Quanto maiores os seios, menos as mulheres malham, afirma estudo

Treinos aeróbicos de alto impacto são os mais evitados por quem tem a região avantajada

Por Amanda Panteri
Atualizado em 21 out 2024, 17h29 - Publicado em 9 abr 2019, 12h32
Mulher correndo
 (Demkat/Thinkstock/Getty Images)
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Seja porque dói, incomoda ou simplesmente balança muito… Não, amiga, você não está sozinha se tem os seios grandes e sente que eles interferem no treino de alguma maneira. Um estudo publicado no começo de março no Journal of Science and Medicine in Sports, feito pela Universidade de Wollongong, na Austrália, mostrou que a questão é complicada até para as colegas do outro lado do mundo: pesquisadores descobriram que quanto maior o tamanho do busto, menos as mulheres eram adeptas da prática de esportes e maiores as chances de acharem que a região atrapalha movimentos de impacto, como os da corrida.

As 355 entrevistadas tinham de 18 a 75 anos e índices de massa corporais que variavam de normal a muito alto. Com a ajuda de um aparelho de imagens em 3D, o volume de seus seios foram medidos e divididos em pequeno, médio, grande e muito grande. Algumas das mulheres reportaram que tinham dificuldades em realizar até mesmo caminhadas leves, e um terço delas relataram dores durante e após a atividade. “A cada deslocamento, percebeu-se que os seios podem sofrer movimentações de até 17 centímetros. É um grande estresse mecânico para o corpo que pode causar dores sim”, explica o educador físico Pedro Gorgulho, diretor técnico da rede de academias Biofisic, em Minas Gerais.

Mas o que fazer? Dar adeus aos exercícios físicos?

Muito pelo contrário! O sedentarismo, além de muito ruim para o organismo no geral, pode trazer consequências específicas para quem tem os seios grandes. “Pessoas que não fazem esportes e passam boa parte do dia sentadas geralmente têm uma musculatura enfraquecida nas costas. O peso dos seios gera mais uma sobrecarga que contribui para o surgimento de dores e problemas na coluna cervical”, diz Pedro.

Segundo o educador, a maior queixa de suas alunas está relacionada com o deslocamento das mamas nos exercícios que envolvem saltos e trotes, tanto pela dor gerada quanto por ficarem um pouco constrangidas com a questão. Mas isso não quer dizer que os treinos aeróbicos precisam ser evitados. “O estudo não prevê que certos tipos de exercícios causam algum mal para a região. Todas as práticas são recomendadas — desde que a aluna encontre sustentação adequada e confiança para realizá-las”, afirma.

A série certa pra você

E para quem acha que a musculação vai fazer tudo parar de balançar, a ideia é verdade apenas em partes. “Pensando esteticamente, o treino de força deixa o seio mais firme, uma vez que enrijece a massa muscular que fica abaixo dele. Contudo, a mama é formada basicamente por tecido adiposo (gordura), e malhar traz uma diminuição do volume, mas não necessariamente garante mais sustentação — isso tem a ver com a anatomia da região, que a gente não consegue mudar a não ser com procedimentos cirúrgicos”, explica Pedro. Portanto, se a ideia é deixá-lo mais durinhos, valem os exercícios que trabalham peitoral e ombros, como as flexões, o supino e o crucifixo.

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Dica de ouro

Achar o top certo, aliás, geralmente é um grande desafio. Mas a peça de roupa pode ser decisiva para evitar desconfortos, e a própria pesquisa indica os bojos invertidos (costurados na parte externa do tecido), alças largas e ajustáveis. A combinação garante um bom suporte. Em alguns casos, a indicação dos profissionais é até usar um maiô, que pode ser mais firme e confortável.

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