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Blogueira faz post sobre transtorno alimentar em corpos normais

A americana publicou um antes e depois para mostrar que nem sempre o distúrbio com a comida se esconde em shapes magérrimos.

Por Julia Carneiro
Atualizado em 17 fev 2020, 15h04 - Publicado em 3 out 2017, 18h08
 (Reprodução Instagram/@carissasweatstagram)
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Quando você se depara com alguma notícia sobre distúrbio alimentar, qual a primeira imagem que vem à mente? Se pensou em uma menina com figura magérrima e feição abatida, saiba que não é a única a fazer essa associação.

Sabendo deste pensamento equivocado, Carissa Seligman publicou um “antes e depois” em sua página do Instagram para desmistificar esse tabu.

No post, a americana aparece em duas fotos tiradas, respectivamente, em 2005 e 2016. Na recente, ela aparece bem mais magra, mas engana-se quem conclui que esta corresponde a um período menos saudável.

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Carissa inicia seu relato dizendo: “A garota com distúrbio alimentar não necessariamente aparenta ‘assustadoramente seca’. Na verdade, ela pode nem ser a mais magra do local. O que você vê por fora, nem sempre transparece o que está acontecendo do lado de dentro.”

Ela segue contando que, ao se deparar com a primeira imagem, ela logo pensou que correspondesse ao período logo após sofrer transtorno com a comida – Carissa passou quatro meses se alimentando de café e bolachas água e sal. Porém, logo caiu a ficha que não, o corpo de 2005 ainda sofria uma relação doentia com a alimentação.

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“Eu comecei a comer e não conseguia parar. Eu me sentia péssima. Nenhum dos problemas que me levou a escolher passar fome haviam sido resolvidos, descobertos ou discutidos e eu usava a comida para preencher um buraco. Eu não só estava infeliz sem perceber, como comecei a ganhar peso, o que era, naquela época, o meu pior pesadelo.”

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E o processo até Carissa entender o que, de fato, estava rolando com seu corpo foi longo. Ao total, 11 anos.

“Até 2016, eu estava tentando voltar ao peso daqueles quatro meses. Foram 11 anos vivendo um relacionamento turbulento com comida, corpo e mente.”

Até que, no ano passado, a situação começou a mudar para a americana. Ela percebeu o seu valor no trabalho e isso deu o pontapé inicial para a melhora da autoestima. Ela também conta que parou de beber – pois usava o álcool como escape – e tornou a comida uma aliada na sua vida de exercícios e bem-estar.

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O motivo do post foi para ajudar pessoas a não demorarem 11 anos para perceber seus pontos ruins e começarem a se amar, como aconteceu com ela. E finaliza dizendo: “Amor-próprio dá trabalho. Gostaria de dizer o contrário, mas não posso. Não existe um conserto rápido ou uma solução simples. O seu interior tem que estar bom antes do exterior ser algo que você possa amar.”

Confira o relato completo abaixo:

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The girl with the eating disorder isn't always the one who looks "scary skinny." In fact, she may not even be the thinnest in the room. But what you see on the outside doesn't always translate to what is going on inside. . . The minute I saw the photo on the left I said "oh, that was me after my eating disorder." Well that's not true. That's not even kind of true. Yes, this picture was taken AFTER I started eating again… probably the year after… but I was very much IN my eating disorder. I had gone through a 4ish month period of starving myself and surviving solely on caffeine and crackers. Then, I started eating again and could. not. stop. I felt awful. None of the things that spurred my starvation period had been solved, discovered, or discussed and I began to use food to fill a hole. So not only was I unhappy without really knowing it, BUT I was gaining weight which at the time was my worst nightmare. And I was doing anything I could to lose it again. . . I wish I could tell you that I solved it; that I found a solution and started to look and feel great VERY quickly… but that's just not true. The photo on the left was taken in 2005. Up until 2016, I was trying to get back to the weight I was during my 4 month starvation period. 11 YEARS! 11 years of having a terrible relationship with food, my body, and my mind. But it isn't like that now! I FINALLY started to develop a healthy relationship with food, which is why i wrote this. Because I really hope it doesn't take you 11 years to start to feel better. . . In 2016, a few things happened. I got serious about my career and realized that I was good at what I did. Having that, contributed to my self worth and self esteem. I stopped drinking and using alcohol as a bandaid. I was finally free to find things that brought me joy. I got back to moving, getting stronger, & feeling better. Food became an ally in my life. And now, here I am feeling and looking better than I ever have. AND I'M SO VERY GRATEFUL. . . Self love is WORK. I wish I could tell you otherwise, but I can't. There's no quick fix or simple solution. The inside has to be good before the outside will be anything you can love.

A post shared by Carissa S (@i.have.shorthair) on

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