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Após problemas de saúde, ela precisou transformar seus hábitos

Flávia Steinbruch, 32 anos, estava satisfeita: a alimentação ruim e o sedentarismo de longa data pareciam não interferir no seu shape. Só após um exame a arquiteta percebeu que a realidade era outra. Seu índice de gordura corporal estava altíssimo e ela precisou dar o start para uma revolução na rotina

Por Marina Campos
Atualizado em 27 out 2016, 20h08 - Publicado em 1 jun 2016, 15h41

Sabe aquele termo “falsa magra”? É exatamente o que eu era. Comia 1 quilo de açaí por dia e, mesmo assim, conseguia manter um corpo que, de longe, parecia supersaudável. Nem mesmo as crises de taquicardia e os problemas na coluna me fizeram sair do sofá e trocar meu estilo de vida. E olha que o médico insistiu que os exercícios seriam a solução. Eu estava acomodada e meus únicos desconfortos eram os braços e as pernas superflácidos e o meu culote, que tentei anular com uma lipoaspiração.

Queria resultados imediatos e não tinha paciência para esperar. Por diversas vezes, fechei um plano anual de academia, mas só aparecia no primeiro mês. Focava numa rotina equilibrada quando tinha algum evento especial. Cortava por um tempinho alguns itens do cardápio e nada mais. Não deu outra: sem uma reeducação alimentar de verdade e longe de qualquer atividade física, os quilos perdidos com a cirurgia voltaram a aparecer na balança.

Para mim, era difícil mudar, já que o sedentarismo me acompanhava desde pequena – nunca cheguei a fazer aula de balé como as outras crianças. Adulta, os maus hábitos permaneceram: a alimentação cheia de doces e frituras (escolhas herdadas da minha família) e, não raramente, meu almoço eram algumas coxinhas ou uma pizza inteira
(juro!). Abusei, né?

Há dois anos, terminei um namoro longo com um cara que tinha um estilo de vida pior que o meu. Em vez de tirar proveito da separação e mudar minha rotina, optei pelo inverso. Passei a sair muito à noite – e a tomar vários drinques. Na volta da balada, matava a fome com hambúrgueres e batatas fritas. 

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Os 30 chegaram e eu não me sentia realizada em nenhum aspecto. Além do fim do relacionamento, minha vida profissional não me trazia mais felicidade, e comecei a me incomodar com meu corpo. Nunca vou me esquecer de quando uma calça de couro que eu adorava rasgou no meio da rua. Não suportava nem me olhar mais no espelho. Tinha chegado ao fundo do poço. E só assim resolvi mudar.

Minha primeira atitude foi comprar um tênis de ginástica (nunca tinha tido um!). Estava determinada a me tornar uma pessoa saudável. Para isso, procurei uma nutricionista, que mostrou que meu corpo tinha 33% de gordura! Eu precisaria perder 11 quilos e ganhar outros cinco de massa magra. Substituí a farinha branca pela integral, passei a comer mais frutas, cortei a lactose e o glúten e aumentei a salada e os chás. Além disso, finalmente comecei a frequentar a academia quatro vezes por semana – virei fã de corrida e de funcional.

Assim, em seis meses tinha chegado ao meu objetivo: 55 quilos e 20% de gordura corporal. E não pense que abandonei os novos hábitos depois dessa conquista – ela foi a primeira de muitas! Continuo seguindo minha dieta e pratico atividade física com a mesma frequência. Mais do que para me manter saudável, faço isso pelo meu amor-próprio. Eu nunca me amei tanto quanto agora. Minha autoestima subiu para nunca mais baixar! E, de fato, não há nada melhor do que se sentir bem na sua própria pele.

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3 DICAS DE FLÁVIA PARA NÃO SAIR DA DIETA
 

1. O QUE OS OLHOS NÃO VEEM A FOME NÃO SENTE!
“Diminuir os doces do meu cardápio foi o mais difícil da nova dieta. A tática escolhida: parar de comprar. Se você não tem em casa, fica mais fácil resistir.” 

2. EXCEÇÃO NÃO É CRIME
“Tenha equilíbrio. Não adianta querer cortar tudo de uma vez. Mantenha a dieta na maior parte dos dias e, de vez em quando, coma o que tiver vontade!” 

3. DE POUCO EM POUCO 
“Foque em objetivos pequenos e realistas. Você não vai conseguir perder tudo de uma vez. Respeite o limite do seu corpo e comemore cada vitória.” 

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