condição sofrem de apneia do sono, distúrbio respiratório que fragmenta o descanso e interfere na ação da insulina.
A apneia obstrutiva do sono ocorre quando as vias aéreas se fecham parcial ou totalmente durante a noite, interrompendo a passagem do ar. As pausas podem se repetir várias vezes por hora, prejudicando a oxigenação do corpo. Os principais sinais são ronco alto, despertares frequentes, sonolência durante o dia e dificuldade de concentração.
“É uma combinação perigosa. A apneia fragmenta o sono, aumenta a resistência à insulina e favorece inflamações crônicas, que agravam complicações do diabetes”, explica o Dr. Geraldo Lorenzi Filho, pneumologista e diretor médico da Biologix.
Durante o sono, o corpo regula a liberação de hormônios essenciais, como insulina e cortisol. Quando o descanso é interrompido, esse equilíbrio se perde. O resultado é um aumento da glicemia e do risco de inflamações sistêmicas — fatores que podem acelerar o surgimento de complicações como doenças cardiovasculares, neuropatias e retinopatias.
Tratar o sono também é tratar o diabetes
O diagnóstico da apneia é tradicionalmente realizado por polissonografia em clínicas especializadas. Mas já existem alternativas mais acessíveis, feitas em casa com um sensor portátil.
“Já são 20 mil diagnósticos mensais feitos no Brasil com o Exame do Sono da Biologix”, afirma o médico. O equipamento monitora respiração, oxigenação e intensidade do ronco — que muitas vezes é o primeiro sinal percebido por quem dorme ao lado do paciente.
Medidas simples, como dormir de lado e perder peso, já podem reduzir os sintomas. Em casos específicos, o tratamento pode incluir o uso de placas mandibulares ou do CPAP, aparelho que mantém as vias respiratórias abertas durante o sono.
Um estudo publicado no American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine mostrou que o uso regular do CPAP por ao menos oito horas por noite reduz o risco de progressão para diabetes em pessoas com pré-diabetes. “Tratar distúrbios do sono é parte fundamental da estratégia para viver bem com diabetes”, reforça o Dr. Lorenzi Filho.
Importância da atividade física para quem tem diabetes
Aurélio Alfieri, profissional de educação física, ressalta que a atividade física desempenha um papel fundamental na prevenção e no controle da diabetes.
“Tanto para evitar a doença quanto para o controle dela, um pouco de atividade física diária é fundamental e pode salvar vidas. O que se entende por isso é qualquer atividade que faça a pessoa se sentir levemente ofegante”, afirma ele.
De acordo com ele, a pessoa não precisa necessariamente frequentar uma academia e fazer ciclos pesados de exercícios para colher os benefícios.
O mais importante é manter a constância e encontrar modalidades que você goste e que sejam sustentáveis no seu dia a dia.
“Tarefas simples do dia a dia, como subir as escadas do prédio, caminhar dentro do local de trabalho ou enquanto realiza uma limpeza em casa, também fazem a diferença”, destaca.
Alfieri alerta que pacientes diagnosticados com a diabetes devem redobrar a atenção com atividades de alto impacto, como as corridas. O ideal é sempre contar com acompanhamento e orientação profissional.
Além disso, é necessário tomar bastante cuidado com os pés, pois, caso a pessoa apresente rachaduras, calos ou outras feridas, o esforço físico pode gerar consequências graves em razão da dificuldade de cicatrização dos diabéticos.
“Para quem sofre com a diabetes, os exercícios de baixa a média intensidade, como caminhada, pedalada ou natação, são ótimas opções”, conta.
“O que pode levar uma pessoa a ficar ofegante pode ser insuficiente para outra e vice-versa, levando-se em consideração características como peso, faixa etária e condicionamento físico de cada um”, fala.
Lembre-se: para adultos, a recomendação da Organização Mundial da Saúde é fazer de 150 a 300 minutos de atividade física de moderada intensidade por semana.
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