As dietas e os alimentos que são tendência em 2017

Jaca, supernutrientes, coach de emagrecimento... Descobrimos, nos últimos congressos de nutrição, quais alimentos, dietas e tratamentos vão ser destaque

Por Daniel Navas e Eliane Contreras
Atualizado em 21 out 2024, 17h46 - Publicado em 30 jan 2017, 13h31
Prato de salada, fruta e fita métrica
 (Martinina/Thinkstock/Getty Images)
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1. Carne de jaca

Ela aparece na lista para 2017 da WGSN – empresa líder em previsão de tendências no mundo. A justificativa são os nutrientes que a fruta concentra: potássio (mineral importante para o controle da pressão arterial) e vitamina A (protege a saúde dos olhos). “Uma xícara de jaca oferece a dose diária ideal desses itens”, diz a nutricionista esportiva Thaís Barca de Moraes, de São Paulo.

Ainda é fonte de carboidrato e fibras e, por isso, rende um ótimo lanche pré-treino, pois libera energia aos poucos, o que garante combustível do começo ao fim da aula. Mas é a versatilidade (pode ser usada em receitas salgadas e doces) que mais tem despertado a atenção, em especial entre veganos e vegetarianos – depois de cozida, a jaca ainda verde lembra a textura de frango desfiado. Quer provar?

2. Intestino saudável

Não estranhe se, na próxima consulta ao seu nutricionista, ele perguntar como está a consistência, o formato e a cor do seu cocô. O aspecto das fezes sinaliza como anda a saúde do intestino e orienta o profissional para as mudanças adequadas na dieta. “Acrescentar ao cardápio probióticos [bactérias benéficas] e prebióticos [substâncias como as fibras, que alimentam os micro-organismhttps://mdemulher.abril.com.br/dieta/15-dicas-de-nutricionista-para-voce-emagrecer/os do bem] é importante para o equilíbrio da microbiota [conjunto de bactérias que habitam o intestino]”, diz Rodrigo Polesso, especialista em nutrição otimizada para saúde e bem-estar pela Universidade Estadual de San Diego, nos Estados Unidos.

A estratégia não é inédita, mas a necessidade de você manter o intestino saudável, capaz de absorver os nutrientes e evitar que as toxinas ultrapassem suas paredes e caiam na corrente sanguínea, foi reforçada em todos os congressos de nutrição de 2016. Alterações na microbiota ainda dificultam a perda de peso e derrubam a imunidade. O humor também fica prejudicado, pois boa parte da serotonina, neurotransmissor relacionado à sensação de bem-estar, é produzida no intestino – um dos motivos de ele ser considerado o nosso segundo cérebro.

3. Caju amigo

As dietas e os alimentos que são tendência em 2017
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Ele é um forte candidato ao estrelato em 2017 por mais de um motivo. Por ter uma carga glicêmica baixa, modula os níveis de açúcar e de insulina no sangue, o que ajuda no controle do peso, segundo um estudo coordenado pelo nutricionista Luciano Bruno, de Piracicaba (SP), e publicado na revista científica canadense Food Research International. Luciano ainda afirma que os fitoquímicos benéficos da fruta auxiliam no controle da inflamação nas células, outra ação contra os quilinhos extras.

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Não é só isso: “As substâncias do caju, especialmente a vitamina C, contribuem para a prevenção de doenças cardiovasculares, na redução dos níveis do colesterol e dão suporte ao sistema imunológico – inclusive são capazes de proteger o organismo dos impactos do stress e da poluição”, afirma a nutricionista esportiva Thaís Barca de Moraes. Sugestão: beber todos os dias um copo de suco da fruta (se possível, sem açúcar), especialmente se você mora numa cidade como São Paulo.

Leia mais: O caçador de mitos do emagrecimento

4. Coach de emagrecimento

Se você está sem ânimo para enxugar as medidas, pense na possibilidade de recorrer a um coach de emagrecimento. O trabalho do profissional formado em coaching surgiu tímido e, aos poucos, vem ganhando espaço. Ele ajuda a encontrar o estímulo que falta para você seguir a dieta indicada por um nutricionista. Para isso, aplica metodologias e técnicas comprovadas pela ciência (criar um diário alimentar; fazer uma lista com seus pontos fortes e aqueles que gostaria de melhorar), segundo a coach Regiane Silva, de São Paulo. Mas o método vai além de resolver as questões relacionadas à alimentação e à dificuldade de perder peso.

