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Saúde neurológica: como a atividade física pode contribuir

A prática regular de exercícios ajuda desde a prevenção de doenças até o alívio de sintomas. Veja mais benefícios para a saúde neurológica

Por Ana Paula Ferreira
Atualizado em 21 out 2024, 16h38 - Publicado em 31 ago 2023, 10h00
Treinos podem beneficiar a saúde neurológica
Treinos podem beneficiar a saúde neurológica (Cookie_studio/Freepik)
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As doenças relacionadas à saúde neurológica impactam diretamente na vida das pessoas, afetando diversas funções cognitivas e motoras.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), esse tipo de problema, como é o caso de Alzheimer, Parkinson, Esclerose Múltipla, Epilepsia, entre outras, é responsável pela morte de cerca de seis milhões de indivíduos anualmente. Além disso, crises de enxaqueca, depressão e até mesmo ansiedade entram na lista de malefícios que afetam a população em geral.

Antônio Araújo, médico neurocirurgião da Clínica Araújo & Fazzito e do Corpo Clínico do Hospital Sírio-Libanês, explica que o hábito de se exercitar contribui diretamente para a saúde, inclusive na prevenção e tratamento de doenças neurológicas.

“A atividade física é benéfica para a função cognitiva, equilíbrio, força, o que ajuda tanto na prevenção de doenças neurológicas como no alívio de sintomas”, explica o especialista, que ressalta também a importância de procurar um profissional.

“Os exercícios ajudam e são importantes, mas não substituem o tratamento ou a orientação de um médico”, completa.

Pensando nisso, Araújo listou motivos para deixar o sedentarismo de lado, levando também em consideração a saúde neurológica.

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Benefícios das atividades físicas para a saúde neurológica

1

Melhoria da função cognitiva

Ao realizar atividades físicas regulares, o hormônio irisina é liberado em nosso corpo. Entre diversos benefícios, ele auxilia na memória.

“Estamos falando de um hormônio que melhora o funcionamento dos neurônios e reduz o esquecimento, ou seja, importante para demências como o Alzheimer”, comenta o neurocirurgião.

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2

Manutenção da mobilidade

A prática de exercícios de baixo impacto é muito recomendada para pacientes com Parkinson. De acordo com o médico, eles ajudam na produção de dopamina, neurotransmissor que atua de diferentes formas no sistema nervoso, estando relacionada, por exemplo, com o humor e o prazer.

“Este hormônio atua no sistema nervoso central para facilitação do movimento, do equilíbrio e da destreza, além de ser importante para o circuito de emoções do cérebro”, comenta ele.

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3

Melhora da força e equilíbrio

Como já se sabe, determinados exercícios ajudam na força e no equilíbrio, entre eles, musculação, caminhada e corrida. Esse tipo de prática pode ser muito benéfica para pacientes com esclerose múltipla.

“O hábito pode auxiliar na diminuição da fadiga, pois é associado a um treino aeróbico, podendo melhorar na força e equilíbrio dos pacientes”, explica. “Vale lembrar que trata-se de uma doença que não tem cura, assim como muitas outras, mas a prática de exercícios contribui para uma melhor qualidade de vida e até mesmo o retardo da condição”, complementa.

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4

Redução de crises epiléticas

Os pacientes que sofrem com epilepsia podem obter uma melhora significativa nas crises ao realizar exercícios físicos diariamente. “O aumento dos níveis de noradrenalina e endorfina auxiliam como protetores do sistema neurológico, ajudando na diminuição de episódios epiléticos.”

5

Efeito anti-inflamatório e analgésicos naturais

Casos de enxaquecas, depressão e ansiedade podem ser amenizados com exercícios físicos.

“A liberação de endorfina e serotonina é a principal aposta para auxiliar nas fortes dores de cabeça, pois os hormônios atuam como analgésicos naturais. O cortisol – hormônio do estresse – pode ser reduzido através da prática saudável, gerando um efeito anti-inflamatório para o tratamento das doenças”, finaliza o profissional.

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É importante lembrar que todas as atividades físicas devem ser indicadas e realizadas com acompanhamento de profissionais, como médico e educador físico.

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