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Thelma Assis: de “Olivia Palito” a rainha do samba

Campeã do "BBB 20", Thelminha provou que tinha muito mais a mostrar e hoje se divide entre as grandes paixões: o samba e a medicina.

Por Ana Paula Ferreira
Atualizado em 6 fev 2024, 12h54 - Publicado em 5 fev 2024, 10h00

Mesmo depois de passar mais de três meses sendo assistida em um dos reality shows mais famosos do Brasil em 2020 – e ganhar o prêmio milionário do programa –, Thelma Assis provou nos últimos três anos que ainda tinha muito mais para mostrar. 

Thelminha, como ficou conhecida no decorrer do “BBB 20”, é médica anestesiologista, bailarina, influencer digital, apresentadora de TV, ativista social e musa de Carnaval – função, esta, que faz parte de um dos grandes pilares de sua vida: o samba.

A médica já tem 19 anos de Carnaval e de passarela em São Paulo, além de alguns anos de avenida também do Rio de Janeiro – este ano, será destaque em uma grande escola de samba na capital paulista. E, apesar de ser veterana na avenida, o frio na barriga segue o mesmo. 

“O dia que não tiver o frio na barriga, eu posso me aposentar […] Sempre que a gente vai se expor a algo muito especial dá aquele friozinho gostoso na barriga, aquelas borboletas no estômago. E é assim que dá vontade de voltar no ano seguinte”, afirma a famosa. 

Em entrevista à Boa Forma de fevereiro, no especial de Carnaval, Thelma conta detalhes sobre sua preparação para a folia, a nova fase profissional e a vida pós-fama. Confira a seguir!

Respirando samba e Carnaval

Qual é a sua relação com o samba?

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A minha conexão com o samba começou na infância. Costumo dizer que me considero uma sambista e que o samba é a minha melhor terapia. Nos momentos da minha vida em que eu estou mal, vou para o samba para me renovar, e nos momentos em que estou bem, vou para o samba para comemorar. Então, o samba é um dos grandes pilares da minha vida. 

Você está à frente de um evento de roda de samba. Como é esse projeto?

Estou virando uma empreendedora do samba. Não falam que a gente tem que trabalhar com o que a gente ama? Eu amo samba. A gente fez um projeto chamado “Samba Dela”, que é uma roda de samba com um encontro de sambistas. A ideia é sempre trazer vários sambistas para nos reunirmos. Fazemos um line up imenso, de oito horas de duração, e as pessoas têm gostado muito! Fizemos duas edições e já estamos começando a pensar nas próximas. Ele está acontecendo em São Paulo, mas a ideia é ser itinerante, rodar para outros lugares do Brasil. 

Thelma Assis para Boa Forma
Look: @apartamento03 (Foto: Denis Cordeiro/BOA FORMA)

Para o Carnaval de 2024, o que podemos esperar de você? 

Esse ano eu sigo como destaque de chão da Mocidade Alegre, que é a atual campeã do carnaval de São Paulo e que vai contar uma história que envolve muita brasilidade. E não satisfeita com essa grande escola, ainda vou ser diva – um título novo que me deram! – do bloco Acadêmicos do Baixo Augusta, que é um dos maiores blocos de rua de São Paulo e musa no camarote Brahma, que é o maior camarote do Anhembi. 

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Serão vários compromissos para conseguir conciliar, mas quando se trata de Carnaval, fisicamente eu me canso, mas emocionalmente eu me recupero, me renovo. Então tá tudo certo, é um equilíbrio bom!

Corpo saudável em foco

Como você faz sua preparação física para esse período? 

Sempre tento fazer alguma atividade aeróbica e intensificar no período que antecede os desfiles. Por mais que a gente esteja tentando cada vez mais fazer fantasia com elementos mais leves, no dia do desfile, a roupa acaba pesando. Às vezes, ela é um pouco mais quente, ou tem um chapéu, o costeiro, um sapato que nunca é 100% confortável… Então o corpo tem que estar resistente para isso tudo. Eu gosto de fazer aeróbico já na aula de samba, porque aí já ‘mata’ os dois. Musculação eu faço praticamente o ano todo, mas quando chega perto do Carnaval, também dou uma intensificada. 

É algo que faço por saúde. Meu maior hobby realmente é dançar, então gosto de uma aula de dança… Agora, musculação, eu faço por saúde mesmo, porque sei que é a forma mais adequada de conseguir massa magra e resistência. Faz bem até para os ossos, para tudo. Então vou pela saúde mesmo.

