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Como a barra paralela pode transformar seu treino de força e equilíbrio

Versátil e desafiadora, a barra paralela oferece movimentos que trabalham diferentes músculos de forma intensa

Por Helena Saigh
Atualizado em 30 set 2025, 14h02 - Publicado em 29 set 2025, 18h00
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Movimentos na barra paralela ativam peitoral, tríceps e abdômen. (freepik/Freepik)
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A barra paralela é um equipamento coringa: com ela você consegue trabalhar peitoral, tríceps, ombros e core em diferentes níveis de intensidade. Para quem encara esse movimento pela primeira vez, pode parecer impossível subir, afinal, você precisa sustentar o próprio corpo no ar, controlar o tronco e manter articulações estáveis. Mas com progressões bem estruturadas, dá para evoluir.

Antes de conhecer os principais exercícios, vale lembrar que a forma de execução influencia diretamente nos resultados e na prevenção de lesões. Como explica Guilherme Leme, gerente técnico da Bio Ritmo: “O exercício deve ser feito em amplitude controlada para que a flexão do ombro não seja exagerada e também mantendo o bom alinhamento dos punhos, para não flexionar a articulação e aplicar força ao mesmo tempo.”.

1. Mergulho nas paralelas (Dips)

Para que serve: Esse é o exercício-base da barra paralela porque recruta intensamente o peitoral e o tríceps, ao mesmo tempo em que ativa o deltoide anterior e exige estabilização de ombros e core. Em testes de eletromiografia feitos pela Universidade de São Paulo (USP), registros mostram que o dip, em comparação com empurrar na máquina guiada, gera maior ativação do peitoral maior e do tríceps, por conta da exigência de equilíbrio e da amplitude do movimento.

Como executar corretamente: Desça de forma controlada, mantendo o tronco levemente inclinado quando quiser enfatizar o peitoral, e mais vertical para enfatizar o tríceps. Cotovelos devem ficar próximos ao corpo; ombros devem evitar queda excessiva. Pare quando os antebraços estiverem próximos à vertical e suba com força.

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2. L-sit (isometria)

Para que serve: O L-sit desafia o core de maneira intensa ao segurar as pernas estendidas à frente e o tronco parado. Estudos da Universidade de Brasília (UnB) mostraram que a manutenção de corpo suspenso ativa fortemente o reto abdominal e os flexores de quadril, com baixa participação de carga externa.

Como executar corretamente: Empurre “para longe” com os ombros e alinhe punhos, cotovelos e ombros. Contraia abdômen e mantenha o tronco ereto. Comece com as pernas dobradas (tuck) e evolua à extensão completa conforme adquirir estabilidade.

3. Elevação de pernas (leg raises)

Para que serve: Esse movimento trabalha principalmente o reto abdominal, mas também exige que o core e a lombar estabilizem o corpo. Uma pesquisa publicada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) mostrou que elevações suspensas, quando feitas com controle, recrutam mais o abdômen inferior do que exercícios abdominais tradicionais.

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Como executar corretamente: Suba os joelhos ou pernas estendidas com controle, evitando impulso. Controle a descida para não deixar a lombar “afundar”. Se ainda não for possível com as pernas estendidas, vá progredindo a partir dos joelhos flexionados.

4. Parada de mão assistida (Handstand assist)

Para que serve: Esse exercício fortalece os ombros e melhora equilíbrio, já que obriga você a sustentar o corpo numa posição invertida. Na paralela, você pode reduzir a amplitude ou usar uma das pernas de apoio para facilitar a progressão.

Como executar corretamente: Com uma perna apoiada, empurre o solo com as mãos, elevando o corpo verticalmente. Mantenha os cotovelos estendidos e o abdômen firme. Conforme ganha controle, tente empurrar mais com força e menos com a perna auxiliar.

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5. Remada australiana (body row nas paralelas)

Para que serve: Essa versão de tração horizontal equilibra o volume de empurrar dos dips. Trabalha dorsais, romboides e bíceps,  contribuindo para manter a saúde dos ombros.

Como executar corretamente: Fique debaixo da barra paralela ou entre as barras, corpo reto e inclinado. Puxe o tronco em direção às barras, aproximando as escápulas, e desça de modo controlado. Ajuste a inclinação para facilitar ou dificultar conforme seu nível.

Com tantas possibilidades, a barra paralela vai muito além dos dips tradicionais. Usada com consciência e progressões bem escolhidas, ela se torna uma aliada poderosa para fortalecer braços, peito e abdômen sem depender de máquinas sofisticadas.

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