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Exercícios para grávidas: benefícios e sugestão de treino

Gestantes que se exercitam podem ter benefícios como redução da fadiga e diminuição do risco de depressão. Confira uma sugestão de treino!

Por Ana Paula Ferreira
25 fev 2024, 10h00

As mulheres grávidas que não têm impedimento médico podem – e devem! – continuar fazendo exercícios durante a gestação, de acordo com uma série de profissionais da saúde e pesquisadores que afirmam que uma gravidez ativa promove benefícios diversos, como melhora da capacidade funcional, redução da fadiga, diminuição do risco de depressão e auxílio ao controle dos distúrbios metabólicos e cardiovasculares.

Tal entendimento levou, por exemplo, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) a divulgar um posicionamento para ratificar os benefícios comprovados da atividade física na promoção da saúde materno-fetal, bem como afastar o preconceito que ainda leva esse grupo a se tornar mais sedentário pelo receio de complicações.

 

“Na ausência de comorbidades, as gestantes devem iniciar os exercícios assim que se sentirem dispostas, considerando-se que a fadiga e os sintomas indesejados do início da gravidez podem atrapalhar. Os exercícios físicos orientados são vistos como seguros para a mãe e para o feto, sem o relato de aumento na frequência de anomalias congênitas, de parto prematuro e de baixo peso ao nascer”, recomenda o posicionamento divulgado em publicações como a National Library of Medicine dos Estados Unidos.

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O esforço de pesquisadores e profissionais da saúde para transmitir essa mensagem tem resultado em um número crescente de gestantes em academias pelo Brasil, o que exige uma preparação especial dos treinadores para receber este público e orientá-lo de maneira adequada.

Treino para cada etapas da gestação

De acordo com o treinador da Smart Fit Bruno Silva, uma das principais questões no radar dos profissionais da área deve ser a necessidade de adaptar o treinamento aos diferentes momentos da gravidez.

Segundo ele, particularidades como diferentes condições hormonais e de mobilidade fazem com que o programa de uma mulher gestante deva ser pensado e estruturado em períodos, contendo cinco momentos diferentes: pré-gestação, 1º trimestre, 2º trimestre, 3º trimestre e pós-gestação.

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Neste sentido, sempre reforçando a necessidade de uma avaliação e liberação médica prévia, Silva descreve os pontos a serem enfatizados em cada uma das fases:

  • Pré-gestação: trabalho de repertório motor, trabalhar o corpo todo com uma gama grande de exercícios. Trabalhos para abdominais, exercícios isométricos e de respiração são muito bem-vindos, assim como aqueles que elevam a frequência cardíaca como caminhada e bicicleta.
  • 1° Trimestre: trabalho de estabilidade, força e equilíbrio são muito importantes nessa fase.
  • 2° Trimestre: trabalho de hipertrofia muscular e exercícios unilaterais devem ser utilizados como estratégia para potencializar a coordenação motora e força individuais dos membros.
  • 3° Trimestre: trabalho intensificado da musculatura abdominal e assoalho pélvico, criando força e estrutura na região já pensando no momento próximo do parto, já que este exige bastante dessas regiões.
  • Pós-gestação: reabilitação pós-parto.

“Com essa periodização bem feita, e claro, a liberação médica, uma mulher sem complicações e sem uma gravidez de risco pode trabalhar musculação até a fase final da sua gestação, no 8º e até no 9º mês”, concluiu o treinador.

Exercícios para grávidas

Ficou curiosa para saber como poderia ser um treino para grávidas? No link abaixo, Silva dá a dica de alguns movimentos. Confira!

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