O Carnaval é uma temporada que tem muito corpo à mostra. Como é sua relação com seu corpo hoje?

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Hoje, tenho uma ótima relação. Já tive experiências em minha vida que me forçaram a valorizar o meu corpo do jeito que ele é, então quando eu falo que eu gosto dele, não é da boca para fora. Eu sou muito a favor desse movimento do corpo real – apesar de saber que meu corpo ainda é dentro dos padrões, então parece fácil dizer. 

Mas, às vezes, fico com uma barriguinha a mais porque estou inchada ou, então, porque acabei furando um pouco mais a dieta naquele mês, e isso não é algo que me faz ficar neurótica, porque já tive experiências dolorosas por querer me render a questões estéticas e acabar me machucando tanto física quanto o emocionalmente. Então, hoje, eu realmente me aceito do jeito que eu sou.

Você fez um procedimento antes do “BBB” que te fez passar por momentos bem difíceis em relação à saúde. Como foi que tudo aconteceu e por que você decidiu fazer esse procedimento?

Eu acho que o importante é a gente se olhar no espelho e se sentir bem, mas eu só consegui ter essa consciência depois que atingi uma certa maturidade. Porém, antes de entrar no “BBB”, eu queria estar com o corpo “definidaço” e aí acabei buscando ajuda profissional, que me orientou a aplicar proteínas injetáveis. Não era “bomba”, era proteína injetável. Acabou que, na correria do dia a dia, meu corpo não reabsorveu essa proteína da forma certa e ela encapsulou no meu glúteo. 

Aí dentro do “BBB” fiquei com essa cápsula do tamanho de um limão em cada glúteo, que virou um abscesso. Fiquei muito doente, mas recebi todo o suporte do médico da equipe. Foi um momento difícil, mas ao mesmo tempo foi aquela história de que muitas vezes a gente só aprende na dor. 

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O meu maior sonho daquele momento que era estar dentro do “BBB” e eu quase coloquei esse sonho à prova de uma pressão estética. Então foi daí que eu tirei uma força para não deixar a peteca cair e seguir todas as orientações que o médico me passava. Tomei antibiótico e levei 15 a 20 dias para me recuperar. E aí veio uma força, como uma fênix, que até uma prova de resistência para ficar 26 horas em pé, eu fiz pós-abscesso. Mas foi um grande aprendizado, porque naquele momento não importava se a bunda estava dura, mole, grande ou pequena, eu só queria que o meu corpo estivesse bem para poder passar pelo reality.

Look: @joaomaraschin @carlospenna.design
Look: @joaomaraschin @carlospenna.design (Foto: Denis Cordeiro/BOA FORMA)

Você acha que essa situação foi uma virada de chave na sua relação com seu corpo?

Com certeza foi uma virada de chave, porque eu sempre me achava “Olívia Palito”. Quando você frequenta o Carnaval por muito tempo, entende a hipersexualização do corpo da mulher. E aí parece que as mulheres que tinham cargos dentro das escolas eram só essas [com mais curvas]. Acho que isso também me levou para esse lugar de pensar mais no corpo. Leva um tempo para entender, mas hoje eu entendo o papel da musa, da rainha, como a presença de uma mulher empoderada naquele espaço que muitas vezes foi machista. É o espaço para ela poder mostrar que pode ser tudo o que quiser, que não é só um corpo e que tem todo o direito de curtir o Carnaval da melhor forma, com a roupa que quiser, e as pessoas têm que respeitar.

Representatividade e militância necessárias

Você sofria preconceito antes da fama? Isso mudou depois de conquistar mais visibilidade?

O racismo me atravessou em vários momentos da minha vida, desde a infância. Só que na infância, são episódios que muitas vezes a gente nem identifica como racismo, só vai entender depois que viveu. E, ainda assim, é muito doloroso, porque você sofre duas vezes, uma por ter sofrido sem saber e outra quando entende. Você pensa “Por que eu não reagi? Por que eu não bati de frente?”

