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Pipoca de micro-ondas: nutricionista explica por que evitar

Ela pode até ser prática, mas não é a melhor opção quando se fala em saúde. Veja o que uma profissional tem a dizer!

Por Ana Paula Ferreira
Atualizado em 21 out 2024, 17h30 - Publicado em 4 set 2024, 10h00
Entenda por que a pipoca de micro-ondas não é a melhor opção
Entenda por que a pipoca de micro-ondas não é a melhor opção (Freepik/Freepik)
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Não há como negar que é uma delícia fazer pipoca de micro-ondas para comer enquanto assistimos a um filme em casa. Contudo, durante um momento de prazer como esse, raramente paramos para pensar nos malefícios que um simples petisco como esse pode causar à saúde.

Por mais que realmente seja gostosa – isso sem falar na facilidade de preparar! –, essa versão de pipoca carrega consigo uma série de ingredientes que não são tão bons para o organismo.

Para esclarecer melhor quais malefícios a pipoca de micro-ondas pode oferecer e quais são as diferenças entre ela e a feita em casa, consultamos a nutricionista Tatiane Schallitz, do Rio de Janeiro.

Por que pipoca de micro-ondas faz mal?

De acordo com Tatiane, a pipoca de micro-ondas é considerada menos saudável principalmente por conta dos ingredientes adicionados a ela e a seu processo de preparação.

“A composição dessas pipocas pode variar de marca para marca, mas geralmente inclui grãos de milho, óleos vegetais, sal e outros aditivos como aromatizantes, corantes e conservantes”, ela aponta, ressaltando que esses óleos geralmente são ricos em gorduras saturadas e/ou gorduras trans, podendo aumentar as chances de doenças cardíacas.

“Além disso, esse produto geralmente leva quantidades excessivas de sal, além de aditivos como aromatizantes, corantes e conservantes, que embora sejam considerados seguros em pequenas quantidades, em alguns casos podem ser problemáticos para pessoas sensíveis a certos compostos”, completa.

Por fim, a nutricionista ressalta que o problema não está apenas nos ingredientes que estão dentro da embalagem da pipoca, mas também em seu revestimento interno.

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Isso porque, como ela explica, o material usado pode conter substâncias químicas, como o ácido perfluorooctanoico (PFOA), que podem migrar para a pipoca durante o aquecimento e também causar certos problemas de saúde.

Pipoca de micro-ondas x feita na panela

Quando se trata de pipoca, existem duas opções mais populares: a de micro-ondas e a feita na panela com óleo. Segundo Tatiane, ambas têm suas vantagens e desvantagens.

“A pipoca de micro-ondas apresenta um teor calórico um pouco menor do que a pipoca feita na panela. Isso ocorre porque o processo de cozimento rápido no micro-ondas resulta em menos absorção de óleo”, ela aponta.

“Por outro lado, a versão da panela pode ter uma quantidade maior de gorduras, dependendo da quantidade de óleo adicionado. Optar por um óleo saudável, como o azeite de oliva extra virgem, e utilizar uma quantidade moderada é uma forma de minimizar o teor de gorduras”, indica.

Outro ponto a ser levado em consideração é o teor de sódio, uma vez que, quando a receita é feita em casa, é possível adicionar sal a gosto, enquanto a outra versão costuma vir com uma quantidade significativa adicionada durante o processo de fabricação.

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Como fazer uma pipoca saudável

Ok, já entendemos que é melhor deixar a pipoca de micro-ondas para trás e partir para a versão caseira. Mas, ainda assim, existe uma forma melhor de prepará-la?

Como explica a nutricionista, há alguns métodos diferentes para se fazer pipoca, e a escolha depende apenas das preferências pessoais e dos recursos disponíveis.

Algumas opções indicadas por ela são:

1

 

 

Pipoca feita na panela

Ingredientes: Grãos de milho para pipoca, azeite de oliva ou manteiga e sal (opcional).

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Quantidade por porção: 30g de milho e 1 colher de sobremesa de azeite (4ml)

Passo a passo:

Em uma panela com tampa, adicione uma quantidade moderada de gordura suficiente para cobrir o fundo da panela. Aqueça a panela em fogo médio-alto. Adicione os grãos de milho suficientes para cobrir o fundo da panela em uma camada única. Cubra a panela com a tampa e agite-a levemente para distribuir o calor de forma uniforme. Continue a agitar a panela ocasionalmente para evitar que a pipoca queime. Quando os estouros diminuírem para um intervalo de alguns segundos entre eles, desligue o fogo e deixe a pipoca descansar por alguns segundos para garantir que todos os grãos tenham estourado. Se desejar, tempere a pipoca com sal ou outros temperos de sua preferência.

