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Rafa Brites sobre ser mãe: “Nada para mim é como antes”

Em entrevista exclusiva à BOA FORMA, a apresentadora conta tudo sobre os nove meses em que esteve grávida de Rocco

Por Aline Salcedo (colaboradora)
Atualizado em 10 fev 2018, 07h59 - Publicado em 10 fev 2018, 07h59

Não vamos mentir pra você: Rafa Brites tem uma genética que ajuda. Mas, antes de pensar que foi fácil pra ela manter o peso sob controle durante a gravidez, saiba que a repórter do Vídeo Show engordou 25 quilos enquanto esperava Rocco.

Rafa ainda não chegou ao peso de antes (faltam 3 quilos), mas ela nem quer perder mais nada. Já atingiu sua meta: voltar a caber em suas roupas.

É verdade que você engravidou sem planejar?

Pois é! Mas sempre desejei ser mãe e acho que seria difícil decidir a hora certa. Engravidei em uma entressafra entre pílula, que usava desde os 16 anos, e DIU. Queria conhecer meu corpo sem nenhum “aditivo”. Fiz o cálculo da tabelinha, mas aí, numa noite, entre um vinho e outro…

Quando ficou sabendo, procurou alguma orientação especial para cuidar do corpo?

No início da gravidez, visitei uma nutricionista. Só que ela me passou uma dieta que eu só faria se fosse desfilar no Carnaval como madrinha de bateria! [risos] Era salada, sopa… Eu, hein? Desisti em uma semana. Fiz o acompanhamento com minha ginecologista mesmo. Tenho 1,73 metro e o ideal era engordar entre 12 e 14 quilos. Acabou que, no final, parei de me pesar. Mas eu estava bem, sabe? Com todos os exames ok.

Engordar 25 quilos foi significativamente mais do que o recomendado. Isso assustou você?

Não, eu me sentia muuuito linda! Outro dia, até fui dar uma olhada nas fotos da época, porque vai que eu estava toda estranha e me achando uma gata… Mas eu estava linda mesmo! Lembro de andar na praia, no Ano-Novo, ver as meninas saradas, e eu com aquele barrigão. Pensava: “Pela primeira vez, tenho o corpo mais bonito do verão. Nenhuma delas tem o que tenho aqui”.

Cada um possui um shape, que está relacionado a saúde e bem-estar, não a um padrão. O segredo de se achar sexy e linda grávida é saber que, nesse momento, você está mais próxima do divino. Trazer uma vida ao mundo deve ser o momento de maior autoestima de uma mulher.

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Você está vendo a foto aí da capa com essa barriga? E se eu te disser que, com 25 quilos a mais, nunca me senti menos bonita? Nosso corpo deve estar a nosso serviço, não o contrário. Para mim, boa forma é aquela em que a gente se respeita.

Você comia muito no dia a dia? Teve algum desejo?

No começo, senti bastante enjoo. Enquanto fazia o Superstar, entre um ensaio e outro, passava mal. Eu só pensava que não podia vomitar ao vivo. [risos] Depois, comi tudo o que sempre como. Mas com uma diferença que me fez ganhar peso: na minha rotina normal, se no fim de semana exagerei, durante a semana dou uma segurada. Na gravidez, eu começava a semana errada e seguia assim sem parar. De desejo, como era verão, eu comia muuuita melancia! [risos]

Você tinha uma rotina de exercícios nesse período?

Eu não estava fazendo nenhuma atividade física. Achei, então, que deveria começar a me cuidar. Conheci a Fitmommy, uma academia em São Paulo com um método específico para grávidas e para o pós-parto.

Só que tenho um probleminha de falta de disciplina e não cumpri o programa até o fim. Também me matriculei na natação. Nos nove meses, fiz quatro aulas. Mas senti que estava fazendo natação! [risos]

Qual foi sua vaidade durante a gravidez?

