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Personal responde: quanta dor é normal sentir após o treino?

Incômodo depois da musculação é comum até certo ponto.

Por Amanda Panteri
Atualizado em 21 out 2024, 17h29 - Publicado em 8 mar 2019, 16h52
Estudo associa treinos de torça à melhora dos sintomas da depressão
 (trumzz/Shutterstock)
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Pode ser o aumento da carga, uma série nova ou até mesmo a primeira vez em que você pisa na academia: o desconforto muscular, uma hora ou outra, vai aparecer. E não há nada de errado nisso, é preciso apenas prestar atenção intensidade dele. “Nas primeiras semanas de um estímulo novo, a dor aparece depois de quase todas as sessões. Contudo, ela não pode ser muito forte a ponto de impedir a realização de tarefas diárias, como abaixar e descer as escadas”, explica o educador físico Pedro Gorgulho, diretor técnico da rede de academias Biofisic.

Toda vez que malhamos, os músculos se contraem, relaxam e aumentam de temperatura, gerando um certo estresse em suas fibras — ou microlesões, falando em um linguajar mais técnico. Mas calma! Apesar do nome ruim, essas microlesões são importantes para a hipertrofia. Ao recuperar-se delas, o organismo inicia um pequeno processo inflamatório e envia nutrientes e outras substâncias ao local, que regeneram o músculo e o deixam ligeiramente maior. Tudo bem que a um custo um pouquinho desagradável, não é?

E mesmo aquela que encara a sessão de suor há anos não está livre. O aumento dos pesos, mudança nos exercícios ou mesmo na maneira como eles são realizados são considerados estímulos novos que podem gerar a dor — que surge a partir de três ou quatro horas depois da atividade, atinge seu máximo em 24 horas e dura até 72 horas.

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Mas o que fazer?

É importante intercalar os treinos e trabalhar apenas uma região por vez. “Fica insustentável manter a prática repetidamente, uma vez que o corpo entra no mecanismo de overtraining (quando não há tempo de recuperação do músculo antes de outra sessão). Com uma alimentação pobre em calorias e poucas horas de sono por noite, o quadro pode evoluir para lesões mais graves”, afirma o educador. Por isso, respeite o plano semanal montado por seu personal (um dia para as pernas e outro para os membros superiores, por exemplo).

Se o incômodo for leve, vale uma massagem para ativar a circulação sanguínea e acelerar o processo de regeneração (atividades pós-treino como bike e caminhada leves também servem), além de comer bem e dormir o suficiente. O que Pedro não indica são os remédios e relaxantes. “A função da dor é sinalizar que o corpo precisa de um descanso. O analgésico mascara o objetivo e leva a pessoa a ignorar o sinal, repetindo os exercícios do mesmo membro no dia seguinte”.

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