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Benefícios do treino para pacientes com câncer de mama

Estudo apontou que os benefícios do treino para pacientes com câncer de mama se sobrepõem aos possíveis riscos. Confira!

Por Ana Paula Ferreira
20 out 2023, 10h00

Um estudo publicado no Journal of Cancer Survivorship concluiu que os benefícios do treino para pacientes com câncer de mama ou mulheres que já enfrentaram a doença superam os riscos aos quais elas são expostas.

Liderada por pesquisadores da University of Missouri, nos Estados Unidos, a pesquisa apontou, ainda, que a atividade física regular é capaz de até diminuir a chance de recorrência do câncer.

Não à toa, a prática de exercícios físicos é fundamental para a qualidade de vida das mulheres, seja na prevenção ou reabilitação do câncer de mama, segundo o personal trainer e especialista em musculação, Caio Signoretti.

Benefícios do treino para pacientes com câncer de mama

De acordo com o profissional, a musculação é capaz de ajudar a prevenir ou minimizar a perda de massa muscular e massa óssea de pacientes com câncer de mama, reduzindo o risco de atrofia. Além disso, o fortalecimento muscular é importantíssimo para quem está passando pelo tratamento da doença ou até para quem já passou por ele.

“Quem faz tratamento hormonal tende a ter essa perda e o treinamento de força vai fazer com que a pessoa mantenha essa densidade óssea e massa muscular inalterados”, aponta Signoretti.

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Segundo ele, os treinos também contribuem para se ter autonomia durante todo tratamento, e ajudam a melhorar as dores e desconfortos. Outros benefícios são:

  • Controle corporal do peso.
  • Redução do risco de recorrência da doença.
  • Qualidade de vida por conta da liberação dos hormônios do bem-estar, como a endorfina.
  • Redução de risco de linfedema: em casos específicos com exercício físico, a mulher consegue reduzir o risco do edema que pode ocorrer após algumas cirurgias de câncer de mamas.

Há contraindicações?

O personal trainer afirma que, apesar de não haver contraindicação, é preciso sempre respeitar o próprio limite e o período de tratamento.

“Por exemplo: se a mulher estiver muito fragilizada, pode e deve fazer o exercício em uma intensidade menor. Da mesma forma que se estiver se sentindo bem, pode aumentar a intensidade também”, ele explica.

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É importante ressaltar, contudo, que o sedentarismo aumenta em 104% o risco para a evolução e desenvolvimento da doença.

“Não há uma causa única para o câncer de mama. Diversos fatores estão relacionados ao desenvolvimento entre as mulheres, como por exemplo, o excesso de peso e a atividade física insuficiente (menos de 150 minutos por semana). Por isso, é tão importante a prática de exercício físico regulamente”, garante Signoretti.

“O ideal é que as mulheres comecem a se exercitar o quanto antes. É claro que a paciente deve respeitar sempre seu limite, mas o importante é começar. Não importa a intensidade, esse start no fortalecimento é de suma importância para que se tenha um maior bem-estar durante o tratamento, além de aumentar muito as chances de uma recuperação mais rápida”, finaliza o profissional.

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