OMS propõe taxar refrigerantes e sucos de caixinha para combater obesidade

Atualmente, 500 milhões de pessoas no mundo inteiro estão obesas

Por Luiza Monteiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 21 out 2024, 19h19 - Publicado em 11 out 2016, 10h36
piotr_malczyk/Thinkstock/Getty Images
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A prevalência da obesidade ao redor do globo mais que dobrou entre 1980 e 2014, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Os números impressionam: 11% dos homens e 15% das mulheres (o equivalente a mais de meio bilhão de pessoas) estão obesos. E, se os hábitos alimentares e o estilo de vida que muitos adotam hoje em dia não mudarem, a tendência é que esses índices continuem a crescer.

Para melhorar esse cenário, a OMS divulgou nesta terça-feira (11) um relatório que propõe uma solução para o problema: cobrar mais impostos de itens abarrotados de açúcar, como refrigerantes, sucos de caixinha e alimentos com açúcar de adição (aquele acrescentado no preparo ou no processamento de comidas e bebidas). Segundo a entidade, elevar em 20% os tributos exigidos desses alimentos resultaria numa redução do consumo desses produtos, levando à diminuição dos casos não só de obesidade, mas também de diabetes tipo 2 e até cáries.

“Se os governos taxarem produtos como bebidas açucaradas, eles podem reduzir sofrimento e salvar vidas. Também será possível cortar custos com a saúde e aumentar a receita para investir em serviços públicos”, analisa Douglas Bettcher, diretor do Departamento para a Prevenção de Doenças Não Transmissíveis da OMS.

Veja também: 7 alimentos que ajudam a reduzir os níveis de açúcar no sangue

Desnecessário

De acordo com o novo documento da entidade, bebidas e alimentos cheios de açúcar são fontes de calorias desnecessárias, principalmente quando se fala de crianças, adolescentes e jovens adultos. “Nutricionalmente, as pessoas não precisam de açúcar na dieta”, defende Francesco Branca, diretor do Departamento de Nutrição para Saúde e Desenvolvimento da OMS. Para quem não abre mão dos líquidos extradoces, ele orienta que o consumo não ultrapasse 250 ml por dia.

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Outras saídas

O relatório também sugere que outras medidas sejam tomadas a fim de diminuir a ingestão de açúcar mundo afora. Entre elas estão oferecer subsídios que baixem os preços de frutas e vegetais frescos, a fim de aumentar o consumo desses alimentos; e elevar os preços de itens cheios de gorduras trans e saturadas e sódio.

Alguns países já tomaram essas medidas. O México, por exemplo, implementou um imposto especial em bebidas não alcoólicas com açúcar de adição. Já a Hungria taxou itens industrializados com altas doses de açúcar, sal ou cafeína. Filipinas, África do Sul e Reino Unido também se mobilizaram para combater a doçura excessiva na dieta da população.

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