Vai viajar? Cuidado com a intoxicação alimentar

O verão é a estação do ano em que mais acontecem casos de contaminação. Veja como evitar

Por Amanda Panteri
Atualizado em 21 out 2024, 17h28 - Publicado em 21 nov 2019, 15h23
Mulher sentada na cama com dor de barriga
 (gpointstudio/Thinkstock/Getty Images)
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A gente entende: a vontade de experimentar comidas diferentes durante uma viagem é grande. Mas cuidado com o que você coloca ingere – alguns alimentos que não foram bem higienizados podem carregar bactérias, vírus e até substâncias bastante tóxicas ao organismo. 

Não à toa, o verão é a época do ano em que mais acontecem casos de intoxicação alimentar. “O calor facilita a proliferação dos microorganismos e dificulta a conservação dos alimentos”, explica o gastrocirurgião e endoscopista Eduardo Grecco, de São Paulo. Portanto, se você for viajar, preste atenção redobrada nos seguintes itens: frutas, legumes, verduras, peixes, ovos e perecíveis. De acordo com o médico, eles são os que oferecem os maiores riscos de contaminação. 

Mas o que exatamente é a intoxicação alimentar? 

“A ingestão de água ou comidas contaminadas pode levar ao que chamamos de ‘intoxicação alimentar’. Essa contaminação pode ocorrer devido ao contato com bactérias, vírus (transmitido quando a higiene é precária) e até substâncias tóxicas presentes em algumas plantas e legumes”, afirma Eduardo Grecco.  

As bactérias nocivas são a Shiguella e a Salmonella, presentes em ovos, leite e carne crua; a E.coli, que habita o intestino humano; a Staphyloccus, que contamina através da pele; e ainda a Clostridium, que está presente na toxina botulínica de algumas embalagens de alimentos em conserva.

Segundo o gastrocirurgião, a contaminação acontece quando o produto entra em contato com uma pessoa ou local infectados. Como uma tábua usada para fatiar carne crua. Se você não a higienizar adequadamente, as chances de transferir as bactérias para o próximo alimento que for cortar são enormes. 

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Quais são os sintomas mais comuns da intoxicação alimentar?

“Os pacientes apresentam um quadro de desidratação marcado por dores abdominais similares à cólica, disenterias, náuseas, vômitos e febre”, diz Eduardo Grecco. Eles costumam durar cerca de dez dias e podem ser aliviados com a ingestão de água, repouso e o consumo de alimentos leves, como carboidratos simples, frutas e verduras – cozidos para facilitar a digestão. É preciso também evitar as proteínas mal passadas e condimentos. 

Como evitar? 

O doutor ainda dá algumas dicas para você passar o verão longe do problema. Confira:

  • Mantenha bons hábitos de higiene, lavando as mãos sempre, principalmente antes das refeições;
  • O álcool em gel também é um bom aliado na higienização das mãos;
  • Lave bem os alimentos e conserve-os em locais arejados e limpos;
  • Os utensílios de cozinha devem estar sempre limpos;
  • Não consuma alimentos com aparência ruim, principalmente ovos, carne crua e legumes;
  • O leite deve ser fervido ou pasteurizado;
  • Todas as verduras devem ser higienizadas com água e, se possível, algumas gotinhas de hipoclorito;
  • Evite alimentos em conserva com embalagens amassadas ou danificadas;
  • A água é nossa melhor amiga. Beba de oito a dez copos por dia;
  • Tenha uma alimentação balanceada, alimentando-se a cada três horas;
  • Procure descansar e relaxar, o estresse pode desencadear uma série de problemas;
  • Os médicos estão aí para ajudar, portanto procure orientação de um especialista sempre que necessário.
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