Continua após publicidade

Os 10 erros mais comuns na academia

Pressa, falta de orientação, ansiedade... Estes são alguns dos obstáculos na hora de encarar o treino. Listamos os dez erros mais comuns na academia para você driblar e se sair bem no projeto fitness

Por Redação Boa Forma
Atualizado em 27 out 2016, 23h46 - Publicado em 3 set 2015, 08h00

O objetivo é o mesmo: todas nós queremos conquistar um corpão e ganhar bem-estar. Mas, nessa busca, muitas se perdem por pressa, falta de orientação, ansiedade… E cometem erros que prejudicam a performance e colocam a saúde em risco. Confira os vacilos mais comuns e garanta um desempenho impecável, que, acredite, vai se traduzir em curvas incríveis.
 

1 erro – Começar a malhar sem aquecer o corpo

Por incrível que pareça, tem quem suba na esteira e regule a velocidade para dez – de cara – ou vá direto aos aparelhos de musculação com carga total. “O esforço tem que ser paulatino, crescente, de forma a acordar o organismo”, diz Cristian Becerra, diretor técnico da unidade Bio Ritmo West Plaza (SP). O aquecimento, que deve ser feito com movimentos leves, como uma caminhada, prepara músculos, tendões e ligamentos para o esforço maior – o treinamento em si. O corpo aquecido se move mais rapidamente e produz mais força. Esse cuidado promove também a lubrificação das articulações, facilitando os movimentos.

O que fazer: respeitar seu corpo e entender que ele precisa ser avisado que vai sair do estado de repouso para o de movimento. Caminhe ou pedale devagar por 5 a 10 minutos e gire cotovelos, ombros e tornozelos lentamente, até sentir o corpo azeitado.


2 erro – Dispensar o alongamento depois

Não é frescura. “Ele é fundamental para quem corre, pedala, faz musculação, nada, joga tênis ou pratica qualquer outro esporte”, diz Eduardo Caldeira, professor da Academia Competition (SP), pós-graduado em treinamento desportivo. Os movimentos devem ser suaves, executados devagar, para relaxar a musculatura. A prática evita lesões, distensões e inflamações.

Continua após a publicidade

O que fazer: se você só tem uma hora na academia, reserve os cinco minutos finais. Peça orientação do professor para fazer os exercícios de acordo com a atividade que pratica.


3 erro – Fazer exercícios com excesso de carga

Seja na aula de local, seja na musculação, muitas vezes a aluna malha com uma carga elevada demais para seu nível de condicionamento. Não embarque nessa! O peso excessivo prejudica a execução ou reduz a amplitude do movimento. E não é só isso: você ainda pode ganhar uma baita lesão muscular ou articular ou ficar tão dolorida que vai querer fugir da ginástica por uns dias. Aliás, falando nisso, conscientize-se de que a dor é sinal de que algo está errado.

O que fazer: puxar o freio na ansiedade e seguir, fielmente, o plano montado para você. “A carga ideal é aquela que permite fazer exatamente o número de repetições propostas na série, ou seja, depois da última, você praticamente não consegue realizar mais nenhuma”, observa Alfredo Lima, coordenador de musculação da Academia Estação do Corpo (RJ).

Continua após a publicidade


4 erro – Exagerar no treino

Na expectativa de obter grandes mudanças em um curto espaço de tempo, muita gente exagera no volume e na intensidade dos exercícios. Faz 30 minutos na esteira e mais 30 minutos no transport e depois uma hora no spinning – porque, afinal, todo mundo é de ferro (êpa!). Tem corpo que agüente? O excesso gera cansaço intenso, fraqueza, queda de rendimento, lesões, dores generalizadas pelo corpo e, lá na frente, perda de motivação e problemas de saúde. Existe até um termo para definir o problema quando ele se torna crônico: síndrome do overtraining. Nesse caso, os sintomas são mais graves: elevação da pressão arterial, resfriados constantes, insônia, diarréia, náusea…

O que fazer: se conscientizar de que a pressa é inimiga – mesmo! – da perfeição. Depois, siga o treino elaborado pelo professor, adequado ao seu condicionamento e que inclui os períodos de recuperação necessários para alcançar bons resultados.


5 erro – Malhar em jejum

Parece que metade da população ainda acredita que treinar de barriga vazia ajuda a emagrecer. Nada disso. “A falta de alimentos durante o exercício leva o organismo a um sistema de ‘economia’, diminuindo o gasto calórico”, diz Izadora Guimarães, gerente técnica da Academia Companhia Athletica (SP). Além disso, a falta de nutrientes aumenta de forma considerável o catabolismo – perda de massa magra –, o que significa “adeus, músculos”. Em casos extremos, o ronco do estômago causa queda de pressão, desmaios e outros problemas.

Continua após a publicidade

O que fazer: coma um lanche leve, mas consistente, antes de começar sua maratona na academia (até uma hora antes). Boas opções são as frutas, in natura ou na forma de sucos, e sanduíche de queijo-de-minas ou peito de peru. Se o pão for integral, melhor ainda, pois dá uma sensação de saciedade mais duradoura.