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Na adolescência, eu fui enquadrada pela polícia quando tinha 15 anos, porque estava fazendo compras na Rua 25 de Março [em São Paulo]. E, na fase adulta, o que mais me acompanhava era o fato de que, no meu ambiente de trabalho hospitalar, eu quase nunca era reconhecida como médica. Me davam mil atribuições, menos a de ser a médica anestesista da equipe. E o contrário também acontecia: quando eu estava num centro de comércio popular, sempre era confundida como vendedora. Não que vendedora seja algum demérito, mas muitas vezes eu estava dentro de uma loja sem nem estar com uniforme das vendedora e tinha que explicar: “Olha, deixa eu te mostrar: as vendedoras estão aqui, uniformizadas. Eu estou aqui fazendo uma compra, igual a você”. Isso aconteceu muitas vezes na minha vida. 

Depois da vida midiática isso diminuiu, mas a internet ainda é um ambiente muito tóxico, muito racista, e eu acho que o mercado que a gente trabalha também é muito racista ainda. Acho que ainda é um mercado que se preocupa mais com as nossas pautas no mês de novembro [Consciência Negra] e menos nos outros 335 dias do ano.

Look: @apartamento03
Look: @apartamento03 (Foto: Denis Cordeiro/BOA FORMA)

Além da sua visibilidade na mídia, que é uma forma de combater os preconceitos e gerar identificação, você tem outras formas de se colocar diante das causas que defende? 

Eu sempre tento me conectar com as pessoas que estão envolvidas nessa luta para que eu aprenda com elas e para que eu contribua de alguma forma. Conheci pessoas maravilhosas nesses quatro anos [pós-“BBB”], porque antes essa luta contra o racismo era muito solitária por eu ter ocupado lugares de privilégio, como a medicina, o mercado de trabalho. 

Eu me formei bailarina e era a única preta, além de uma amiga negra, então era um lugar muito solitário – até mesmo no “BBB”. Depois que eu saí, tive a oportunidade de me conectar com potências, com vozes que estão na mesma página que eu

Eu falo que sou feita de bolsas de estudo e de sobrevivência às opressões que sofri. Milito pela adoção porque eu sou adotada. Então me conectei com ONGS que tem a ver com a minha história. Acho que o próprio “Samba Dela”, o evento que tenho feito… Obviamente os brancos são bem-vindos, os anti-racistas são bem-vindos mas , eu falo com todas as letras que o evento tem como método o protagonismo para as pessoas pretas. E o que eu ouvi nos últimos anos foi: “Muito obrigada. É o primeiro dia da Consciência Negra que eu comemoro me divertindo e não militando, não revisitando lugares de dor”. Acho que isso também faz parte da minha militância. 

Acho que quando a gente acende socialmente e se torna uma figura pública, não podemos esquecer de onde viemos, das pessoas que ainda estão no mesmo lugar de onde viemos querendo também ocupar espaços. É uma oportunidade incrível que estou tendo de mostrar para mim mesma e para as pessoas que estão me assistindo o poder que a gente tem de acreditar nos nossos sonhos e ter oportunidade para realizar.

Beleza real

Quem te acompanha nas redes sociais sabe que, vira e mexe, você muda de visual. Como é sua relação com o seu cabelo? 

Eu falo que meu cabelo foi para além de uma transição capilar, foi uma libertação capilar. Junto com ele nasceu uma nova Thelma, que se descobriu como mulher negra e que começou a bater de frente com todos os padrões. Assim como o corpo, o cabelo também foi uma caixinha na qual eu tentei me enquadrar, eu alisava (e não tem nenhum problema em mulheres que alisam o cabelo até hoje), mas era um processo muito doloroso, que eu jogava química, queimava o couro cabeludo, me machucava e tinha que a cada três meses arrumar dinheiro para queimar o cabelo de novo.

Quando entendi que meu cabelo era bonito, eu nem sabia mais como ele era. Tive que cortar bem curtinho quando passei pela transição e esperar crescer novamente para entender que ele é um cabelo misto que é mais crespo no meio, que tem uma mecha lisa na nuca… Esse é o meu cabelo e eu valorizo muito ele. Depois que eu virei essa pessoa com muitas portas abertas, capa de revista, mídia etc, eu adotei uma “persona” para o meu cabelo, que tem que ser versátil, ser um camaleão – o que se conecta muito com meu discurso de que a gente tem que ser tudo que a gente quiser.

Você tem um bom retorno com com outra mulheres quando você se mostra ao natural – tanto o cabelo como a pele sem make? 

