Metabolismo lento: a culpa pode estar no seu ritmo de vida
Programar melhor o horário das refeições e dormir cedo. Medidas recomendadas pela ciência para você dar um boost no seu metabolismo – e driblar a balança.
Se você nunca levou a sério o antigo ditado de “comer como uma rainha no café da manhã, almoçar como uma princesa e jantar como uma plebeia”, cuidado: o ritmo do seu metabolismo pode estar sendo prejudicado. Dormir cedo – por volta das 22 horas (23, no máximo) –, é outro conselho da sua avó (ou bisavó) cada vez mais recomendado pela ciência. Experimente seguir esse ritmo por pelo menos duas semanas: sua energia vai ser outra e, dificilmente, você vai querer voltar atrás.
A mudança na balança também não demora a aparecer. Isso porque seu peso não depende apenas do quanto você come mas também de quando come, segundo um estudo recente da Universidade Loma Linda, na Califórnia (EUA), baseado em uma análise dos hábitos alimentares de 50 mil adultos durante sete anos. Então, na hora do jantar, lembre-se de não exagerar nas garfadas.
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Deixe para caprichar no café da manhã, quando o metabolismo tende a funcionar melhor – provavelmente porque o organismo está mais descansado e menos sobrecarregado, segundo a médica Hana Kahleova, autora principal do estudo americano.
Jejum intermitente
Você já tentou de tudo e não consegue emagrecer? Empurre o dejejum para um pouco mais tarde. Os cientistas notaram: os voluntários que faziam jejum de 18 horas à noite – entre o jantar e a primeira refeição do dia seguinte –, apresentavam menos sobrepeso. O método garante que as calorias ingeridas se correlacionem com as calorias gastas, o que evita que elas sejam acumuladas como reservas – ou células ampliadas de gordura. E, ao contrário do que muita gente pensa, o jejum noturno prolongado parece impulsionar o metabolismo.
Se estiver disposta a testar o método (faça isso apenas se realmente precisar emagrecer), você não precisa nem deve pegar tão pesado. Doze horas de jejum noturno já trazem resultados positivos. Você janta, dorme por cerca de oito horas e, depois, fica mais quatro sem se alimentar no período da manhã. “É o formato mais fácil de encaixar na rotina das pessoas”, explica o cardiologista pós-graduado em nutrologia e presidente da Associação Brasileira de Medicina do Estilo de Vida, Fábio dos Santos, de São Paulo.
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Você sempre acorda faminta? Então o médico sugere apenas dez horas de jejum. “O resultado não é o mesmo, mas já traz benefícios.” E não são todos os dias: repetir o jejum intermitente de duas a três vezes por semana já é suficiente. Para finalizar, os pesquisadores do estudo americano sugerem combinar ao novo ritmo de vida uma alimentação que priorize frutas e verduras, além da prática diária de exercício: combo completo contra o peso extra e o metabolismo lento.