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Ana Hickmann sobre corpo aos 37 anos: “Mais músculos, disposição e fôlego”

A apresentadora fala sobre a relação com seu corpo, pontos fracos na dieta e como superou traumas

Por Aline Salcedo (colaboradora)
Atualizado em 9 jul 2018, 17h50 - Publicado em 9 jul 2018, 11h18

Capa da edição de junho de BOA FORMA, Ana Hickmann conta como a relação com seu corpo mudou desde que deixou de ser modelo – ela passou a se preocupar mais com a saúde, a alimentação daqueles que estão à sua volta e seu bem-estar. A seguir, confira a entrevista:

Como você se vê quando se olha
 no espelho hoje?

Aos 37 anos, estou na minha melhor forma. Sei que é clichê, mas gosto mais do meu corpo hoje, com 68 quilos, do que daquele de dez anos atrás – tenho mais massa magra, mais disposição e um fôlego três vezes maior. Consigo me arriscar em esportes diferentes.

A maturidade mudou sua autoimagem?

Sinceramente, nem penso nisso. É natural o corpo ter um comportamento diferente e gerar outro resultado. Primeiro, foco na minha disposição 
e na minha saúde. E sei que a consequência vai ser um shape bonito.

O que você faz de diferente?

Não sou rata de academia – até porque nem tenho tempo para isso. Quando eu era modelo, fazia muito aeróbico. Agora, aposto também na musculação. Se não tiver esse fortalecimento, ferrou: tudo cai junto com a gravidade. Mas não há a pretensão de ficar trincada. Se hoje estou com uma barriga legal, é por causa da boa alimentação e do meu treino de funcional fight, que trabalha o core.

Além da luta, o que você curte?

Sempre gostei de mergulhar de cilindro. Mas descobri o windsurfe numa viagem recente a Jericoacoara, no Ceará. Eu, como iniciante, no primeiro dia de aula, tomei muito capote, mas no segundo já conseguia ficar de pé e navegar. É muito divertido e até criança consegue praticar, com segurança, claro.

Você pretende ter um segundo filho. Mudaria algo para não ganhar tanto peso na próxima gestação (foram 30 quilos na época)?

Passei uma vida toda sendo tão regrada com o corpo que, quando fiquei grávida, cinco anos atrás, eu pensava: “Que se lasquem a dieta e as calorias”. Ok, não sou um exemplo por esse lado. Eu me permiti demais. Mas, mesmo com os quilos extras e os buraquinhos nas minhas coxas, me sentia linda! E ainda me acho quando vejo as fotos.

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Algo a incomoda no seu corpo?

Flacidez, muito. Por causa disso, tomo suplemento de colágeno. E celulite, que é uma coisa que toda mulher 
tem, fazer o quê? Quando cuido da alimentação e não estou no período menstrual, de retenção de líquidos, as ondulações até aparecem menos.

O que faz você sair da dieta?

Ana Hickmann
(Karine Basilio/BOA FORMA)

Não sou muito chegada em doce, sou mais de salgado. Mas sou apaixonada por vinho, e fim de semana, pra mim, é sinônimo de churrasco. Acabei de voltar de uma viagem em que chutei o pau da barraca em um restaurante de carne. Mas é uma vez em nunca que faço isso, em geral tenho controle das quantidades que consumo.

Você passa esse cuidado com a alimentação para seu filho?

Quando o pediatra o liberou para descobrir novos sabores, ofereci tudo que era saudável. Ele só experimentou chocolate com 1 ano porque viu os amigos comendo – e amou, claro! Hoje, aos 4, adora um doce. De segunda a sexta-feira, não pode, mas sábado e domingo está liberado, depois do almoço e do jantar, e se comer tudo o que estiver no prato. Existem regras. Como a gente segue uma alimentação saudável em casa, ele vê bons exemplos. Há uma horta em casa, então ele colhe comigo o que come, como brócolis, couve-flor, e frutas – larga tudo por kiwi!

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O esporte também está na família?

Tento levar todo mundo, inclusive meu filho, para praticar. Ele diz que gosta de “fazer aventuras com a mamãe”,
 é meu parceirão! Na minha família, todo mundo curte atividade física, seja para passar o tempo, seja para queimar energia. A gente está sempre se movimentando: é bike, basquete, frescobol… Até de goleira já joguei.

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Como lidou com o stress após o incidente com seu fã, em 2016?

É mais forte que stress. De tempos em tempos, faço análise. Achava que psiquiatra era coisa de gente louca e aprendi que não. Sou uma pessoa que gosta de ter controle de tudo o que faz, mas ali há um detalhe na minha vida que deixou uma marca muito grande e nunca vai sarar.

Graças a Deus, justiça foi feita [o cunhado, Gustavo Corrêa, 
que matou o agressor, foi absolvido por ter agido em legítima defesa], mas vira
 e mexe algumas coisas voltam. Tenho que aprender a conviver com isso.

Se fosse dar uma dica a uma mulher que passou por algum trauma, além da terapia, claro, é procurar um esporte. Algo que a tire da zona de conforto
e a faça sentir uma adrenalina boa.
 Eu encontrei isso na luta.

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