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Estudo aponta os efeitos a longo prazo do álcool no cérebro

Apesar de ser um hábito prazeroso para muitas pessoas, o álcool pode causar malefícios a longo prazo para a saúde do cérebro. Entenda!

Por Ana Paula Ferreira
Atualizado em 21 out 2024, 16h39 - Publicado em 25 ago 2023, 10h00
Veja os malefícios causados pelo álcool na saúde do cérebro
Veja os malefícios causados pelo álcool na saúde do cérebro  (Freepik/Divulgação)
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Apesar de ouvirmos muito que o consumo moderado não causa malefícios para a saúde, um estudo apontou que existem efeitos a longo prazo do álcool no cérebro.

De acordo com a pesquisa  publicada no BMJ, ingerir bebidas alcoólicas pode estar associado três vezes mais ao risco de degeneração do tecido no hipocampo (uma parte do cérebro importante para a orientação espacial e a memória) em relação às pessoas que não bebem.

Conforme apontou o experimento, o risco permaneceu mesmo após a contabilização de outros fatores de risco associados, como sexo, idade, anos de escolaridade, status socioeconômico, atividade social e física, histórico médico, tabagismo e risco de AVC.

Efeitos a longo prazo do álcool no cérebro

Apesar de ser muito gostoso curtir uma noite de drinks com as amigas, tomar um bom vinho em um date ou até mesmo se refrescar com uma cerveja depois do treino, esta notícia pode acabar com a alegria de quem tem esses hábitos.

Para piorar as coisas, inclusive, toda aquela bebedeira que você viveu durante o período universitário e ao longo dos seus 20 e tantos anos também foi e continuará sendo prejudicial para você. Aqui está o motivo:

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Os pesquisadores analisaram 550 indivíduos do estudo Whitehall II (um estudo longitudinal de saúde conduzido pela University College London) e 30 anos de dados coletados entre 1985 e 2015 – informações que incluíam o consumo semanal de álcool dos participantes, medidas de função cerebral e desempenho mental, e exames cerebrais de ressonância magnética.

Eles descobriram que consumo de álcool está ligado ao aumento da deterioração da substância branca – que é a chave para o processamento e comunicação do sistema nervoso central – e a um declínio na fluência da linguagem, que foi testado pedindo às pessoas que listassem o maior número possível de palavras começando com uma letra específica, em um minuto.

Consumir pouco álcool não basta

Provavelmente você já sabia antes desta notícia que beber álcool faz mal não só para o cérebro, mas para a saúde em geral. Então, se ainda assim o consumo de bebidas alcoólicas segue fazendo parte de sua rotina, é importante ter atenção.

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De acordo com os pesquisadores do estudo, beber de forma moderada é equivalente ao consumo de 14 a 21 unidades de álcool por semana. Isso representa cerca de cinco a nove taças de 175ml de vinho, seis a nove canecas de cerveja light ou, então, seis a 10 doses (cerca de 45ml) de bebidas com 40% de teor alcoólico.

Mas, se você não chega a essa quantidade e acha que por isso está livre dos malefícios, está enganado. O estudo descobriu que até quem consumia menos de sete unidades (cerca de três taças de vinho ou três canecas de cerveja light) por semana também apresentava o mesmo risco de atrofia do hipocampo que os bebedores moderados.

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