Famosas estão usando cintas para malhar. Mas isso é indicado?
Kylie Jenner é uma das adeptas do acessório. Mas o uso dele na academia é controverso entre especialistas
Uma das novidades mais polêmicas do universo fitness é o uso de cintas na hora da malhação. Famosas como as irmãs Kim Kardashian e Kylie Jenner já postaram fotos vestindo o acessório na academia. O motivo: ele ajudaria a afinar a cintura durante os exercícios físicos.
No Brasil, o item ganhou popularidade em 2016, época em que as atrizes Fernanda Souza e Claudia Raia foram vistas com os corpetes no treino. Mas, afinal, as cintas realmente funcionam? Perguntamos a especialistas o que acham dele.
Qual a função da cinta modeladora?
Ela é comumente usada por quem quer afinar a silhueta sob um vestido (ou outra peça acinturada) e também após procedimentos cirúrgicos, como a lipoaspiração, já que reduz edemas e sangramentos no pós-operatório. Mas a maior parte das marcas que comercializam o acessório com pegada fitness alega que ele ajuda a corrigir a postura – o que também manteria o abdômen contraído por mais tempo.
O corpete ajuda a emagrecer?
De acordo com a fisioterapeuta Tathiana Antony, da Clínica Renewmed, do Rio de Janeiro, usar as cintas não ajuda no emagrecimento, como muitas pessoas acreditam. “Não existe nada comprovado que a compressão diária dessas regiões acabe com a gordura. A barriga ganha um formato acinturado, mas quando você tira a cinta, a gordura ainda está lá”, alerta.
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Há riscos de usar cinta no treino?
O perigo está na restrição respiratória: “Usar a cinta em excesso atrapalha a circulação, afeta os movimentos respiratórios e restringe a amplitude pulmonar”, aponta Tathiana. Além disso, vestir uma cinta modeladora durante o exercício compromete a consciência corporal, o que pode causar lesões. Segundo o educador físico Fabio Aquino, o acessório não permite que você sinta os movimentos do jeito certo.
“A cinta é um impedimento para entender seu corpo. Ou seja, não vai ativar o core e as musculaturas estabilizadoras, por exemplo”, explica. O profissional indica que a aluna ative a musculatura de forma livre, caso não tenha contraindicações médicas, e que sustente o corpo sozinho.