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Pimenta: vilã ou aliada? O que estudos dizem sobre sua influência na digestão

Capaz de dar um sabor ainda mais potente às receitas, a pimenta pode sim influenciar na digestão - mas não como você pensa. Confira aqui!

Por Ana Paula Ferreira
Atualizado em 7 nov 2024, 10h51 - Publicado em 7 nov 2024, 10h00
Estudos apontam se a pimenta pode prejudicar a digestão
Estudos apontam se a pimenta pode prejudicar a digestão (wayhomestudio/Freepik)
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É incrível como uma simples gotinha ou pitada de pimenta, cominho ou outro tempero pode transformar totalmente um prato, passando de sem graça a uma explosão de sabor maravilhoso. Muitas pessoas, contudo, ainda têm uma relação de amor e ódio com comida picante, pois ainda ficam em dúvida se a pimenta faz mal para a digestão.

Para nos ajudar a entender mais sobre como o tempero afeta nosso sistema digestivo e se é hora de nos abrirmos para essa opção ou desistir dela para sempre, reunimos algumas informações de estudos científicos. Confira!

Pimenta faz mal para a digestão?

Comer pimenta não faz mal para a digestão necessariamente, mas os especialistas afirmam que pode causar problemas e desencadear sintomas entre pessoas que têm questões digestivas, como refluxo ácido, síndrome do intestino irritável (SII) e doença inflamatória intestinal (DII). Simplificando: alimentos picantes geralmente não causam problemas digestivos, mas podem agravar os que já existem.

Vale ressaltar, porém, que nem sempre é o tempero o culpado, mas sim os outros alimentos consumidos na mesma refeição, como frituras ou outras opções bem gordurosas, por exemplo.

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Dito isso, é importante citar que muitos alimentos picantes são carregados de nutrientes e oferecem muitos benefícios nutricionais.

De acordo com um estudo de 2019, a pimenta malagueta, por exemplo, é uma ótima fonte de vitaminas E, A, B6 e K, além de ferro e fibras. Enquanto isso, especiarias apimentadas como pimenta, açafrão, pimenta caiena e pimenta preta possuem propriedades antiinflamatórias.

Além disso, segundo outra pesquisa, publicada em 2016, muitas pimentas também contêm um composto chamado capsaicina, que pode reduzir a inflamação e a dor, diminuir o risco de doenças cardíacas e ajudar a regular a pressão arterial e diminuir o LDL (colesterol ruim).

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Quem tem problemas digestivos deve evitar a pimenta?

Você pode ter problemas com comida picante se tiver um problema gastrointestinal como SII ou DII, segundo apontou um estudo de 2018, mas isso certamente não significa que alguém com esses quadros precise evitar todo tipo de comida picante para sempre. Nestes casos, o mais indicado é eliminar os alimentos da dieta e monitorar sua tolerância ao reintroduzi-los aos poucos.

Antes disso, contudo, é importante consultar um nutricionista, gastroenterologista ou outro profissional de saúde para obter orientação sobre problemas digestivos e dietas de eliminação.

Em caso de pessoas que não têm problema gastrointestinal conhecido, mas apresentam sintomas como inchaço, vômito, diarreia e outros desconfortos depois de comer alimentos picantes, é importante passar por avaliações para ter certeza de que algo mais sério não está acontecendo.

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Mito: pimenta não causa úlcera

Muitas pessoas acreditam que pimenta pode causar úlceras no revestimento do estômago ou no intestino delgado, mas isso é, na verdade, um dos mitos mais comuns que circulam sobre alimentos picantes. O que pode acontecer, na verdade, é essa comida prevenir úlceras pépticas ao inibir a produção de ácido no estômago.

Mas é importante notar que, segundo uma pesquisa https://gi.org/topics/peptic-ulcer-disease/  publicada em 2021, alimentos picantes podem piorar as úlceras pépticas ou causar mais sintomas em pessoas que já convivem com elas, assim como qualquer outro alimento poderia também. Nesse caso, a comida picante pode agravar a úlcera, mas não causar seu surgimento.

 

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