2

Feita no micro-ondas com saco de pão

Ingredientes: Grãos de milho para pipoca e um saco de pão de padaria (de papel)

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Modo de fazer:

Colocar o milho dentro do saco, fechar e colocar para estourar no micro-ondas por 5 minutos. Ficar atento ao momento que parar de estourar e desligar, o tempo pode variar de 2 a 4 minutos.

3

Feita no micro-ondas em refratário

Ingredientes: Grãos de milho para pipoca, água e sal.

Modo de fazer

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Coloque em um recipiente alto de vidro (que possa ir no microondas) o milho para pipoca. Adicionar água até cobrir o milho e sal e/ou temperos em pó a gosto. Misturar bem, tampar com filme plástico e fazer 4 furinhos para sair o vapor. Levar ao microondas em potência máxima por aproximadamente 6-8 minutos, desligar quando parar de estourar.

4

Pipoqueira elétrica

Ingredientes: milho de pipoca.

Modo de fazer: Basta colocar o milho de pipoca no aparelho e esperar que eles estourem. Caso queira finalizar com um fio de azeite ou manteiga derretida para grudar melhor o sal, também é uma opção.

Benefícios da pipoca

A pipoca, quando preparada de forma saudável, sem adição excessiva de sal, óleos não saudáveis ou açúcares, pode oferecer vários benefícios para a saúde.

“Opte pela opção caseira, usando métodos de preparo adequados, como ar quente ou panela com óleo saudável em quantidades moderadas. Além disso, lembre-se de consumir como parte de uma dieta equilibrada, variada e rica em nutrientes”, sugere Tatiane.

“Se você tiver alguma condição de saúde específica ou preocupações dietéticas, é sempre aconselhável consultar um nutricionista para obter orientações personalizadas”, orienta.

Dito isso, a profissional listou os principais benefícios da pipoca:

1

Rica em fibras

É uma excelente fonte de fibras alimentares, que são essenciais para a saúde digestiva.

“As fibras ajudam a promover a regularidade intestinal, previnem a constipação e auxiliam na saúde do sistema gastrointestinal como um todo.”

2

Baixa em calorias

Por ter poucas calorias, a pipoca pode ser uma ótima opção de lanche para quem está mantendo um plano alimentar de controle ou perda de peso.

“Uma porção típica de pipoca tem cerca de 30 gramas ou 3 xícaras de pipoca estourada. Nessa quantidade, geralmente se tem cerca de 100 a 120 calorias, dependendo dos ingredientes adicionados, como óleos e temperos”, aponta a nutricionista.

3

Fonte de antioxidantes

“A pipoca é rica em antioxidantes, especialmente polifenóis. Esses compostos ajudam a combater os danos causados pelos radicais livres no corpo, reduzindo o risco de doenças crônicas, como doenças cardíacas e certos tipos de câncer.”

4

Baixo teor de gordura

Quando preparada corretamente, a pipoca contém menos gordura do que muitos outros lanches. Porém, é importante observar os ingredientes usados em seu preparo, como o óleo ou a manteiga, pois eles podem aumentar o teor de gordura.

5

Fonte de carboidratos complexos

Ela é uma boa fonte de carboidratos complexos, que são a principal fonte de energia do corpo.

“Quando digeridos lentamente, eles fornecem uma liberação gradual de energia, ajudando a manter níveis estáveis de açúcar no sangue”, explica a profissional.

Então, quanta pipoca podemos comer?

De acordo com Tatiane, a quantidade ideal de pipoca a ser consumida por dia ou semana pode variar dependendo das necessidades e objetivos individuais, bem como de outros fatores de saúde.

“Se você está seguindo um plano alimentar específico ou tentando perder peso, é necessário considerar a quantidade de calorias e macronutrientes da pipoca dentro das suas metas diárias”, ela explica.

“Não temos como estipular uma quantidade universal, uma vez que vai depender da necessidade energética de cada um. Assim, a forma mais simples de entender sobre quantidade é ter noção de equivalências por porção”, completa.

Então, uma porção de pipoca, que é aproximadamente 30g, equivaleria a:

  • Pão integral – 1 fatia (25g);
  • Farelo de aveia – 3 colheres de sopa (30g);
  • Aveia em flocos – 2 colheres de sopa (20g);
  • Cuscuz de milho cozido – pedaço pequeno (65g);
  • Flocos de cuscuz – 2 colheres de sopa (20g);
  • Arroz cozido – 3 colheres de sopa (60g);
  • Macarrão cozido – 1 pegador cheio (55g).

É importante notar, como ressalta a profissional, que esses cereais podem ter perfis nutricionais diferentes da pipoca, principalmente quando também comparamos a outros grupos alimentares, como uma porção de fruta, por exemplo.

Sendo assim, a quantidade precisa ser adequada com base nas necessidades individuais, objetivos de saúde e contexto alimentar geral de cada pessoa.

“É sempre aconselhável consultar um nutricionista ou profissional de saúde para obter orientações personalizadas com base nas suas circunstâncias específicas”, ela finaliza.

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