6 dicas para você reassumir o controle das suas emoções

Questões financeiras, profissionais, amorosas e até mesmo familiares estão entre as principais causas do desequilíbrio emocional

Por Juliany Rodrigues
Atualizado em 21 out 2024, 16h45 - Publicado em 22 mar 2023, 16h57
Como ter controle das próprias emoções
Preserve a sua saúde mental | (Natalie Bond/Pexels)
Continua após publicidade

Sente que os indivíduos estão perdendo o controle com mais frequência e apresentando explosões de raiva? De acordo com um levantamento feito pelo Instituto Ipsos, outras pessoas compartilham da mesma opinião: cerca de 84% dos brasileiros enxergam o país dividido e 62% percebem mais intolerância hoje do que há 10 anos. Ainda no estudo, o Brasil foi colocado como o 7º país mais intolerante.

Outra pesquisa, “Adaptação social em estresse na pandemia de Covid-19: um estudo transcultural”, reuniu 24 países de quatro continentes, inclusive o Brasil, e observou temas como ansiedade, empatia, estresse, suporte e comportamentos sociais e culturais.

O resultado foi o seguinte: os brasileiros estão entre os mais estressados, comparados às populações de outros locais do mundo, sendo que as principais causas para isso são o baixo nível de empatia, o grande desgaste emocional, o sofrimento e o individualismo.

 

Será que estou fora do meu controle emocional?

O desequilíbrio emocional é caracterizado por alterações frequentes e inesperadas de humor e pela facilidade em “sair do eixo” ao lidar com acontecimentos negativos, sobrecarga ou imprevistos.

Segundo Danielle H. Admoni, psiquiatra geral, preceptora da residência da Universidade Federal de São Paulo e especialista pela Associação Brasileira de Psiquiatria, as pessoas emocionalmente instáveis têm dificuldades em encarar as adversidades com serenidade. Dessa forma, apresentam uma irritabilidade desnecessária e fora do comum ao se depararem com momentos que parecem normais aos olhos de qualquer pessoa.

“A pessoa deixa as emoções falarem mais alto do que a razão e toma atitudes que seriam moralmente questionáveis, como arrumar briga no trânsito. Pode haver episódios de raiva que resultem até em agressão física”, diz a psicóloga Monica Machado, fundadora da Clínica Ame.C e pós-graduada em Psicanálise e Saúde Mental pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein.

Como consequência disso, surgem sinais como dificuldade de concentração, foco e raciocínio, além de sintomas físicos, por exemplo, dores de cabeça, dores musculares, insônia e problemas gastrointestinais.

Continua após a publicidade

Para a psiquiatra, esses comportamentos são uma forma irracional e inconsciente de pôr para fora medos, angústias e preocupações que o indivíduo não consegue verbalizar.

Um indivíduo que está com exaustão mental, passando por conflitos que vão além do seu limite emocional, não consegue guardar tudo para si mesmo o tempo todo. Se ele não tiver um meio de exteriorizar esta carga, ela se torna uma bomba-relógio, podendo explodir a qualquer momento”, afirma a médica.

Como recuperá-lo?

Se você percebeu que as suas emoções estão em desarmonia, não meça esforços na busca por meios para reorganizá-las, afinal, ter tudo em ordem é essencial para desfrutar do bem-estar.

As especialistas listam algumas dicas que vão te ajudar na hora de enfrentar as crises e os desafios de modo racional. Confira:

1

Procure a origem do problema

Qual é o motivo do seu desequilíbrio emocional? Crise no relacionamento amoroso? Excesso de trabalho? Problemas financeiros? É muito importante encontrar a raiz dos problemas para encontrar alternativas eficazes e resolvê-los.

“Mesmo que não haja conclusões imediatas, só o fato de encarar o problema de frente e persistir na solução, fará você entrar novamente no eixo”, aconselha a psicóloga Monica Machado.

Continua após a publicidade
2

Jamais duvide de si mesmo

Quando você associa os seus problemas com o seu potencial e as suas qualidades, a sua autoestima pode acabar ficando muito abalada.

Para evitar que isso aconteça, tenha em mente que todos temos problemas, porém o que realmente nos define é a determinação e a resiliência para superá-los.

Continua após a publicidade

 

3

Esteja no controle das suas emoções

Não deixe que a raiva, a tristeza ou qualquer outro sentimento negativo te faça ter reações agressivas por impulso.

“Ao perceber que está sendo dominado por uma emoção negativa, se afaste e busque formas de se recompor”, esclarece Monica Machado.

 

4

Movimente o seu corpo

Praticar exercício físico regularmente é um dos fatores que estão ligados à ausência ou a poucos sintomas de ansiedade. A psiquiatra explica que isso acontece porque, ao mexermos o corpo, estamos contribuindo para a liberação de hormônios e de neurotransmissores relacionados ao humor e à redução das tensões, como a serotonina, endorfina, noradrenalina e dopamina.

Continua após a publicidade

Por melhorar o fluxo de sangue para o cérebro, a atividade física estimula o sistema nervoso central, sendo assim, faz uma diferença significativa para a melhora do raciocínio, da memória e da facilidade em lidar com situações estressantes.

 

5

Respire

Quando estamos muito ansiosos, podemos ter uma respiração mais acelerada e superficial, além de vários sintomas físicos e emocionais. Para regular o sistema nervoso e diminuir esses problemas, é fundamental respirar do jeito correto.

A respiração quadrada é uma das técnicas que podem ser úteis nesses momentos. Ela exige uma pausa de quatro segundos a cada respiração e inspiração.

 

6

Faça terapia

A terapia é uma dos melhores caminhos para quem precisa lidar com o desequilíbrio emocional e atingir o autoconhecimento.

Essa forma de tratamento te dá uma compreensão a respeito dos seus gatilhos, conflitos internos e padrões de comportamento, fazendo com que você esteja mais preparado para equilibrar suas emoções e atitudes.

Continua após a publicidade

“Vale lembrar que quem sofre com a instabilidade emocional tende a acreditar que se trata apenas de uma ‘personalidade forte’ ou da característica de sentir as emoções de forma mais intensa. No entanto, em muitos casos, esse desequilíbrio emocional pode indicar transtornos de personalidade e de humor que nunca foram diagnosticados. Daí a importância de uma avaliação detalhada para o tratamento adequado”, ressalta Danielle Admoni.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.