Outro papel do coach é fazer com que você se sinta bonita e feliz, independentemente de quanto está insatisfeita com o corpo. E, com isso, resgatar sua autoestima. “Assim fica mais fácil identificar suas qualidades e, em especial, descobrir por que ainda não fez nada efetivamente para mudar aquilo de que não gosta e a incomoda”, diz a coach Vivian Barbosa, de São Paulo. São necessárias entre sete e dez sessões, quando geralmente você percebe que pode seguir sozinha.

5. Jejum intermitente

No início, a ideia provocou burburinho entre nutricionistas e médicos. Mas os estudos, um deles da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, mostraram que o jejum intermitente, geralmente entre 16 e 18 horas (contando com o período de sono), não só emagrece como melhora a saúde. Passar esse tempo sem comer faz com que você entre em autofagia – mecanismo natural do organismo para reparar e reciclar as células, muito associado à longevidade. “Ainda melhora o controle dos níveis de glicose no sangue e eleva a sensação de saciedade e de bem-estar, além de acelerar o metabolismo e aumentar a queima de gordura”, afirma Rodrigo Polesso.

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Mas atenção: não é para passar o dia todo sem comer – isso só vai fazer com que você fique fraca e propensa a engordar. A proposta do jejum intermitente é apenas para você mudar o intervalo entre as refeições: se jantar às 19 horas, empurre o café da manhã do dia seguinte para mais tarde ou adiante o almoço. E não vale comer qualquer coisa – seu cardápio deve ser saudável.

Veja também: 15 dias de nutricionista para você emagrecer

6. Foodmaps no radar

Parece o nome de um novo aplicativo de localização, mas não é. Fodmaps são um conjunto de carboidratos presentes em alimentos que costumam entrar no seu cardápio do dia a dia, como cebola, alho, maçã, manga, trigo, leite e derivados, mas que nem todo mundo tem facilidade de digerir corretamente. Aí, quando chegam ao intestino, eles provocam inflamação na mucosa. Os sintomas não são nada agradáveis. “Quem é sensível ou intolerante sofre com gases em excesso, cólica e diarreia toda vez que ingere esse tipo de alimento”, explica a nutricionista funcional e esportiva Laís Murta, de São Paulo. Mais para a frente, piora: aumenta a sensibilidade alimentar e a má absorção de nutrientes.

Daí a tendência de os especialistas sugerirem que você suspenda os fodmaps por um tempo: de 30 a 90 dias. Nesse período, entram na dieta apenas itens com baixo carboidrato desse tipo (pepino, banana, uva, leite de coco, farinha e aveia sem glúten), gorduras saudáveis e proteínas. Depois eles são reintroduzidos gradualmente para que você possa observar se ainda há alguma intolerância, mas geralmente boa parte dos alimentos volta a fazer parte da rotina alimentar.

7. Ômega-3 + vitamina D

As dietas e os alimentos que são tendência em 2017
(Getty Images/Getty Images)
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A dupla tem tudo para virar mania nas academias. São nutrientes com ação anti-inflamatória e imunomoduladora. Em outras palavras: ajudam o organismo a lidar melhor com as mudanças nos músculos que ocorrem durante a adaptação aos exercícios. As vantagens vão além da recuperação e de um maior ganho de massa muscular. “Tanto o ômega-3 quanto a vitamina D aumentam o rendimento físico e amenizam a dor pós-treino”, afirma a nutricionista Neiva Souza, da VP Centro de Nutrição Funcional, em São Paulo.

Mas não vá além das medidas recomendadas pelo Instituto de Medicina dos Estados Unidos: de 800 a 1000 UI para a vitamina D (1 gema de ovo tem 41 UI) e de 200 a 500 miligramas para o ômega-3 (2 colheres de sopa de semente de chia oferecem 30 gramas). Os nutrientes também são encontrados nestes alimentos: peixe, alga marinha, semente de linhaça, nozes e castanhas. Se preferir recorrer à suplementação (na forma de cápsulas e gotas), siga as orientações do seu médico ou nutricionista, especialmente no caso da vitamina D.

 

 

 

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