Empoderamento e representatividade
Erika conseguiu de uma forma leve e natural fazer com que muitas pessoas se identificassem com ela e se sentissem inseridas na sociedade como mulheres bonitas e empoderadas, mesmo sem pertencerem ao modelo padrão.
Além de viver o prazer por seu próprio processo de aceitação, a artista ainda acaba dividindo a alegria com fãs que foram influenciadas por ela e fazem questão de compartilhar suas histórias e conquistas e ainda agradecer por ter a atriz como exemplo.
BF: Tem alguma mulher em que você se inspirou ao longo da vida?
EJ: Me inspirei em minha mãe e minha avó, que sempre foram mulheres muito trabalhadoras, que sempre foram atrás. Elas que me ensinaram a ser guerreira e não passar por cima de ninguém. Quando algo não dava certo, minha mãe sempre me dizia: “Calma, fia. Deus sabe de todas as coisas. No tempo dEle vai dar certo”. E hoje carrego isso diariamente comigo.
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BF: Como é poder representar e ser inspiração para mulheres que, antigamente, não tinham modelos empoderados como hoje em dia?
EJ: É muito surpreendente, porque nunca imaginei! E ao mesmo tempo é muito gratificante poder ser eu mesma e, ainda sim, sem máscaras, conseguir ter empatia de outras mulheres, meninos, crianças…
“Sei da responsabilidade, mas me sinto feliz e tranquila por poder passar alguma mensagem sendo quem sou”
Sei da responsabilidade, mas me sinto feliz e tranquila por poder passar alguma mensagem sendo quem sou. Ao mesmo tempo, também tenho muito a aprender ainda, e aprendo com tantos exemplos que temos por aí. A inspiração vem de todos os lugares.
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BF: Houve alguma situação em que uma mulher te contou que você foi uma inspiração para ela?
EJ: Muitas! Hoje as redes sociais nos permitem esse canal mais próximo de comunicação, então sempre leio [as mensagens]. A cada personagem, recebo e vivo experiências diferentes do público, dos seguidores. Fico muito feliz!
O corte de cabelo, por exemplo, foi algo transformador pra mim mesma, mas rapidamente percebi que foi pra muitas mulheres que se inspiraram e cortaram os cabelos também. Foram tantas mensagens, e imagens de antes e depois que recebi, que acabei fazendo contato com 100 pessoas (foi o que consegui) para tentar fazer um encontro. Recebi de algumas de outros países e várias de muitos estados do Brasil afora.
Me concentrei nas do Rio de Janeiro e promovi este encontro. Gravei um “Me Conta Aí”, que é uma série de entrevistas que eu estava fazendo para o Dia da Mulher. Foi muito emocionante ver todas elas de cabelos curtinho como o meu, trocando experiências emocionantes, abrindo o coração. Foi lindo! Quem não viu, vale a pena assistir. Está lá no meu Instagram.