Eu tenho cada vez mais apreendido a me mostrar de forma natural, porque acho que não adianta muito a gente querer pintar a internet como um conto de fadas, quando o que mais gera empatia hoje em dia é a identificação, a vida real mesmo. Então eu sempre tenho um retorno muito bom, principalmente com as minhas seguidoras. Na maioria são mulheres pretas.

Look: @joaomaraschin @carlospenna.design
Look: @joaomaraschin @carlospenna.design (Foto: Denis Cordeiro/BOA FORMA)

Bem-estar na meditação e autocuidado

Você cuida da sua saúde mental? 

É super importante essa questão da terapia para mim, porque ela teve um “antes e depois” do reality. Teve uma época da minha vida, durante a faculdade, que tive depressão mas, durante muito tempo, a terapia era fora da minha realidade do ponto de vista financeiro, e depois, quando eu já trabalhava com medicina, me faltava tempo para a terapia. Foi só depois do “BBB” que eu comecei a fazer terapia, de três, quatro anos para cá. 

O que você gosta de fazer para relaxar a mente e o corpo?

Tenho aprendido cada vez mais a meditar. Eu gosto muito de me isolar num cantinho perto da natureza, ouvir barulho de mato e de passarinho e aí, quando vejo, estou com a mente bem “limpa”. Também gosto de ficar perto das pessoas que eu amo, dos meus animais de estimação, da minha família. E sempre que posso, eu viajo para poder fazer um “detox”, me desconectar. 

Uma coisa que eu amo também é fazer massagem relaxante! Eu descobri que como sempre estou me comunicando, me expondo, fazendo palestra na televisão, acabo tencionando alguns músculos e a massagem consegue me ajudar.

Você é uma pessoa que gosta de se alimentar bem ou também é uma questão de saúde?

Eu tenho acompanhamento com nutrólogo – o mesmo médico de cinco anos atrás, desde antes do “BBB”, mas não sou muito neurótica com dieta. Tento ter uma alimentação realmente equilibrada, me alimentar mais de coisas que façam bem para o meu organismo do que de coisas que a gente sabe que não fazem bem. Tento só trabalhar bem essa proporção.

Quando estou mais regradinha para o Carnaval, por exemplo, consigo chegar a uns 80, 90% de alimentação saudável. Mas também não sou aquela pessoa que “nossa, vou morrer porque comi alguma coisa [diferente]”, sabe? Respeito meu corpo. Sou intolerante a lactose, então eu tento evitar, porque mais do que uma dor de barriga, vem todo um processo inflamatório para o corpo.

Como é a sua relação com álcool?

Socialmente eu sempre tenho meus momentos de reuniões com amigos, onde me permito beber, mas hoje em dia eu bebo socialmente. Já tive minhas fases universitárias, de participante de reality (que até virou meme), mas já passou.

Thelma Assis para Boa Forma
Look: @projetopontofirme @silvestregustavo (Foto: Denis Cordeiro/BOA FORMA)

A vida pessoal pós-“BBB”

Você decidiu guardar todo o prêmio do “Big Brother Brasil. Segue tudo igual ou você tem planos para esse valor?

Segue tudo igual. Meu prêmio do “BBB” vai ficar lá, rendendo bons frutos, até quando eu não quiser mais trabalhar. Vou trabalhando com outras coisas para poder ir pagando os boletos e vivendo, mas o prêmio continua intacto. 

Mudou algo na sua relação familiar depois de ganhar toda essa fama e dinheiro? 

Absolutamente nada. Uma das coisas que eu mais me orgulho é de ter mantido os pés no chão. Ao mesmo tempo em que a fama é muito boa, ela também é muito assustadora, porque pode te levar para lugares de devaneios, então nunca quis me ludibriar com a fama. Sempre mantive meus pés no chão para fazer o meu. Em relação à família, não teria porque mudar. A gente ajuda no que pode, tenta dar uma qualidade de vida melhor para todos eles, mas nada mudou, graças a Deus.

Você é casada já faz um bom tempo e já declarou diversas vezes que tem muita vontade de ser mãe. Há planos para a maternidade?

Eu acho que nasci para ser mãe. É um dos meus grandes sonhos, mas como sou muito focada em cada coisa que eu faço, a maternidade é algo que quero parar para me dedicar. Quero ser mãe tanto biológica, quanto adotiva. E aí por conta da idade, eu tive o privilégio – que eu sei que muitas mulheres ainda não têm – de congelar os meus óvulos depois de sair do reality, então já tenho os meus filhos lá, “guardadinhos”, e também tenho o projeto de adotar assim, já estou dando os primeiros passos para isso.

