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Fevereiro Laranja: o que é leucemia e quais os sintomas?

A campanha que ocorre ao longo deste mês tem o objetivo de conscientizar a população sobre a doença

Por Juliany Rodrigues
Atualizado em 9 fev 2023, 16h07 - Publicado em 9 fev 2023, 16h04

Segundo dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer), no Brasil, entre os anos de 2020 e 2022, cerca de 5.920 casos de leucemia foram diagnosticados entre os homens e 4.890 entre as mulheres. Sendo assim, é possível confirmar um total de 5,67 casos novos a cada 100 mil homens e 4,56 casos novos para cada 100 mil mulheres.

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A doença, que pode acometer crianças e adultos em diferentes fases da vida, para os brasileiros, é a 9ª mais comum entre os homens e a 11ª entre as mulheres.

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A campanha Fevereiro Laranja busca conscientizar a população a respeito do assunto, além de alertar sobre os cânceres no sangue e seus sintomas.

Os principais tipos dessa condição são: leucemias, linfomas e mielomas e seus subtipos, e se diferenciam de acordo com ao local onde as células doentes se formam, quais são essas células e como é o desenvolvimento do problema.

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O QUE É A LEUCEMIA?

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Considerada um dos tipos mais comuns de câncer no sangue, a leucemia acomete os glóbulos brancos e geralmente tem origem desconhecida. Ela se forma pelo acúmulo de células doentes na medula óssea, que pode ser chamada de “fábrica” do nosso sangue.

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As células doentes entram na medula e substituem as saudáveis, fazendo com que diferentes variáveis da doença se desenvolvam, sendo as mais comuns a leucemia mieloide aguda (LMA), leucemia mieloide crônica (LMC), leucemia linfocítica aguda (LLA) e leucemia linfocítica crônica (CLL).

Quanto maior a idade, maior é o risco do desenvolvimento das versões crônicas. Já as agudas costumam ser mais comuns em crianças e adolescentes, porém também podem afetar adultos.

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É importante ressaltar que, assim como todos os casos de câncer, quando detectada e medicada em fase inicial, a doença tem grandes chances de cura, especialmente em pacientes jovens.

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SINTOMAS

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Os principais sintomas que os pacientes acometidos pela doença apresentam são: hematomas, sangramentos, fadiga, perda de peso, anemia, palpitação, falta de ar, desconforto abdominal, dores nos ossos e articulações, gânglios linfáticos inchados, suores noturnos, baixa imunidade e diminuição no número de plaquetas.

Em casos nos quais o problema atinge o sistema nervoso central, o indivíduo pode ter dores de cabeça, náuseas, vômitos, visão dupla e desorientação.

Para confirmar o diagnóstico, hemogramas e outras análises laboratoriais, por exemplo, exames de bioquímica e da coagulação, são indicados. Em seguida, o paciente é encaminhado para que um especialista em hematologia consiga determinar a melhor conduta de tratamento.

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“Um simples exame de sangue, quando há indícios de anemia inexplicável, pode exigir uma pesquisa mais aprofundada e levar ao diagnóstico de uma leucemia”, aponta Eduardo Rego, professor titular de hematologia da Faculdade de Medicina da USP e coordenador de hematologia da Rede D’Or.

TRATAMENTO

O Dr. Eduardo conta que a evolução terapêutica para cânceres no sangue tem o objetivo de aumentar a sobrevida do paciente, garantindo sua qualidade de vida.

“Diante do diagnóstico dessa doença, o médico e o paciente devem discutir sobre as possibilidades de tratamento, considerando perfil, estilo de vida e estágio da doença para juntos decidirem qual a abordagem mais adequada.”, detalha o médico.

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O tratamento da leucemia pode envolver quimioterapia, imunoterapia, transplante de medula óssea, e as terapias-alvo. Além disso, também há outra técnica que pode fazer parte do protocolo à cura do paciente: TBI – Total Body Irradiation (irradiação total de corpo).

“O procedimento faz uma irradiação por completo no paciente, de forma segura e controlada, com muito rigor técnico e protocolos específicos, preparando o paciente para passar pelo transplante”, explica o Dr. Gustavo Henrique Smaniotto, radio-oncologista do Radion.

Para que aconteça a irradiação, é preciso da indicação do hematologista ou oncologista. O procedimento visa a criação de um ambiente específico dentro do corpo do paciente, facilitando o sucesso do transplante de medula e contribuindo para reduzir as chances de rejeição pelo corpo do indivíduo.

COMO SER UM DOADOR DE MEDULA ÓSSEA?

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Segundo o Prof. Dr. Adriano Aparecido Bezerra Chaves, do curso de graduação em Enfermagem e de pós-graduação da Universidade Cidade de São Paulo, a medula óssea é um tecido localizado na parte mais interna dos ossos longos, por exemplo o fêmur e os achatados, e é responsável pela produção das células do sangue a partir da célula tronco hematogênica.. 

Para ser doador de medula óssea, é preciso ter entre 18 e 35 anos e estar com um bom estado de saúde, ou seja, livre de doenças infecciosas, incapacitantes, neoplásicas, hematológicas ou imunológicas.

Além disso, é necessário fazer um cadastro e uma coleta de sangue para que ocorra uma análise das características genéticas e celulares do indivíduo. Para os interessados, o ideal é procurar por um hemocentro em qualquer cidade brasileira.

O professor enfatiza que ser um doador de medula é um ato voluntário de humanidade. “Essa ação traz um sentimento de solidariedade e de ajuda a quem mais precisa”, afirma.

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