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Páscoa: chocolate branco e ao leite pioram problemas vasculares

Entenda como as diferentes versões do doce agem na saúde do nosso corpo

Por Juliany Rodrigues
Atualizado em 21 out 2024, 16h45 - Publicado em 6 abr 2023, 14h22
Consumo de chocolate ao leite e branco na Páscoa
 (Enotovyj/Pixabay/Reprodução)
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Com a chegada da Páscoa, muitas pessoas se esforçam para passar pela data sem comer ao menos um chocolate, a fim de prevenir problemas de saúde ou de não ter prejuízos na jornada de emagrecimento. Entretanto, vale mencionar que é possível aproveitar todas as delícias dessa época do ano sem essa privação. O melhor caminho para isso é fazer boas escolhas.

“O chocolate pode, sim, ser uma boa opção desde que você saiba consumir no tipo certo, com a concentração ideal de cacau e na porção diária correta”, afirma a cirurgiã vascular Dra. Aline Lamaita, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.

De acordo com a especialista, os chocolates podem contar com vários componentes que, inclusive, são benéficos à saúde, como cacau e oleaginosas, que são fontes de vitaminas e minerais.

“A concentração de cada um desses ingredientes é o que vai determinar o benefício ou malefício para o consumo”, ressalta. A seguir, você entende quais são as características de cada um dos tipos de chocolate e como eles agem no nosso organismo.

CHOCOLATE AO LEITE

Feita com uma combinação de chocolate, leite e açúcar, essa versão do doce, por não conter uma quantidade significativa de cacau e por ser rica em gordura, não é a melhor opção para quem está preocupado com a saúde. A médica ressalta que o açúcar é um dos principais fatores ligados à obesidade e à diabetes mellitus, e que a gordura favorece o aumento do colesterol e o processo de aterosclerose.

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“Estudos mais recentes vêm apontando o carboidrato, o açúcar, como grande vilão também para o aumento de colesterol. Com o diabetes, podemos desenvolver problemas arteriais, causar um espessamento e acúmulo de placas de gordura dentro da parede das artérias, o que pode causar seu entupimento. Dependendo de qual lugar do corpo isso acontece (de qual artéria foi afetada), você pode manifestar um infarto, um derrame ou com aquele problema de claudicação – que é quando você vai caminhar e tem dificuldade de andar porque falta sangue nas pernas”, afirma.

AMARGO

Quando o chocolate possui, no mínimo, 70% de cacau, ele já passa a entregar uma ação anti-inflamatória e um efeito antioxidante, contribuindo para a melhora da função vascular, da disposição e do funcionamento cerebral.

“Ele atua contra os danos no DNA celular, tem ação vasodilatadora e previne a formação de placa de gordura dentro das artérias”, explica a médica. “Por conta dos flavonoides presentes no cacau – e sua ação antioxidante com benefícios comprovados para a circulação, há a redução dos riscos de doenças vasculares, redução do mau colesterol (LDL) e aumento discreto do bom (HDL), além da diminuição do risco de doenças vasculares e melhora no envelhecimento da pele”, afirma.

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Mesmo que essa versão ofereça todos esses benefícios, é preciso ter cautela ao consumi-la: a porção diária recomendada é de 30g.

MEIO AMARGO

Com concentração de cacau acima de 40%, ainda que esse chocolate tenha mais açúcar do que a versão amarga, ele também tem poder antioxidante. Por esse motivo, é uma opção interessante e mais saborosa para quem não gosta do chocolate amargo, segundo a Dra. Aline.

“As versões com avelã, nozes ou castanhas fornecem vitaminas e minerais importantes, que têm ação antioxidante e melhoram a circulação sanguínea“, acrescenta ela.

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O seu consumo diário também não deve ultrapassar as 30g.

BRANCO

Esse chocolate é mais calórico e rico em gorduras, o que favorece a inflamação do corpo. Isso porque é produzido com manteiga de cacau, uma gordura obtida das sementes do fruto. Inclusive, alguns produtos dessa versão nem sequer têm algum resquício de cacau na composição.

“Esses são produzidos apenas com óleos vegetais hidrogenados, cujo consumo resulta no aumento dos níveis do mau colesterol (LDL) e na redução do bom colesterol (HDL). Por isso, mesmo se você optar por esse tipo de ovo de páscoa, vale a pena dar uma olhada no rótulo”, esclarece.

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DIET

Os chocolates Diets não são isentos de ricos, uma vez que têm uma quantidade elevada de gordura.

COM OLEAGINOSAS

Embora adicionem mais calorias ao chocolate, as castanhas, nozes, avelã, o amendoim e outras oleaginosas são alimentos fontes de ômega 3, um tipo de gordura saudável que auxilia o organismo nas funções circulatórias, reduz o colesterol ruim e aumenta o bom.

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“No caso dos ovos com esses componentes, tudo vai depender do tipo de chocolate, mas com certeza as oleaginosas podem ‘enriquecer’ o benefício nutricional do ovo de páscoa”, conclui a médica.

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