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Rafaela Silva sofre racismo e desabafa: “Isso vai até aonde?”

O táxi em que a judoca estava foi abordado por policiais no Rio de Janeiro, que achavam que ela estava vindo da favela

Por Camila Junqueira, Gislene Pereira
Atualizado em 23 fev 2018, 17h49 - Publicado em 23 fev 2018, 17h44

Na última quinta-feira (22), a judoca Rafaela Silva sofreu uma dura situação de racismo, denunciada por ela em suas redes sociais. A campeã olímpica – primeira brasileira a conquistar o ouro na modalidade, em 2016 – havia acabado de chegar ao Rio de Janeiro e pegou um táxi para ir do Aeroporto Internacional do Galeão até sua casa, em Jacarepaguá. Porém, no caminho, o veículo em que estava foi parado por policiais militares, que abordaram tanto o motorista quanto a atleta.

No Twitter, Rafa desabafou e comentou o episódio. Segundo a judoca, os policiais só a liberaram quando perceberam que ela era “aquela da Olimpíada”.

Até então, Rafa não tinha notado a aproximação da viatura da Polícia Militar e continuou mexendo no celular, distraída. Quando o carro ligou a sirene, o taxista encostou e foi chamado de lado para prestar esclarecimentos. Nisso, outro policial pediu para que a carioca saísse do veículo e começou a fazer perguntas.

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Rafa disse que não trabalhava, que era atleta. Foi aí que os policiais a reconheceram: “Você é aquela da Olimpíada, né?”.

Rapidamente, a viatura foi embora. Rafa perguntou ao taxista o que tinha acontecido e ele explicou que os policiais achavam que ele havia buscado a judoca na favela.

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Indignada e constrangida, Rafa disse que muitas pessoas pararam para ver a abordagem e encerrou o relato com uma frase importante. “Esse preconceito vai até aonde?”.

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Rafa já declarou ser vítima de racismo em outras ocasiões. Nascida na comunidade Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, ela entrou para o judô com o intuito de se afastar dos perigos das ruas. Mesmo assim, ela ainda sofre preconceito do público, seja na internet ou nas ruas, por sua cor de pele.

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