Sinais não óbvios de que você pode estar deprimida
Os indícios podem vir em forma de episódios de pavio curto à alteração no seu padrão de sono
1. Hobbies sem graça
Isso acontece porque o prazer em realizá-los diminui ou até desaparece. “Quando estamos em depressão, nosso sistema de recompensa sofre um colapso”, explica Luiz Scocca, psiquiatra da Associação Brasileira de Psiquiatria. Com a produção de certas substâncias descompensadas, como a dopamina, o cérebro não reconhece mais a diversão em atividades que antes você achava pra lá de agradável.
2. Irritabilidade
Perder a cabeça com mais frequência indica uma cronicidade da doença: um estudo publicado no periódico científico JAMA Psychiatry observou que mais de 50% das pessoas que sofrem com depressão há muitos anos apresentam um alto nível de irritabilidade e raiva. “Isso porque, durante a depressão, a sensibilidade a estímulos externos e internos aumenta, fazendo com que seja mais difícil lidar e processar esse tipo de sentimento”, diz Luiz.
3. Alterações do sono
Dormir muito mais ou muito menos do que você estava acostumada não é um bom sinal. “Acordar cedo demais com frequência, por volta das quatro ou cinco da manhã, e não conseguir voltar a dormir também pode ser indício do problema”, alerta Luiz. Isso acontece porque o cérebro libera uma série de substâncias que inibem o relaxamento, fazendo com que seja mais difícil pegar no sono.
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4. Celular: seu novo melhor amigo
O excesso de tempo online é sinônimo de busca de escapismo para os sentimentos depressivos. Cada like nas redes sociais serve como uma distração para o que está realmente acontecendo dentro de você mesma. O problema é que esses micromomentos de felicidade que uma foto supercomentada traz acabam mascarando a depressão – tanto para você quanto para os outros.
5. Vocabulário específico
Um estudo recente publicado no Clinical Psychological Science analisou 64 diferentes fóruns online de saúde mental, examinando mais de 6 400 membros para descobrir os termos mais comuns usados por quem tem depressão. As palavras absolutas (que transmitem magnitudes ou probabilidades totais, como “sempre”, “nada” ou “completamente”) foram selecionadas pelos pesquisadores como as melhores para distinguir o público sofrendo do transtorno, até mesmo mais importantes do que as que expressam negatividade, como “solidão” ou “tristeza“. Por isso, fique atenta ao seu vocabulário – ele pode dar sinais de que seu emocional precisa de ajuda.