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Ansiedade e álcool: profissional explica qual é a relação entre eles

Apesar de serem vistas por algumas pessoas como relaxantes, a ansiedade e o álcool são duas coisas que não deveriam se misturar. Entenda!

Por Ana Paula Ferreira
Atualizado em 21 out 2024, 16h38 - Publicado em 30 ago 2023, 10h00
Entenda os efeitos do álcool como gatilhos para ansiedade
Entenda os efeitos do álcool como gatilhos para ansiedade (Freepik/Divulgação)
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Enquanto algumas pessoas acreditam que as bebidas alcoólicas são uma boa opção para relaxar, a verdade é que ansiedade e álcool são duas coisas que não deveriam se misturar.

De acordo com a psicóloga Larissa Fonseca, o motivo está nos efeitos inflamatórios causados no organismo, que resultam em alterações comportamentais.

“O álcool atua na área do cérebro responsável pelo autocontrole emocional, pensamentos e pela impulsividade”, aponta ela.

Desta forma, as bebidas se tornam potenciais gatilhos para a ansiedade.

“Elas são um depressor do sistema nervoso central e afetam neurotransmissores relacionados à regulação do humor e da ansiedade. Além disso, este sistema é o responsável pelo controle das emoções e decisões.”, explica a profissional.

“Quando você ingere qualquer tipo de droga (incluindo o álcool), se liberta das ‘censuras’ que funcionam como autocontrole. Com isso, os pensamentos antes inibidos viram gatilho para aumentar a ansiedade e até mobilizar crises”, completa ela.

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Gatilhos de ansiedade pelo consumo de álcool

Segundo Larissa, as pessoas acreditam que o álcool pode trazer um efeito de relaxamento, pois ele inibe a censura interna, ou seja, o limite que nos auxilia a não ter determinados comportamentos para não encarar as consequências internas e sociais.

“O álcool provoca uma intoxicação no organismo, uma vez que o corpo entende que está sob ataque e precisa eliminá-lo. Assim, todas as células passam a trabalhar em função dessa digestão, o que compromete a engenharia do sono. No dia seguinte, as consequências são mais prejudiciais”, ela alerta.

É possível evitar a ansiedade sem parar de beber?

A profissional explica que o primeiro ponto a se considerar é que pessoas que têm ansiedade devem estar em tratamento psicológico para aprender a lidar com o quadro e os gatilhos ansiosos.

“O álcool não deve jamais ser utilizado quando estamos tristes ou muito felizes. Ele não é um medicamento que controla suas emoções”, ressalta Larissa.

Caso opte pela ingestão de bebidas alcoólicas, a sugestão da psicóloga é controlar a quantidade consumida e, principalmente, não ultrapassar os limites.

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“Quando o cérebro ingere álcool, ele modifica a censura, então facilmente você vai querer mais”, ela explica.

Além disso, beber bastante água – inclusive enquanto estiver bebendo – e se alimentar corretamente antes do consumo pode ajudar a mantê-lo em equilíbrio, uma vez que a desidratação da metabolização do álcool provoca ansiedade e os níveis de açúcar devem estar estáveis para auxiliar no processo de digestão dele.

Red flags para o álcool

“O local e as pessoas na qual você ingere álcool podem ser gatilho, tanto para aumentar o consumo, quanto para o quadro da ansiedade ficar elevado. Portanto, a auto percepção no dia seguinte é fundamental”, alerta Larissa.

“Muitas vezes, tenho pacientes que descobrem locais específicos que são gatilhos para ingerir mais e se arrepender depois das próprias atitudes.”

Outro ponto importante é que se o quadro de ansiedade é intenso e há medicação para tratamento, é preciso confirmar se o álcool não atua neste medicamento, provocando um efeito rebote.

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A psicóloga ressalta que os efeitos sempre serão negativos nessa mistura. Ela lista alguns deles:

1

 

 

Aumenta o risco de depressão e evolui o quadro ansioso,

Por ser um depressor do sistema nervoso central, há sintomas associados a ambos os quadros e, portanto, agrava o sintoma de ansiedade, podendo evoluir para um quadro depressivo.

2

 

 

Interfere no funcionamento do fígado

Pelo fato de metabolizar o álcool para eliminá-lo, ambas as substâncias (remédios para ansiedade e bebidas alcoólicas) são digeridos no fígado, o que pode provocar uma sobrecarga e levar a danos hepáticos.

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3

 

 

Provoca um efeito de sedação

Isso pode aumentar os riscos de acidentes, uma vez que promove impulsividade e seu cérebro entende que não há limites, se tornando um risco.

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