Quais são os reais benefícios da glutamina para o corpo e quando usá-la?
Suplementar esse aminoácido sem orientação profissional pode trazer riscos à saúde. Entenda!

A glutamina é um aminoácido importante que é produzido em quantidade suficiente pelo próprio corpo. No entanto, sua suplementação faz sucesso entre os praticantes de atividades físicas, uma vez que ela promete contribuir para a recuperação muscular e a síntese proteica. Mas, afinal, há realmente benefícios?
Quais os benefícios da glutamina?
“A glutamina é um dos aminoácidos mais importantes para o nosso organismo, pois pode ser utilizada como fonte de energia por diversos tecidos, além de auxiliar no fortalecimento da parede do intestino, mantendo a microbiota saudável”, explica a nutróloga Dra. Marianna Magri.
De acordo com a especialista, a glutamina pode favorecer a integridade das mucosas intestinais e auxiliar na recuperação muscular. “Os suplementos são indicados quando o paciente possui problemas intestinais e na recuperação dos músculos”, destaca.
Vale lembrar que, antes de incluir um suplemento na rotina, é necessário consultar um profissional para garantir a sua segurança.
Qual a função da glutamina no intestino?
Um dos pontos principais dessa substância tem relação com a saúde intestinal. Não é de hoje que se fala da importância de cuidar do intestino, estimulando a reprodução de bactérias do bem que colaboram para a saúde do corpo e da mente.
A glutamina é a maior fonte de energia das células da mucosa intestinal – tanto que é considerada uma “parede virtual”, sendo responsável por até 70% da proteção imunológica do corpo humano.
“A glutamina alimenta as células dos intestinos delgado e grosso, os enterócitos”, explica a médica. “Quando saudáveis, estas células reduzem a permeabilidade intestinal e dificultam a passagem de organismos causadores de doenças, como vírus e bactérias.”
Mas é preciso cuidado. Apesar da glutamina ser o aminoácido mais abundante no corpo humano, a suplementação tem contraindicações: os diabéticos devem ficar longe dela, já que o seu organismo se comporta de forma incomum durante a metabolização da glutamina.
“Quem sofre de doença renal, doença hepática ou uma condição chamada de síndrome de Reye, que causa inchaço no cérebro e no fígado, também deve evitar o uso de glutamina”, conclui ela.