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Mel ou açúcar mascavo? Qual a melhor opção para adoçar os alimentos?

A resposta pode surpreender você

Por Amanda Panteri
Atualizado em 21 out 2024, 17h28 - Publicado em 2 dez 2019, 15h11
Mel ou açúcar mascavo
 (Metkalova/Thinkstock/Getty Images)
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Se existisse uma batalha dos alimentos, com certeza essa disputa seria uma das mais assistidas. No que diz respeito ao sabor, os dois empatam: o açúcar mascavo ou o mel são ótimos para deixar todas as receitas que fazemos mais docinhas. Contudo, qual é o ingrediente vencedor na questão saudabilidade? 

Segundo a nutricionista Edvânia Soares, da Estima Nutrição, é preciso entender que a moderação deve vir antes de tudo. “O ideal é que as pessoas consumam, no máximo, uma colher de chá por dia, não importa de qual deles. Isso porque os dois têm altas cargas glicêmicas e quase a mesma quantidade de calorias”, ela explica. Sem contar que eles são contraindicados para os diabéticos e bebês de até dois anos. “Principalmente o mel, que contém a bactéria produtora da toxina botulínica, podendo causar paralisia nos pequenos”, alerta. 

Qual o mais saudável: açúcar mascavo ou mel?

Mesmo assim, eles possuem diferenças. Veja abaixo quais são e descubra a melhor alternativa para você: 

Açúcar mascavo 

Sim, ele tem as mesmas origens do açúcar refinado, mas não é tão processado quanto. “Ambos vêm da cana ou melaço, só que um é mais refinado do que o outro. Por isso, perde a cor amarronzada e fica mais branquinho”, Edvânia afirma. 

São tantas as fases para a fabricação do açúcar refinado que ele se transforma em diversos produtos antes de ficar com o aspecto que a gente conhece. Primeiro, a cana vira melaço; depois, açúcar mascavo; depois, demerara; depois, cristal; e, somente por fim, resulta no refinado. 

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E não é só a cor que é perdida em todas essas etapas não, viu? “No processo, o açúcar perde vitaminas e minerais, diminui sua quantidade de bactérias boas e aumenta as ruins, afetando o nosso sistema digestivo. Por isso, o açúcar mascavo é o melhor em comparação com os demais”, diz a nutricionista.

Ele ainda contém magnésio, cálcio, fósforo e potássio, mas em quantidades bem pequenas – nada de achar que pode exagerar na dose, viu? Além disso, tem menor tendência em aumentar repentinamente os níveis de açúcar no sangue do que o refinado. E seu sabor mais encorpado pode até não agradar muitos humanos, mas as bactérias probióticas amam (não é à toa que muita gente o utiliza para alimentar o kefir). 

Mel 

Já o mel é conhecido e utilizado há muito tempo pelas civilizações ocidentais. Ele sempre fez parte de receitas para cura de doenças respiratórias e digestivas. E com razão. “Por ter um pH mais baixo, possui efeitos anti-inflamatório e cicatrizante. Ideal para gripes e resfriados, asmas, acne e problemas no intestino”, explica Edvânia. 

De acordo com a nutricionista, ele também possui algumas vitaminas e minerais, e é um ótimo acompanhamento para iogurtes e aveias. “O mel é um bom pré-treino. Mas, novamente, é preciso ter cautela com o consumo exagerado”, finaliza. 

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