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Dia do Doador de Sangue: confira um guia sobre como fazer a boa ação

Especialmente agora, os bancos estão precisando da sua contribuição. Veja como ajudar

Por Amanda Panteri
25 nov 2020, 09h00

Desde que a pandemia começou, os bancos de sangue ao redor do país tiveram duras quedas em seus estoques — cidades como Guarulhos, em São Paulo, relataram 90% de baixa no número de doadores. Isso se deu devido às medidas de restrições sociais impostas pelos estados, somadas ao medo da população de sair de casa para ir aos centros, uma vez que muitos deles ficam em hospitais. Por isso, no Dia do Doador de Sangue (25/11), resolvemos fazer um guia sobre como doar sangue com segurança!

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A médica Ana Carrijo, do Banco de Sangue de São Paulo, conta que, por lá, eles têm trabalhado com uma média de estoques sanguíneos 35% abaixo do ideal. Mas já passaram por fases piores. “O início foi bem ruim, as pessoas não vinham doar porque estavam isoladas em casa. Tivemos que adotar uma força-tarefa para ir às mídias e redes sociais pedir contribuições e desmistificar alguns tabus a respeito do procedimento.”

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Por conta do novo coronavírus, muitas cirurgias e tratamentos médicos foram adiados, o que diminui a demanda por sangue. Agora, com a doença um pouco mais controlada, a tendência é que ela volte a aumentar — por isso a necessidade de mobilizar amigos, familiares e colegas para fazer a boa ação. “Precisamos de todos os tipos sanguíneos. Mas os mais raros geralmente são os que temos em menores quantidades (O e A negativos)”, diz a médica.

Como doar sangue: requisitos necessários

“O mais importante é que o candidato compareça de forma genuinamente voluntária, empenhado em realizar essa gentileza. Ele deverá estar descansado e bem alimentado, em posse de um documento original com foto, e em boa situação de saúde”, recomenda o hematologista André Larrubia, do Banco de Sangue da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

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Ele explica que antes da doação, é realizada uma entrevista para saber se houve sintomas como gripe ou febre nos últimos dias. Bem como sobre o uso de medicamentos, viagens, tatuagens e piercings. Confira os requisitos completos:

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Como doar sangue: procedimento

Como doar sangue
(simon2579/Getty Images)

O processo todo é rápido, e dura cerca de 40 minutos — desde o cadastro e entrevista até o lanchinho pós-doação (a coleta propriamente dita gira em torno de 15 minutos). O volume retirado pode variar de acordo com o peso e o gênero do doador, mas nunca ultrapassa o máximo de 460 ml. “Em poucos dias, tudo o que é retirado é reposto pelo organismo. Homens podem fazer a cada dois meses (mas no máximo quatro vezes ao ano). Já as mulheres a cada três meses (máximo três vezes por ano) por conta do ciclo menstrual”, ressalta Ana Carrijo.

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Uma única doação é capaz de ajudar mais de um paciente, e pode ser espontânea (não visando nenhuma pessoa específica) ou diretamente para alguém que está precisando. “Após a retirada do que chamamos ‘sangue total’, é realizado um procedimento chamado ‘fracionamento’ — em que podem ser produzidos concentrados de hemácias, de plaquetas, plasma e crioprecipitado”, afirma André Larrubia.

Alguns bancos, atualmente, estão exigindo o agendamento prévio antes da doação para evitar aglomerações, mas outros não. Vale consultar cada caso e já checar o horário de funcionamento.

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Como doar sangue: recomendações do que fazer antes e depois

Apesar de não ser permitido comer por três horas antes da coleta, não é recomendado que você vá para o banco em jejum desde a noite anterior. “Muita gente confunde com os exames de sangue. Mas o ideal é fazer uma refeição leve sem alimentos gordurosos e ingerir bastante água”, aconselha a médica.

Exercícios físicos antes do procedimento são liberados, mas as bebidas alcoólicas proibidas pelo menos 24 horas. “Precisa ter tido uma boa noite de sono. Se você trabalha em alguma profissão de risco — policial, piloto de avião, segurança… — a gente pede que não venha diretamente depois do expediente.”

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Após o procedimento, você pode sentir uma leve sonolência. A médica diz que os casos de doadores que passam mal e até desmaiam são muito raros, justamente por conta dos lanchinhos oferecidos. Mas é preciso ajudar o corpo: beber bastante líquido para ele conseguir repor o volume perdido, não fumar por algumas horas e evitar atividades físicas e trabalho pesado no dia. Pronto, agora é só ajudar o próximo!

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