6 erro – Fazer exercícios de forma incorreta

Pode acontecer na esteira, na bike, na aula de boxe, na ioga, na musculação… E, motivado por pressa, falta de prudência e conhecimento, desatenção e até vontade de matar a ginástica. Porém, se a mecânica do movimento está incorreta, das duas, uma: ou o exercício não surtirá o efeito desejado ou você corre o risco de sair machucada dessa história. Às vezes, o erro parece mínimo – os joelhos deveriam estar ligeiramente flexionados e não esticados –, mas, acredite, a conseqüência pode ser máxima. “Há uma posição certa para realizar qualquer exercício e isso deve ser respeitado sempre”, salienta Eduardo Caldeira.

O que fazer: o professor não está ali à toa: se precisar abordá-lo dez vezes durante a série, faça-o sem constrangimento. Só examinando detidamente sua postura, a posição do seu corpo, a velocidade do movimento, a respiração e tudo o mais é que ele poderá avaliar se está tudo bem.

Continua após a publicidade


7 erro – Achar que sabe tudo e não precisa de orientação

Personal trainer para quê? Professor disso e daquilo para quê? É assim que pensam algumas alunas, geralmente marombeiras descoladas, que já mexem o corpo há tanto tempo a ponto de se considerarem experts. A verdade é que não dá para dispensar os conselhos de quem é diplomado no assunto. Também é mancada alterar a programação sem consultar o professor. “Tudo tem uma razão de ser. Nenhum exercício deve entrar ou sair do treino sem um objetivo específico”, diz Cristian Becerra. Quem dispensa a orientação corre riscos, que vão desde a demora nos resultados até complicações de saúde.

O que fazer: seguir a seqüência estipulada pelo professor. Se há exercícios ou atividades que você não gosta de fazer, sente, converse, explique – e participe, junto com ele, de mudanças. Realizar uma tabelinha esperta com o ‘técnico’, acredite, é a melhor forma de dar aquela acelerada no seu treino.


8 erro – Não se hidratar como deve

Durante a atividade física, seu corpo perde muito líquido por meio do suor. O organismo provoca essa sudorese para evitar que a temperatura suba muito. A água é importante demais e precisa ser reposta. Ela interfere em mecanismos como transportar oxigênio para os músculos, eliminar dióxido de carbono pela respiração e regular a pressão arterial para o bom funcionamento do coração. Porém, mesmo sabendo de tudo isso, tem malhadora que esquece a garrafinha…

Continua após a publicidade

O que fazer: grudar no seu squeeze enquanto estiver na academia. Dica: a absorção de líquidos frios ou gelados é mais rápida. Outra: se você treinar mais de duas horas por dia, talvez valha a pena trocar a água por uma bebida isotônica, eficiente também para repor os sais minerais perdidos no suadouro. O que não vale é refrigerante (óbvio), bebidas com cafeína (por causa do efeito diurético) e sucos de frutas ácidas (pesam demais).


9 erro – Não respeitar o descanso

Seu corpo precisa tanto de repouso como de exercício. Para entender, saiba que o organismo tem duas fases distintas: o catabolismo, que é o consumo de energia, e o anabolismo, a síntese ou o estoque de energia. “Quando você malha, o que ocorre é o primeiro estágio e, no descanso, entra em cena o segundo”, explica Alfredo Lima. Trocando em miúdos, durante o treino você não ganha nada, na verdade perde, pois está destruindo fibras musculares e consumindo reservas energéticas. Mas aí vem a parte boa: você também gera estresse muscular para, durante o repouso, ter seu momento de anabolismo – recuperação dos substratos energéticos e reconstrução das fibras musculares.

O que fazer: trabalhar os mesmos grupamentos musculares todos os dias é roubada, não dá para dispensar o período de recuperação. Só depois dessa fase é que os músculos crescem e aparecem, literalmente. O caminho para isso inclui dormir de seis a oito horas por noite e deixar a musculatura de molho por pelo menos 24 horas. Aí vale malhar dia sim, dia não, ou dividir o treino, colocando exercícios para membros superiores e inferiores em dias intercalados, por exemplo. Não deixe, também, de respeitar o tempo de descanso entre as séries e os exercícios, que deve ser determinado pelo professor.


10 erro – Deixar de lado a tão necessária regularidade

Falamos aqui da propalada turista de academia. Muitas vezes ela chega animadaça, faz um mês de aula com aplicação ferrenha e de repente desaparece sem deixar vestígios. Também não é nada positivo dar as caras apenas uma vez por semana. Além de não conquistar benefícios, existe o risco de haver lesões. “É essencial criar uma rotina para que o corpo seja constantemente estimulado e se ganhem, de fato, o condicionamento e uma estética bacana”, sugere Izadora Guimarães.

O que fazer: adotar o mantra: só vale malhar se for com regularidade. O que significa? No mínimo três vezes por semana, sendo que o ideal é quatro ou cinco. Imagine-se como uma máquina que precisa de combustível para funcionar bem, numa dose ordenada e sistêmica. Se não dispõe de muito tempo, sem problema, já está mais do que provado que 30 minutos surtem efeito – então, basta você se programar e encaixar esse presente para você mesma na agenda.

Publicidade