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“A corrida me ajudou a descobrir um nódulo na mama”, diz leitora

A falta de disposição durante os treinos acendeu a luz de alerta da escritora Cristiana Castrucci

Por Marina Oliveira (colaboradora)
Atualizado em 21 out 2024, 17h31 - Publicado em 31 out 2017, 15h18
Cristiana Castrucci Especial Outubro Rosa
 (Eduardo Svezia/BOA FORMA)
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O último depoimento do nosso Especial Outubro Rosa é da escritora Cristiana Castrucci, 53 anos, São Paulo (SP), que passou por dois episódios de câncer de mama, mas encontrou em suas metas fitness a motivação para encarar as dificuldades do tratamento.

“Lembro de ter corrido segurando o seio, mas me sentindo bem. Era uma libertação voltar a fazer o que mais gostava após um mês da cirurgia que retirou parte da minha mama. No esporte, sempre tive controle sobre meu corpo. Eu coloco o cronômetro e digo que vou correr 32 minutos – e corro. Atingir o resultado só depende de mim.

Com o câncer de mama é diferente. Por isso, fiquei assustada quando recebi o primeiro diagnóstico, aos 47 anos. Graças à atividade física frequente, sempre fui bem atenta aos sinais que meu organismo dá. Nessa época, acordava bem cedo cinco dias na semana para acelerar por aí. Estranhei logo que minha disposição diminuiu durante os treinos e resolvi procurar um médico, que notou um nódulo pequeno no meu seio. A cirurgia para retirar um quadrante da mama foi marcada rapidamente.

Leia mais: “Não era o câncer que me desanimava, mas o sedentarismo”

Em 25 dias, eu já estava de volta à corrida diária de forma mais leve (diminuí para 30 minutos). Para completar o combo de aeróbico, fazia bicicleta ergométrica, assim não precisava utilizar os braços para me movimentar. Tudo evoluía bem até que, três anos mais tarde, voltei a me sentir mal.

Era o câncer de novo. Desta vez, precisei retirar as duas mamas completamente. Sofri pra caramba porque sentia dor de um pedaço de mim que já não existia! Foi um longo processo de recuperação que impediu que eu me exercitasse além da fisioterapia. Em um ano e meio praticamente parada, meu corpo mudou: ganhei peso, fiquei mais flácida e, sem produzir os hormônios do bem-estar, me sentia desanimada. Eu via as pessoas correndo e batia uma inveja. Para não pirar, precisei esconder minhas roupas de ginástica e meu tênis.

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“A corrida me ajudou a descobrir um nódulo na mama”, diz leitora
Camiseta e calça, acervo pessoal; tênis, New Balance (Eduardo Svezia/BOA FORMA)

Agora, finalmente, estou melhorando. Assim que recebi a liberação médica, retomei a caminhada, depois a bike… No último mês, consegui correr 4 km seguidos! O plano é chegar a 5K e começar a treinar para baixar o tempo. Estabelecer metas fitness não só me motiva como também me torna mais forte para encarar qualquer dificuldade que vier pela frente.”

Confira todos os depoimentos de nosso especial:

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