Look: @joaomaraschin @carlospenna.design
Look: @joaomaraschin @carlospenna.design (Foto: Denis Cordeiro/BOA FORMA)

Virada na vida profissional

Com o trabalho na mídia, a prática da medicina ficou em segundo plano? 

Eu deixei para fazer de forma voluntária, porque não consigo mais conciliar como profissão. Para eu atuar, teria que criar um vínculo empregatício, que acaba exigindo uma carga horária que eu não consigo cumprir junto das minhas outras demandas. Só que eu gosto de anestesiar, gosto de colocar em prática o que aprendi. Então achei uma forma muito boa de sanar isso que é de forma voluntária. 

Conheci a ONG Zoé e esse ano tive a oportunidade de fazer uma expedição. Fiquei dez dias em Belterra, que é um município perto de Alter do Chão, no Pará, e vivi uma experiência muito legal, porque literalmente montamos um centro cirúrgico do zero, desde contar medicamento, colocar tudo na geladeira, montar tudo… E aí acho que fiz mais ou menos umas 25 anestesias para cirurgia de vesícula, cirurgia de hérnia, endoscopia, colonoscopia… Foram dias bem intensos que eu compartilhei um pouco nas redes sociais até para ajudar, porque assim consigo ajudar trabalhando, botando a mão na massa, e trazendo visibilidade para a ONG também. 

E não me sinto fora da medicina porque tenho que estudar toda semana algum assunto para falar no “Bem-Estar” [programa da Globo], então não dá para dizer que sinto saudade, porque a profissão ainda é muito presente. Começamos a entrevista comigo falando que o samba é um dos pilares da minha vida. A medicina é outro. 

Você também foi convidada para atuar em uma série. Como foi essa experiência como atriz? 

“Encantados” é uma série que super se conecta comigo, tanto por ser uma série muito afrocentrada, quanto por ter a pauta do carnaval. E traz uma coisa dentro da dramaturgia que falam que é muito legal, que é quando você tem a oportunidade de interpretar você mesmo. Então foi uma experiência bem legal, mas que do mesmo jeito [que os demais trabalhos] eu estudei e me preparei para poder entregar o melhor. Espero que as pessoas gostem. 

Dentre toda a experiência que você teve com a mídia e a comunicação depois do “BBB”, qual foi a área que você mais gostou? 

Que pergunta difícil! Eu gosto sempre de tudo que me projeta, de gerar aquela ansiedade, aquela borboleta no estômago, e depois colher os frutos seja impactando alguém ou de falar: “Nossa, que legal ter feito isso!”. Mas eu gosto muito da televisão, gosto de passarela também. Um desfile de cinco minutinhos já traz uma sensação tão boa! Tanto a passarela de moda quanto a passarela de samba. Também gosto muito de palestra, quando você começa a falar e as pessoas ficam concordando com o que você está falando. Olha, a pergunta é muito difícil. Eu diria que eu sou uma pessoa aparecida. Falei na minha vinheta do “BBB” que eu era uma médica exibida, então acho que [gosto de] todas as formas de exibição.

Para finalizar, me conta qual é seu maior sonho que ainda quer realizar?

Sonhos profissionais eu tenho muitos, de cada vez mais desenvolver projetos meus. Mas o sonho de empreendedora do samba é real, é algo que tenho pensado muito ultimamente e quero realmente empreender. É muito doido como às vezes a gente chega num ponto da vida que já tem uma profissão, já tem o diploma, e do nada a vida dá um 360º e você começa a se enxergar em outros lugares. Eu sou essa pessoa agora: eu quero ser empreendedora, montar um festival de samba, abrir uma casa de samba, um camarote de samba… Vamos impulsionar o samba! Quero o samba me impulsionando até onde ele quiser me levar. É isso que eu quero em relação ao lado profissional, e quanto à vida pessoal, o sonho é ser mãe.

Thelma Assis para Boa Forma
Look: @projetopontofirme @silvestregustavo (Foto: Denis Cordeiro/BOA FORMA)

Foto: Denis dos Santos
Stylist: Yan Acioli
Assistente de produção: Izabella Dantas
Beauty: Gil Darf
Hair: Domenica Corrêa
Retouch: Átila Brito
Assessoria: Melina Tavares Comunicação

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