Fiz drenagem para aliviar o inchaço e massagem relaxante, porque sentia dor na costela e na omoplata. Eu nunca passo creme para o corpo, mas, nos nove meses, me besuntei de um chamado Velastisa para evitar as estrias – e não tive nenhuma na barriga. Deveria ter passado mais nos seios… Meu cabelo ficou lindo e minha boca como a da Angelina Jolie. [risos]

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E a libido?

A libido ficou maravilhosa! Até o oitavo mês, conseguimos manter uma frequência. No último, na boa… sem condições! [risos] Parabéns para quem consegue!

Seu parto foi como desejou?

Queria de todo jeito parto normal e me preparei para ele. Fiz fisioterapia e exercícios para fortalecer o assoalho pélvico – ninguém fala, mas muitas mulheres sofrem de incontinência urinária depois do parto. Só que, depois de 20 horas de trabalho de parto, precisamos decidir pela cesárea. Entendi que a gente não tem poder sobre tudo.

Enfrentou alguma dificuldade com o bebê ou o corpo?

Meu desafio foi amamentar. Tive candidíase mamária e mastite. Com três meses, os dentes de baixo do Rocco nasceram e começaram a cortar meu mamilo. Mas eu fui forte. Era algo com que sempre sonhei. De qualquer forma, não considero um ato de amor, como se quem não tem sucesso não amasse o suficiente. Se por algum motivo uma mãe não consegue amamentar, não pode ser sacrificada. Hoje em dia, existem umas mães militantes, cheias de razão, que chegam a ser cruéis com as outras!

Você foi criticada por amamentar em público.

O machismo fez com que esse ato lindo fosse reprimido. O seio pode ser uma zona erógena, mas é fonte de alimento da vida. Alguém aí se alimenta cobrindo o rosto?

Como ficou seu corpo logo após a gravidez?

Estranho! [risos] Sempre tive gominhos e, logo após o parto, sobrou só uma barriga mole. Mas não havia tempo para pensar nisso. Nos primeiros dias, eu nem me olhava no espelho. O corpo ficou para um segundo momento em meio ao turbilhão de mudanças. Aos poucos, ele foi voltando ao meu normal.

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Ganhei uma cicatriz hipertrófica e tive hérnia no umbigo – essa só operando, aí vou esperar ter um segundo filho. Meu seio também caiu depois de amamentar. Mas juro por Deus: nunca me senti tão segura. Ser mãe me deu força. Vejo meu filho e penso: sou capaz de algo divino! Quando tudo se estabilizou, então, sim, olhei pra mim e me perguntei: “E aí, Rafa, como vai você?” [risos]

Qual foi sua estratégia para que tudo voltasse ao lugar?

Não posso ser hipócrita: tenho uma genética ótima, e isso conta muito. Também tenho acesso a personal, ioga, massagens… Claro, existem alternativas – inclusive que
 a BOA FORMA traz todo mês – e todas podemos chegar ao nosso objetivo. O mais importante é parar de buscar o corpo do outro. Eu só queria entrar nas minhas roupas. Nem os sapatos cabiam. [risos] Com minha irmã, que é professora de ioga, fiz uma técnica maravilhosa chamada nauli [trabalha a musculatura interna profunda] que ajudou minha barriga a voltar rapidamente.

Nesse meio-tempo, comecei alguns tratamentos estéticos. E, quando Rocco completou 5 meses, passei a malhar com o personal trainer Chico Salgado duas vezes por semana. E não perco mais tempo: em vez de puxar papo para matar o treino, agora, como em tudo na minha vida, dou o máximo de mim. Para deixar de estar com meu filho, faço valer cada minuto. Mesmo assim, treino em casa e, volta e meia, Rocco entra como peso extra. [risos]

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E a dieta?

Não faço dieta, no sentido de privação – não corto glúten, lactose, e por aí vai. Como de tudo, mas reduzo as porções e evito carboidrato no jantar.

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Qual está sendo o maior desafio após a gravidez?

Meu maior desafio é entender a nova pessoa que me tornei. Nada para mim é como antes. Tudo me emociona. Tudo me preocupa. Não existe mais ficar com os pensamentos vagando. Se minha mente percebe uma brecha, vem a imagem do meu filho.

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